Assim que entramos em casa, fomos recebidos por mamãe e Patrizia, que estava ansiosa para ter uma conversa com Soszac.
Fomos nos sentar na mesa de jantar, e assim que estávamos estabelecidos em nossos lugares nos servimos.
— Espero que goste da comida, fiz especialmente para você. — mamãe falou quando Soszac levou o garfo a boca, parando no caminho para olhar para ela. — Já que você irá passar a noite, que seja bem alimentado!
Todos perceberam as intenções por trás das palavras de mamãe, e isso me fez corar vergonhosamente quando Soszac voltou o seu olhar para mim, cúmplice.
— Mamãe! — a repreendi, ignorando seu olhar duro pelo meu tom. — Vamos comer, por favor.
SOSZAC E EU ESTÁVAMOS NA SALA DA MINHA ANTIGA CASA vendo um programa aleatório na TV. Estava aconchegada ao seu lado, a cabeça em seu ombro reconfortante enquanto ele acariciava a minha cintura devagar por cima da camisola.
Desviei os olhos da TV quando começou uma cena de assassinato, tive o bastante disso, e foi muito real.
Soszac riu suavemente, colocando um dedo debaixo do meu queixo e me fez encará-lo.
— O que foi isso? — perguntou divertido.
— Estou farta de assassinatos. — resmunguei, enfiando a cabeça na curva do seu pescoço, cheirando o seu aroma masculino.
— Certo. — zombou, voltando a atenção para a TV.
Depois de vários minutos, mamãe e Pati vieram nos desejar boa noite, lançando aquele olhar maldoso para mim e Soszac.
Alguns minutos depois, tendo a certeza de que todas elas foram dormir, perguntei a Soszac o que tanto queria saber nos últimos dias.
— O que aconteceu naquela noite, Soszac? — ele tirou sua atenção da televisão e olhou para mim, franzindo o cenho. — O dia em que Donatelli me atacou.
Sua expressão fria voltou para o lugar e ele desviou o olhar do meu, afrouxando o seu aperto ao redor da minha cintura.
— Para entender isso, você precisará ouvir todas a história por trás dessa noite. — falou com frieza, prendi o fôlego quando ele olhou para mim. Esse não era o Soszac carinhoso de segundos atrás.
— Eu tenho a noite toda. — não reconheci a minha própria voz, estava sensível, baixa. Nada parecido com a Tiziana que sempre fui.
— Então vamos para o quarto, te contarei lá.
Soszac se levantou e estendeu a mão para mim, que segurei e me levantei. Ele desligou a televisão e me levou pelo pequeno corredor até o primeiro quarto, onde dormiríamos.
Soszac abriu a porta para mim, entrei e fui me sentar na cama de casal, não tão grande como aquela que estava dormindo com Soszac na mansão, mas tão confortável quanto.
Observei Soszac fechar e trancar a porta, ele se virou para mim e veio se sentar ao meu lado sobre os cobertores.
Esperei enquanto ele pensava sobre tudo, como me diria, imaginei. Depois de um momento ele levantou o olhar para mim.
— Quando eu era novo, conheci uma garota, me envolvi e me apaixonei por ela. — Cheguei mais perto dele, segurando a sua mão grande na minha, podia ver que ele realmente nutria sentimentos por essa garota. — Como ela não era da Camorra, não era mais que uma foda boa... No que dizia respeito ao meu pai, pelo menos. — Murmurou mal-humorado.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Abismo Mortal | Série" Camorristas" | Livro 1
RomanceATENÇÃO!- Esse livro contém cenas de sexo explícito, palavras de baixo calão, agressão e temas sensíveis que podem ativar possíveis gatilhos. +18-(Maiores de dezoito). Quanto tempo será que alguém leva caindo no abismo? Ele pode nunca acabar ou e...