•Capítulo Oito•

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Assim que entramos no salão principal, todos voltaram suas atenções para nós

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Assim que entramos no salão principal, todos voltaram suas atenções para nós. Vi Patrizia de longe, ela estava perto do buffet, sozinha, parecia nervosa e ansiosa.

Quando ela me viu, veio até mim atordoada. Soszac sumira de vista, provavelmente fora conversar com os outros homens da festa.

Eu abracei Patrizia quando ela chegou perto, segurando as lágrimas que ameaçavam sair, afogada na vergonha.

— Ele contou tudo, Pati, eu o odeio! — exclamei quando ela se afastou para me olhar, seus lindos olhos azuis brilhavam aflitos.

— Eu sabia, estava sentindo que isso ia acabar mal. — ela suspirou, olhando ao redor. — Todos estão nos olhando.

Eu meneei a cabeça em negação.

— Eu fui uma idiota. — murmurei para mim mesma.

— Tizi... — Pati olhou para mim com pena, e eu odiava isso.

— Não olhei assim para mim. — protestei, a soltando. — Aquele desgraçado não ficou satisfeito que ele fora o meu primeiro, também quis estragar a minha vida, papai nunca vai me perdoar por isso.

Suspirei, me encostando em Pati. Ela me levou para um canto mais afastado, perto do buffet.

— Ele vai te perdoar Tizi, ele vai. — me tranquilizou.

— Eu não tenho mais tanta certeza, você não viu o jeito que ele ficou. — olhei para ela, lágrimas transbordando nos meus olhos.

— Se acalme, Tiziana. — ela disse com firmeza, sua mão acariciando as minhas costas. Pati olhou ao redor, parando seu olhar em algo no salão, “ou alguém”. — Por que ele olha tanto para você?

Olhei sobre o meu ombro, encontrando os olhos  escuros de Soszac. Ele estava sério, como sempre, e ao seu lado o tal Vincenzo, um dos homens que estava com ele na boate.

— Eu o odeio. — voltei a olhar para Patrizia. — Ainda não consigo acreditar que ele é Lucca.

Pati olhou para mim com um olhar compreensivo.

— Faz sentido agora. Ele estava naquela boate porquê viera para Sicília a três dias atrás para te conhecer hoje a noite.

Balancei a cabeça.

— Mamãe poderia ter falado sobre isso, eu me precaveria. — olhei de volta para trás, mas o desgraçado estava conversando com uma mulher, se bem, eu a conhecia.

— Raquel, filha do senador. — Patrizia disse. — Não sei como Enrico teve coragem de convidá-la, depois do barraco que ela fez na comemoração de natal do ano passado na mansão do senador.

Balancei a cabeça, franzindo os lábios enquanto via Soszac e Vincenzo conversando com ela. A mulher de cabelos tingidos de loiros e um vestido vermelho brilhante se insinuava abertamente para eles.

Abismo Mortal | Série" Camorristas" | Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora