•Capítulo Cinco•

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Assim que pulei a janela do meu quarto, dei de cara com uma Patrizia muito nervosa e assustada

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Assim que pulei a janela do meu quarto, dei de cara com uma Patrizia muito nervosa e assustada.

Assim que ela me viu, suspirou aliviada, vindo me abraçar.

— Meu deus, Tizi. — ela me apertou contra ela, me fazendo perder o ar.

A abracei de volta, mas tão logo nos separamos e olhamos para a porta fechada.

— Papai e mamãe? — perguntei, me apressando em tirar o vestido de paetês e soltar os meus cabelos do coque frouxo.

— Ainda estão dormindo. 

Enfiei o vestido debaixo do colchão e corri pelada até o nosso guarda-roupas no canto do quarto, onde peguei um pijama de frio, — que cobriria os hematomas no meu quadril, coxas e bunda, — e o vesti.

— Eu fiquei preocupada, não achei que você iria demorar tanto.

Puxei a blusa de frio sobre a cabeça e puxei os meus cabelos para fora da mesma.

— Nem eu. — respondi, indo me deitar na cama.

Pati deitou comigo e nos enroscamos juntas debaixo do cobertor, nos espremendo na minha pequena cama.

— Como foi? Pelo tempo que você demorou, imagino que tenha conseguido o que queria.

Sorri ao me lembrar do curto período de tempo que passei com o “Lucca mentiroso”.

— Foi estranho, mas foi bom. — sorri  empolgada. — Ele era lindo, Pati, parecia esses homem perigosos...

— Tipo mafiosos?

Revirei os olhos.

— Sim, sua besta. Mas parecia mais com o tipo “Christian Grey Mafioso”, só que mais alto e mais forte... E claro, com cicatrizes.

Pati riu, seus olhinhos claros brilhando.

— Tiziana, você está ferrada. — ela comentou.

— Sim, estou mais do que ferrada.

                               ~

No outro dia...

Estava deitada na minha cama pela manhã, fitava o teto enquanto me lembrava de Lucca “que também não era Lucca”, mas que era um furacão, da melhor maneira possível.

Mesmo ele sendo rude comigo na cama, eu não conseguia tirá-lo da cabeça. Aqueles olhos escuros e cruéis, sua expressão de aço, o rosto bem esculpido com linhas fortes, e aquela cicatriz na sombrancelha esquerda.

Ele tinha aquela aura de perigo rondando-o, o modo como ele agia, os seus movimentos bem cônometrados, os músculos fluídos e tensionados por baixo da pele bronzeada.

Ainda podia sentir o seu toque, a dor entre as minhas pernas, no meu lugar mais privado, queimando com a lembrança dele. Com toda a certeza ele me marcara.

Abismo Mortal | Série" Camorristas" | Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora