VII. Churrasco (parte 1)

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Resolvemos fazer um churrasco pra aproveitar o sol e a piscina, o Felipe saiu pra comprar as coisas e eu fiquei responsável por organizar a casa a chamar uma parte da galera. Mandei uma mensagem pro Gustavo e pro resto do pessoal do cursinho e todos animaram.

* WHATSAPP ON *

Luísa: Gustavo, churras hoje aqui em casa, anima?

Gustavo: Meu nome é pronto.

Luísa: Chama o pessoal, 13:00 horas, trazer o que for beber.

Gustavo: Beleza, se precisar de ajuda aí me avisa, tô atoa aqui.

Luísa: Tô tentando montar o som mas tô apanhando, veeem.

Gustavo: 20 minutos tô aí.

* WHATSAPP OFF *

20 minutos depois o interfone toca e eu vou atender, era o Gustavo. Ele chegou com 4 caixas de cerveja e duas garrafas de vodka, tomando uma longneck, e me entregou outra igual. 

— Você tá pro crime hoje, ein? — demos risada e nos abraçamos — entra, mi casa es su casa! - ele entrou e foi colocando as cervejas no freezer, eu abri a longneck e demos um brinde. Depois fomos pra área da piscina organizar o som e arrumar as mesas. O Felipe chegou uma meia hora depois com as carnes e carvão e deu de cara com o Gustavo na porta da cozinha.

— Começaram sem mim? — ele disse encarando a cerveja na mão do Gustavo.

— Não cara, essa é só pra refrescar. — ele deu um risinho frouxo e os dois se cumprimentaram. — ufa, pensei, não vou ter que me preocupar com esses dois.

Subi pro meu quarto pra poder tomar um banho rápido e trocar de roupa, já que tinha ficado toda suada organizando as coisas. Sai do banheiro e quando estava procurando a parte de cima do meu biquini, a porta se abre de uma vez.

— Luísa, você sabe onde tá... — Felipe foi entrando no quarto de uma vez.

— AAAAHHHH!!! — dei um berro, tentando me cobrir e pegar a toalha que estava na cama ao mesmo tempo. — seu pai não te ensinou a bater antes de entrar não? — ele estava com os olhos arregalados, e tampou imediatamente com a mão.

— Você devia trancar a porta, tem mais gente nessa casa, e se fosse outro cara? Esqueceu que vem gente pra cá? — ele disse segurando o riso enquanto eu o empurrava pra fora do quarto. 

Que desgraçado. Pensei alto. Achei um biquini lindo branco estilo cortininha que comprei na minha última ida em Ubatuba. Coloquei e resolvi ficar só de short e biquíni, afinal, não paguei 15.000 mil reais no meu silicone atoa, rsrs.

Meu cabelo tava natural, levemente ondulado nas pontas. Eu tinha o cabelo castanho claro, mas por conta do sol, da praia, e com tanta parafina, ele começou a clarear, e pra ficar mais loiro ainda eu passava sun-in, então eu tinha luzes bem praianas, que eu particularmente adorava. Minha pele também era bem bronzeada, porque eu amava pegar sol. Terminei de me vestir, passei meu perfume predileto, Chloé, um rímel a prova d-água e lip tint. Calcei minhas havaianas brancas e desci as escadas.

— Primeira vez que te vejo sem estar de calça, pirei que você é tatuada — eu fiz uma mandala na panturrilha numa viagem pro México — Curti demais.

— Curtiu a tattoo ou me ver de shortinho? — brinquei.

— Os dois — caímos na risada. Alguns amigos do Felipe já tinham chegado e estavam em uma mesinha alta, estilo bistrô de balada. Fui até lá cumprimentar eles e vi que eles ficaram me checando da cabeça aos pés. Não posso negar que é bom ser carne nova no pedaço.

— E aí gente, sou a Luísa, prazer. — falei levantando a long neck e dando um gole.

— Fala Luísa, beleza? — um cara tatuado e muito sarado respondeu, seguido por outros dois, igualmente gostosos — Eu sou o Mateus, e esses são o Pedro e o Vitor. O prazer é nosso. — ele falou dando uma risadinha sacana. Gostoso. Pensei.

O Felipe estava na churrasqueira, e ao se virar e me ver daquele jeito (só de biquíni e shorts) fechou a cara e passou por mim sem dizer nenhuma palavra. Quando ele chegou na roda dos amigos, o Mateus soltou:

— Irmãzinha gostosa que tu arrumou, ein. - todos os outros riram, menos o Felipe, que mandou calarem a boca e ficou nervoso.

A galera foi chegando e finalmente, alguns rostos conhecidos. Meus novos amigos e mais gente da turma do Felipe. A festa começou, e tinha em torno de umas 30 pessoas. Foi chegando mais bebida e quando paramos pra ver, tinha uma mesa enorme cheia de vodka, whisky, energético,  tequila, gin e outros. É meus amigos: Foi dada a largada.

Já estava mais íntima da Carol e da Bruna, e as duas não paravam de comentar sobre como meu "irmão" era gato e queriam saber se ele tava solteiro, prontas pra dar em cima. Aquilo me incomodou de uma maneira que eu não entendi, então mudei de assunto e fui sentar com o Gustavo, que era muito mais gente boa e não daria em cima do Felipe (pelo menos eu acho né ).

— Brindou, virou! — ele disse, segurando um copo de tequila, enquanto me estendia outro. 

— 1, 2, 3 e viraaa! — falei e viramos os copos. — Péssimas lembranças com tequila. 

Ficamos a tarde toda bebendo, ouvindo música, dançando funk e teve até playlist de funk das antigas. Todo mundo entrou pra piscina e o Felipe ficou trocando ideia com umas gurias, que pareciam bem empolgadas com ele. Nesse meio tempo, o Mateus, o amigo tatuado e muito gostoso dele, começou a dar em cima de mim, com um papo xavequeiro.

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