SoszacEstacionei em frente a mansão as nove horas da noite em ponto. Estava exausto e satisfeito por arrancar um pouco de membros dos malditos russos.
Um dos seguranças veio até mim imediatamente, foi aí que eu soube que algo não estava certo.
— Senhor, a senhorita Basile está com algum mal-estar.
Passei por ele sem dizer nada e entrei na mansão, indo para a ala sul e para o nosso quarto. Quando estava no corredor, Franco saiu pela porta do quarto, parecendo tão cansado quanto eu.
— O que está acontecendo com ela? — perguntei, chamando sua atenção para mim.
Ele se endireitou antes de responder.
— Ela disse que não se sentia bem e estava com um pouco de dor. — franzi o cenho, mas não falei nada sobre isso.
— Tudo bem, vá para casa. — toquei o seu ombro em um gesto amistoso e fui para o quarto.
Parei na porta, ficando quieto enquanto observava Tiziana deitada na cama, encolhida debaixo dos edredons.
Suspirei, colocando o paletó em cima do primeiro móvel de superfície lisa que vi. Ela estava quieta, provavelmente já tinha adormecido. Odiava vê-la mal, sabia que era por causa do aborto, física ou psicológica que fosse a dor.
Tirei a camisa social, os sapatos e a calça, e fui para a cama. Deitei-me e puxei o cobertor em cima de mim. Me virei e abracei Tiziana por trás, inspirando o seu cheiro doce.
Ela suspirou, colocando a mão em cima da minha que repousava em seu abdômen liso.
Beijei a sua nuca carinhosamente antes de perguntar.
— Você está se sentindo melhor?
Ela fungou, fazendo-me puxá-la para mais perto de mim.
— Agora estou. — ouvir a sua voz angustiada me quebrou por dentro, senti um aperto no peito, esse que nunca senti por ninguém.
— Está tudo bem. — tranquilizei-a, enfiando o meu rosto em seus cabelos grossos.
Ouvi o seu sorriso e isso me fez sorrir também.
— Claro que está. — disse com a sua voz sapeca. Tiziana se virou para mim, me olhando com os seus olhos castanhos avermelhados e chorosos.
Toquei sua bochecha levemente, não conseguindo ignorar essa necessidade crescente dentro de mim que dizia para protegê-la.
— Estava chorando. — passei o dedão pelo seu lábio superior, incapaz de ignorar sua boca tentadora. — Estava com muita dor?
Sua mão delicada tocou o meu abdômen, antes dela me abraçar pela cintura.
— Sim. — Franzi o cenho, pronto para repreendê-la por não ter me dito antes. — Mas não era física.
Puxei-a para o meu peito, precisando abraçá-la contra mim com força, precisando sentí-la.
Ela me abraçou de volta, e não demorou muito para que ela derramasse toda a sua angústia, em lágrimas, soluçando em seu choro.
— Eu estou aqui com você. — sussurrei, massageando o seu couro cabeludo.
Ela apenas enfiou mais o rosto em meu peito enquanto eu a acalentava. Tiziana estava quebrada, e eu sabia que eu tinha uma parcela de culpa nisso.
— É. — ela suspirou, soluçando. — Estou feliz por você estar me ajudando nisso, eu... — ela parou, fungando. — ...Já perdi as esperanças de ter um filho.
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Abismo Mortal | Série" Camorristas" | Livro 1
RomanceATENÇÃO!- Esse livro contém cenas de sexo explícito, palavras de baixo calão, agressão e temas sensíveis que podem ativar possíveis gatilhos. +18-(Maiores de dezoito). Quanto tempo será que alguém leva caindo no abismo? Ele pode nunca acabar ou e...