Soszac
Eu ia desistir do meu casamento por causa de uma desconhecida, pelo simples fato de me sentir atraído por ela, mas no fim, descobri que a maldita era de fato, a porra da minha noiva.
Senti o meu ego ferido, e pior, quando tive a certeza do porquê ela estava naquela boate, a raiva me consumira a um ponto que eu temia os meus próprios atos, ali, no território inimigo.
Esconder algo assim de um Capo é demasiado fodido, e eu estaria colocando não só a minha vida em risco, como a daquela menina imatura, que não pensou nas consequências que teria se toda a máfia siciliana descobrisse a merda que ela fez, e o pior? O pior seria se eles soubessem que fui em quem tirei a virgindade dela, e antes do casamento.
Tinha que reconhecer que Enrico tinha muita paciência, Tiziana quebrara a regra mais idiota e também a mais importante deles, e eu não estava disposto a arriscar a Camorra e os meus homens escondendo isso de Enrico. A última coisa que eu precisava agora era de uma guerra entre nós.
Apertei a caixinha de veludo preta na minha mão, cerrando o maxilar com força com a mordida de dor na minha palma. Acabara esquecendo de entregar o anel a ela, depois de fodê-la na biblioteca não consegui pensar coerentemente por alguns minutos.
Agora, de volta ao salão de festa principal, conversando com Vincenzo, percebi o meu vacilo.
— Você é tão fodido. — Vincenzo comentou ao meu lado.
Olhei para ele, uma sombrancelha arqueada.
— O quê? — a calcinha de Tiziana no bolso da minha calça era uma lembrança recente do que fizemos pouco tempo atrás.
Eu não conseguia parar de olhar de onde saí, Tiziana ainda não tinha voltado para a festa e eu estava começando a me irritar com isso, não sabia o porquê, só queria que ela estivesse no meu campo de visão a todo o momento.
— Pare de olhar pra lá, todos vão perceber! — Vincenzo exclamou em tom baixo do meu lado.
— Será que não dá pra você calar a boca? — vocíferei, vendo pela minha visão periférica Giorgio se aproximando.
— Uh, seu sogrinho! — disse zombeteiro.
Me virei para Giorgio quando ele parou perto de mim, uma taça de champanhe na mão.— Giorgio. — cumprimentei sério.
Ele tomou um gole do champanhe, seus olhos escuros me fitando.
— Vi você indo atrás da minha filha. — ele cruzou os braços na frente do corpo, segurando a taça em sua mão frouxamente.
— E?
Ele apertou o maxilar irritado.
— Não é porquê você... Enfim, desonrrou a minha filha, que vai poder fazê-lo quando quiser antes do casamento.
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Abismo Mortal | Série" Camorristas" | Livro 1
RomanceATENÇÃO!- Esse livro contém cenas de sexo explícito, palavras de baixo calão, agressão e temas sensíveis que podem ativar possíveis gatilhos. +18-(Maiores de dezoito). Quanto tempo será que alguém leva caindo no abismo? Ele pode nunca acabar ou e...