Cap thirty-four

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Julia narrando

Acordei ás 9 horas, porque ontem, antes de dormir, o Joel me mandou mensagem dizendo que iria me levar em um lugar que eu ainda não tinha conhecido antes de voltar para o Brasil. Fiz minha higiene pessoal, coloquei um vestidinho florido com um tênis branco, passei uma make básica e um perfume, deixei meu cabelo solto e peguei uma bolsa pequena para colocar meu celular e meus documentos. Desci para a cozinha e Vini estava lá comendo um lanche e tomando um leite achocolatado.

Vini: - Aonde você vai assim, toda bonita e cheirosa? - disse com comida na boca.

- Primeiro, engole a comida que é muito nojento falar com comida na boca, e segundo, já sou maior de idade e você não manda em mim!

- Tá bom, tá bom, mandona.
Faço um lanche e pego um suco na geladeira. Quando termino de comer e beber, escuto uma buzina, olho pela janela e vejo o Joel dentro do carro, então aviso a minha mãe que vou sair, mas que volto rapidinho por conta do vôo. Pego minha chave, fecho a porta e vou em direção ao carro.

Joel: - E aí, bebê? - disse, abrindo a porta para mim de dentro do carro.

- Já estamos íntimos assim, querido?

- Óbvio, você estava no meu corpo e eu no seu, como podemos não ser íntimos? - disse começando a dirigir.

- Bem pensado - digo e rimos. Ficamos um tempo sem conversar, mas eu logo retomei - Eu ainda não consigo entender como trocamos de corpo.

- Eu também não, só me lembro de pedir para uma estrela cadente e no outro dia estava no seu corpo.

- Eu também!

- Melhor esquecermos essa história, porque nunca vamos solucioná-la - disse e parou de dirigir - chegamos!

Saímos. Ele trancou o carro e quando eu olhei para a vista, pensei que eu nunca mais quero sair de Miami. Agora que eu me lembrei, eu vou morar aqui, será que eu conto pro Joel? E será que ele vai ficar contente com essa notícia? Enquanto eu estava pensando nisso, ele já estava na areia, tirou os seus tênis e suas meias com cuidado para não sujá-las e me estendeu a mão para eu ir na areia junto com ele.

- Vem cá.

Tirei meu tênis e minhas meias rapidamente, e entrei na areia, ela estava bem quentinha por conta do sol que estava fazendo lá, segurei a mão dele e fomos em direção ao mar para andarmos perto dele. Lá tinha apenas algumas famílias se banhando, uns caras jogando vôlei e alguns casais andando perto do mar como a gente. Será que agora eu posso nos chamar assim? Saio dos meus pensamentos com ele chamando meu nome.

- Ju?!

- Oi.

- A gente é o que? - disse parando de andar.

- Como assim? - digo parando em sua frente.

- Somos amigos, amizade colorida, namorados… somos o que?

- Eu sei lá - digo o deixando para trás.

- Peraí - disse correndo atrás de mim - precisamos saber o que somos, porque eu não quero ficar nessa dúvida e você sabe que se a imprensa souber da gente, o que eu irei falar?

- Se eles te perguntarem você já quer falar?

- Claro.

- E as fãs vão ficar como? Vou receber muito hater!

- Lógico que não, Julia, muitas vão aceitar e a maioria já viu a gente junto em uma foto na festa de um de meus amigos e elas adoraram você.

- Pois é, muitas delas começaram a me seguir no insta.

- Tá vendo?

- Mas tiveram algumas que me disseram que eu só estava com você por fama.

- Tantos famosos que estavam juntos e alguns de seus fãs jogavam hate neles, mas eles estão aí juntos desde sempre.

- É melhor você ainda não falar que estamos juntos e vamos para um lugar mais reservado, porque você não é uma pessoa normal.

- Claro que sou uma pessoa normal, Julia - disse rindo - sou igual todo mundo.

- É, mas tem fama, e provavelmente um fotógrafo pode ter nos perseguido para tirar foto e já colocar foto para atualizar as fãs.

- Tá bom, tá bom, vamos nos sentar perto daquelas pedras para vermos o mar.

Fomos até as pedras, que era um local mais calmo, ele colocou uma toalha que ele já vinha carregando desde em que saímos do carro e sentamos. Ficamos horas olhando as ondas do mar, que lugar maravilhoso, já irei falar para a Vick que iremos vir sempre aqui quando eu vim morar com ela.

- Só de estar aqui com você tudo já fica melhor - disse e começou a chegar perto para me beijar.

- Mas, antes da gente se beijar, tava pensando aqui e olhando para essa paisagem maravilhosa que você é a melhor coisa que já aconteceu na minha vida e se você quiser podemos nos chamar de namorados - disse sorrindo. Nem acredito que estava falando isso depois de tanto tempo.

- É SÉRIO? - disse quase gritando.

- Sim, mas vamos deixar só entre a gente.

- Posso contar pros meninos mais tarde?

- Sim, mas fala para eles não contarem a mais ninguém!

- Combinado - disse e me deu um beijo calmo.
Como eu vou sentir saudades desse beijo. Você tá apaixonada por esse homão mesmo, né, Julia?! Mas, caraca, como eu pude esquecer, eu ainda não contei que a minha viagem para o Brasil é para arrumar as minhas coisas para me mudar para cá, preciso contar para ele. Paramos o beijo e eu voltei a falar.

- Joel, preciso te contar uma coisa que já era para ter te contado a alguns dias.

- Antes de você contar, vamos ali almoçar e depois andar por mais alguns lugares a pé mesmo.

- Tá bom, mas eu não posso demorar, porque meu vôo hoje sai ás 15 horas.

- Beleza.
Saímos da praia, colocamos os sapatos e fomos em direção à um restaurante que tinha na frente da praia. Chegamos no restaurante, pedimos dois lanches, passou alguns minutos,
o nosso pedido chegou, e ele iniciou a conversa.

Joel: - Então, o que você queria me falar lá na praia?
Eu iria falar para ele a notícia, mas achei melhor manter em segredo ainda e falar só quando eu vier mesmo para cá.

- Não é nada de tão importante assim - disse com um sorriso.

- Tem certeza?

- Tenho sim.

- Tudo bem.
Continuamos a conversar sobre outras coisas, então, mais tarde, saímos do restaurante, entramos no carro e eu fiquei olhando o mar enquanto o carro andava, era um lugar surpreendente, nunca irei me esquecer daqui e espero vir mais vezes com o Joel. Paramos em uma sorveteria, pedimos nossos sorvetes e ficamos esperando eles chamarem nosso número do pedido. Quando chamaram o meu, eu peguei o sorvete e estava indo em direção à mesa em que o Joel estava tomando o seu sorvete, porém nesse tempo, olhei meu celular e tinha umas 5 ligações perdidas da Sabrina e 5 dos meus pais, olhei o relógio do celular e já era 15:10, quase cuspi o sorvete no chão. Saí correndo puxando o Joel para fora da sorveteria.

Joel: - O que foi, Julia? Porque você está me puxando assim tão rápido?

- Porque era para eu estar no aeroporto há 10 min atrás - digo correndo para o carro.

- Caramba, não vimos a hora passar, vamos lá - disse gritando e correndo atrás de mim.
Entramos, ele ligou o carro e saiu rápido.

- Vai mais devagar para não pegar multa.
Depois de uns 40 minutos chegamos no aeroporto, Joel parou o carro em uma das vagas perto da porta, sai correndo do carro em direção à porta de embarque, mas quando cheguei lá, não tinha ninguém. Procurei alguém que trabalha no aeroporto para me comunicar.

- Boa tarde, você pode me informar sobre o vôo ao Brasil, por favor?

Moça: - Claro, senhorita - disse olhou para a tela do computador - esse vôo acabou de sair.

- O QUÊ?!

Continua...

The exchange - Joel PimentelOnde histórias criam vida. Descubra agora