Ele foi buscar bebida pra mim e quando voltou pra piscina, não quis me entregar o copo, levantando de um jeito que eu não conseguia alcançar.
— Vai ter que pagar pedágio. — e deu uma risadinha.
— Vou é? — ri também, já sabendo o que ele queria. Puxei ele pra um beijo. Ele me apertava contra a borda a piscina e segurava firme minha nuca, quase que me levantando. Terminamos o beijo quase sem fôlego, e continuamos batendo papo.
Ele se afastou um pouco pra conversar com uns caras e quando eu olhei pro lado e vi o Felipe me encarando, com uma cara de desaprovação. Dei de costas e sai da piscina. Paciência né, só faltava ele ser daqueles caras que não deixam a irmãzinha pegar os amigos. Já estava anoitecendo e eu fui buscar umas blusas de frio no quarto pra mim e outras pras meninas. Quando eu estava saindo do closet, o Felipe estava parado na porta.
— Você realmente precisa aprender a bater. — falei, com a voz um pouco enrolada, já estava bem tonta essa hora. Me virei e dei uma cambaleada, até me firmar na parede.
— E você precisa tomar uma água, não acha? — ele falou — Vim aqui te dar um recado. Cuidado com o Mateus. A intenção dele com você é uma só.
— A minha também. — fiz uma cara de safada e mordi a boca, mas ele fechou a cara e me empurrou contra a parede, segurando firme na minha cintura.
— Você não é mulher pra ele, Luísa. — falou cerrando os dentes e me puxando mais perto. Ele era quente, apesar de estar fazendo frio, o corpo dele continuava na temperatura ideal. Eu olhei bem pros olhos dele e cheguei mais perto, sentindo o cheio de vodka com energético. Quase encostei minha boca na dele e falei, em alto e bom som:
— Eu sou mulher pra mim. — o empurrei e saí do quarto. Quem ele pensa que é? Desci as escadas e fui direto onde o Mateus estava, e tasquei um beijo de língua nele, que até deixou o copo cair pra me agarrar. Todo mundo parou pra ver e deram até uns gritinhos.
A festa acabou por volta das 02:00 da manhã e o pessoal foi embora, sobrando só o Mateus, o Gustavo, a Bruna e o Felipe, com uma outra guria qualquer. Eles ajudaram a arrumar parte da bagunça, jogamos as garrafas vazias fora e eu joguei uma água no deck. O Gustavo foi embora e levou a Bruna pra casa e o Mateus, que estava se convidando pra dormir lá.
— Qual é gata, seus pais não estão em casa. — ele disse quanto fazia carinho na minha perna, eu estava sentada no colo dele numa das espreguiçadeiras em frente a piscina.
— Você é muito folgado, não acha não? Não vai rolar. — eu disse me levantando, ele levantou junto e me deu um selinho. Finalmente aceitou ir embora.
— Mateus, leva a Duda pra mim cara. — Felipe gritou enquanto saia da cozinha com a felizarda pendurada em seu pescoço.
— Ah não, eu vou ficar. — ela falou choramingando e deu um beijo de língua pavoroso nele.
— Não vai rolar, loira. Amanhã temos compromisso cedo. Boa noite. — ele falou se esquivando dela e virando as costas. Eles se despediram e foram embora, enquanto eu trancava a porta. Me virei e ele estava ali, com uma cara de marra, mas querendo conversar.
— Ei...
— Boa noite. — virei as costas e deixei ele falando sozinho. Se tinha uma coisa que eu não tolerava era homem querer mandar em mim. Fui pro meu quarto e depois de me arrumar pra dormir, caí na cama e apaguei. Acordei no meio da noite assustada depois de um sonho.
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DESEJO PROIBIDO
RomanceAté onde você iria pelo amor você sente por alguém? Ultrapassaria os limites aceitáveis e quebraria as regras para se arriscar por uma paixão? Às vezes o amor nasce nos lugares mais inimagináveis. Ou talvez até comece com um desejo proibido.