Acordamos cedo no outro dia e descemos pra tomar café. Todos já estavam sentados na mesa, e deram bom dia pro Tomaz. Menos o Felipe. Ele ficou o café da manhã inteiro de cabeça baixa, como se tivesse resolvendo alguma coisa importante no celular. Minha mãe estava apaixonada pelo Tomaz, e queria fazer de tudo pra agradar o novo "genrinho" dela, inclusive preparou uma tapioca especialmente pra ele. Terminamos de comer e ele foi me deixar no cursinho.
(...)
Seis meses se passaram, e muita coisa mudou. O Felipe se mudou, foi morar num apartamento perto da faculdade. A desculpa dele foi que precisava de um tempo sozinho pra estudar e se preparar pro exame da OAB. Eu tinha recebido a notícia que tanto esperava, fui aprovada na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Minha mãe e o Leonardo estavam finalizando os preparativos do casamento e meu irmãozinho... continuava sendo chato.
Num sábado qualquer, fui junto com o Tomaz pra Angra dos Reis, passar o fim de semana, no chalé da família dele. Curtimos muito, só nós dois, andando de jetski o dia todo, fazendo mergulho, standup, e vendo o pôr do sol na lancha depois de muito wake board. Quando escureceu, ele preparou um jantar romântico pra gente. O prato foi risoto de camarão acompanhado de vinho branco. Ele fez toda uma decoração no deck em frente ao chalé, com pétalas de rosas e fotos nossas. Eu já sabia o que estava por vir.
— Amor, eu queria aproveitar o dia de hoje pra fazer uma coisa que eu estou adiando há um tempo. Você apareceu na minha vida num momento em que eu queria tudo, menos alguém, e me fez descontruir todos os meus conceitos sobre o amor. Com você aprendi que o amor é leve, é simples, é gostoso. Que a pessoa certa chega sem esperar, sem pedir licença, e que quando é pra ser, tudo conspira a favor. Eu tô falando isso porque eu te amo. E porque eu quero namorar com você. Quero viver essa loucura com você do lado. Aceita namorar comigo?
Mesmo sabendo que uma hora ou outra isso ia acontecer, não deixei de ficar surpresa. Meus olhos encheram d'água com a declaração dele. Era verdade. Com ele era tudo tão leve, que eu nem vi o tempo passar, já estávamos a oito meses junto, e um já conhecia muito bem o outro e sabia que aquele tipo de conexão era rara. Minha resposta não podia ser outra:
— Mas é claro que eu aceito, meu amor. — me levantei da cadeira e fui em direção a ele. — você conseguiu me deixar sem palavras, pra variar. Obrigada por tantos gestos incríveis, por tanto cuidado e por ser tão prestativo comigo. Você tem razão! O amor é leve, simples e é lindo. Eu também amo você e quero muito te namorar!
Nos abraçamos forte e ele me beijou. Até que ele colocou as mão sob meus olhos e sussurrou que tinha uma surpresa pra mim. Ele foi me guiando até o chalé, enquanto eu tentava não tropeçar, até que parou, e tirou as mãos. Estávamos em frente a porta do quarto, ainda fechada. Quando eu abri, mais uma surpresa! O quarto todo abarrotado de flores, velas e fotos. De fundo, estava passando a música "your body is a wonderland - john mayer". Eu virei de frente pra ele e o puxei pra dentro do quarto, fechando a porta com o pé.
"E se você quiser amor
Nós faremos
Nadando um mar profundo
De cobertores
Pegue todos os seus grandes planos
E quebre-os
Isso vai demorar
Seu corpo é o país das maravilhas"Fui tirando sua camiseta enquanto nos beijávamos e ele fazia cócegas no meu pescoço. Empurrei o Tomaz pra cama, que se deitou e ficou analisando a cena. Eu estava usando uma lingerie de renda preta, e fui tirando meu vestido lentamente, como se tivesse fazendo uma strip tease ao som da música.
— Que delícia. — ele falou, se ajeitando entre os travesseiros.
Subi na cama devagar e fui dando beijos em todo o corpo dele. Quando cheguei na barriga, desabotei sua bermuda e tirei, bem devagar. Ele me olhava com muito tesão. Eu fiquei por mais um tempo provocando ele, dando beijos pelo abdômen, entre as coxas, passando a mão pelo seu corpo e dando beijos quentes e molhados em sua boca. Até que ele me segurou firme e me virou, ficando por cima de mim.
A gente tinha uma conexão muito boa, e ele sabia exatamente o que fazer, e era muito bom nisso! Juntos chegamos ao prazer, e foi ótimo. Só não foi melhor porque eu ainda sentia uma ponta de culpa, e minha mente insistia a voltar naquele dia, no Rio de Janeiro... mas eu estava disposta a esquecer.
Quando terminamos, fomos tomar banho juntos, e ali de baixo do chuveiro, ele me pressionou contra o box e acabou rolando de novo. Rápido, mas muito gostoso. Ele me segurou e fez o trabalho todo. Eu gemi de prazer, enquanto ele fazia movimentos de vai e vem e segurava meu pescoço com uma mão, e levantava minha perna com a outra. Terminamos ofegantes, suados, e tomamos um banho gelado. A noite foi maravilhosa e, naquele momento, nada mais importava. Pelo menos era o que eu achava, e queria acreditar.
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DESEJO PROIBIDO
RomanceAté onde você iria pelo amor você sente por alguém? Ultrapassaria os limites aceitáveis e quebraria as regras para se arriscar por uma paixão? Às vezes o amor nasce nos lugares mais inimagináveis. Ou talvez até comece com um desejo proibido.