Seis anos atrás...
Sentia um sabor doce em minha boca, mas não era da boceta que eu estava chupando. Não. Teria a minha vingança em alguns momentos, não demoraria. Justino pagaria por tudo o que ele fez a mim e a Martina, e ele pagaria com a vida.
Me afastei da mulher nua na minha frente e ajeitei a minha roupa, ignorando o seu olhar frustrado. Não estava no clima para sexo hoje. Queria apenas uma coisa, e mal podia esperar por isso.
Saí do quarto do bordel mais frequentado da Camorra, deixando a mulher lá dentro sozinha.
Entrei no longo corredor cheio de portas e parei em frente a porta onde eu sabia que Justino estava. Podia ouvir os gritos da mulher lá dentro, gritos esses que não eram de prazer. Justino era um tanto peculiar.
Agora ele tinha pouco tempo de vida, e sequer sabia disso. Quando eu voltasse aqui, nessa mesma porta essa noite, ele morreria, pagaria por tudo o que fez a Martina.
Um sorriso lento repuxou no canto dos meus lábios, podia sentir aquele gosto doce na minha boca, tão quente e viciante. Estava contando os segundos para executar o meu plano, e eu não falharia.
— VOCÊ TEM CERTEZA QUE QUER FAZER isso? — Franco perguntou, ainda temeroso pelo nosso plano.
— Você está se ouvindo? — Vincenzo exclamou, um pouco mais alto que a música. Então ele baixou o tom de voz e se aproximou. — Nós vamos acabar com Justino. Justino, você me ouviu bem?
— Mas ele também é o nosso capo! — retrucou Franco.
— E meu fodido pai. — falei, entrando na conversa. — Ele matou Martina, ela não fez nada a ele ou a Camorra, e ele a matou.
— Porquê você estava apaixonado por ela. — Franco disse, lancei-lhe um olhar de aviso e ele se calou.
— Eu não estava apaixonado por ela, estávamos apenas fodendo. — e era a verdade, Martina e eu não fazíamos nada mais do que foder. Ela era boa no que fazia, e não ficava atrás de mim como se eu devesse algo a ela, por isso resolvi mantê-la por mais tempo. Mas Justino entendeu isso errado e acabou matando uma garota inocente.
Isso serviu apenas para aumentar o meu ódio por ele, já o tinha visto matar a minha mãe, depois o vira matando Martina.
— Ele matou Martina. — falei, olhando dentro dos olhos de Franco. — Uma garota inocente.
— Ele matou a sua mãe, e nem por isso você se vingou dele antes! — exclamou, alto o bastante para que as pessoas ao nosso redor ouvisse.
Cerrei o maxilar, transtornado, sentindo aquela raiva crua subindo pela minha garganta.
— Escute-me, Franco. — comecei, me segurando para não arrancar sua fodida cabeça ali, e ele percebeu as minhas intenções. — Se você não quer fazer parte disso, saia. Eu não vou mais aturar as suas ladainhas, também não vou me importar com a merda de você quando for o capo dei capi¹ da Camorra. Fique a sua sorte.
Me recostei no encosto do sofá, trazendo o meu copo com uísque aos lábios. Bebi um longo gole, não deixando de olhar Franco, que estava pensativo.
— Stefano, vamos começar. — falei, desviando a minha atenção de Franco.
Stefano se levantou, alongou os braços acima da cabeça, fazendo um pequeno show para as garotas que estavam ali perto. O tipo que ele mais gostava, meninas novas, com mais de dezoito e menos de 25. Esse era o tipo específico dele. Ele sentia satisfação principalmente em deflorar meninas virgens.
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Abismo Mortal | Série" Camorristas" | Livro 1
RomanceATENÇÃO!- Esse livro contém cenas de sexo explícito, palavras de baixo calão, agressão e temas sensíveis que podem ativar possíveis gatilhos. +18-(Maiores de dezoito). Quanto tempo será que alguém leva caindo no abismo? Ele pode nunca acabar ou e...