•Capítulo Vinte e Cinco•

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Dois dias depois...

Vesti uma blusa branca de mangas curtas e peguei o meu short de moletom do chão do quarto, vestindo-o também. Saí do quarto que agora dividia com Soszac e parei na porta do quarto que tinha deixado para Maik, o vi deitado em sua cama no canto do quarto, brincando com um sapato de Soszac.

Depois de alguns minutos o observando, desci as escadas e fui para o quintal da frente. Assim que abri a porta, dois soldados deram um pequeno passo na minha direção. Levantei as sombrancelhas, deixando claro que eles não precisariam me seguir pelo meu próprio quintal.

Desci os grandes degraus até a frente da mansão e fui para a fonte. Me sentei na beirada e coloquei os pés dentro da mesma, estremecendo quando as solas dos meus pés tocaram as pedras no fundo da fonte, sob a água fria.

— Uau...! — exclamei em um sussurro.

Patrizia iria adorar ficar nesse lugar, era simplesmente belo, lindo. A fonte, os pequenos peixinhos na mesma, a grande piscina nos fundos da mansão e os lindos jardins de rosas vermelhas.

Suspirei, fantasiando sobre ter Soszac me fodendo ali, na beirada daquela fonte. Segurei o tesão e o reservei para depois, ainda faltavam três dias para ter Soszac dentro de mim.

Pela primeira vez, estava definhando com essa coisa idiota que fiz entre nós, mas não era mulher de voltar atrás, e isso queria dizer que eu aguentaria mais três dias antes de ter Soszac dentro de mim.

Ele vinha me dando belos orgasmos de tirar o fôlego com a boca e os dedos, e todas as vezes, quando ele terminava, eu ia dormir e o deixava para cuidar do próprio prazer sozinho. Esse era o meu castigo para ele. Só esperava que ele tivesse entendido, porquê eu não aceitaria uma segunda traição.

Soszac

Estava sentado em uma das banquetas do bar deserto olhando algumas faturas quando Vincenzo apareceu. Ele parecia satisfeito, um sorriso idiota no rosto quando se sentou ao meu lado.

— O que foi? — perguntei, mal-humorado.

— Oh! A vida de casado não está indo bem? — senti uma vontade irresistível de socá-lo no rosto pelo tom que ele usou.

— Isso não te interessa. — murmurei, carrancudo.

— Ah, vamos lá! — me incitou, como sempre fazia, e eu acabava sedendo.

— É Tiziana... — larguei a folha na bancada e peguei o copo com uísque, tomando todo o conteúdo com um gole. — ...ela quer lutar na gaiola.

Ainda não tinha me convencido de que isso era uma boa idéia, por isso tomaria o meu tempo ensinando-a coisas básicas, até que ela mesma desistisse. Não queria vê-la trocando socos com outra mulher em uma gaiola, isso implicava muitas coisas. Tiziana não podia ser reconhecida na Deep Web, se os federais a vissem, então eles a ligariam com a Camorra, e a mim.

— Não! — Vincenzo exclamou.

— Sim. — passei a mão pelo rosto, descansando os antebraços no balcão. — E ainda tem essa merda de abstinência. Grrrr!

Vincenzo desatou a rir, uma de suas mãos afrouxando a gravata.

— Má sorte, meu amigo. — ele sorriu, convencido. — Agora, eu estou muito bem. Se lembra da garçonete da sua despedida de solteiro?

— Hum...

— Estamos saindo. — ele se virou, usando o balcão como encosto, e descansou os cotovelos para trás. — Ela é muito quente, acho que estou me apaixonando pela boceta dela.

Abismo Mortal | Série" Camorristas" | Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora