IX. Sozinhos

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O domingo foi tranquilo. Acordei tarde, nem quis ver se o Felipe estava ou não em casa. Desci e fui preparar meu almoço. O cardápio escolhido foi strogonoff. Preparei o frango, o arroz e peguei um pacote de batata palha na despensa e uma Coca-Cola na geladeira. Quando estava começando a comer, vi o Felipe descendo as escadas e vindo na direção da cozinha. Pra variar, ele estava sem camisa, usando apenas um samba canção preto. Gostoso.

 Bom dia. — ele falou passando por trás de mim e fazendo um carinho a minha cabeça. Aquilo me assustou, mas achei fofo. — tá com dor de cabeça? 

— Bom dia. Não, tô pronta pra outra. E você?

— Médio. — rimos. — O cheiro tá muito bom em, posso provar? — ele disse levantando a tampa das panelas e fazendo uma cara de fome engraçada.

— Claro, fiz pra gente. — dei um sorriso e ele retribuiu. Comemos até estufar e depois fomos terminar de limpar a bagunça da área. Assim que terminamos de lavar tudo, catar cada guimba de cigarro, copo de plástico e espeto do chão, olhamos um pro outro, e vendo o estado que estávamos, e ele sugeriu:

— Que tal um pulo na piscina? — Eu concordei com a cabeça.

— Vou só pegar minha sung... — ele se virou pra trás e enquanto falava eu arranquei meu pijama e fiquei só de sutiã e calcinha e pulei na água.

— Tá esperando o que? — gritei. Ele só abaixou a bermuda e pude ver a cueca box preta da Calvin Klein que ele estava usando, que combinava perfeitamente o conjunto que eu estava vestindo. Ele deu um pulo na piscina e espalhou água por todos os lados.

— Vamos ver quem fica mais tempo debaixo d'água? — ele perguntou. Mergulhamos e eu ganhei. Ficamos o resto da tarde mergulhando, nadando e brincando na piscina, até que a fome bateu e resolvemos fazer um lanche.

O Felipe também era bom na cozinha, preparou um brigadeiro delicioso. A gente devorou tudo em menos de 10 minutos e fomos nos esticar no sofá. Só aí que eu fui perceber que a gente tava só de roupa íntima. Fiquei vermelha na hora e fui me levantar.

— Fica aqui, vamos assistir alguma coisa. — disse ele me olhando com cara de coitadinho, enquanto segurava minha mão.

— Tenho que vestir uma roupa. — falei me cobrindo com a toalha, tentando esconder meu corpo, sem jeito com a situação.

— Mas você fica bem melhor sem. — ele falou enquanto me olhava milimetricamente, de baixo pra cima, e num impulso, pegou minha mão e me puxou pro sofá, eu acabei escorregando no tapete e caindo em cima dele. 

— Você insiste em esbarrar em mim, né? — ele disse rindo e tirando uma mecha de cabelo da frente do meu olho. — tô começando a me acostumar com isso.

Eu dei uma risada sem graça e ele me segurou firme, continuou passando a mão no meu cabelo, e foi descendo até minhas costas, fazendo carinho com as pontas dos dedos. Minha respiração começou a falhar e eu cheguei mais perto dele, ficando com a cabeça afundada em seu peito. Cada centímetro do meu corpo estava arrepiado com seu toque. Me virei e, sem pensar, comecei a beijar seu pescoço bem devagar. Ele virou meu rosto de frente pro dele e começamos a nos encarar. Eu conseguia sentir a respiração dele acelerada, o coração batendo descompassado, e ele foi me puxando pra perto, colocando a mão na minha nuca, e eu deixei. Ele segurou meu quadril me levando mais pra cima, pra que a gente ficasse na mesma altura e nossos rostos quase se tocassem. Ele olhava fixo pra minha boca, que eu estava mordendo sem parar de tanto nervosismo. Ele passou a mão pelo meu rosto e fechou os olhos, se aproximando ainda mais.

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