Acordei mais disposta na manhã seguinte, me levantei e deixei Soszac dormindo, precisava tomar café da manhã para aproveitar as minhas últimas horas com mamãe, papai e Pati.
Vesti um roupão por cima da camisola e saí do quarto, tentando fazer o mínimo de barulho possível. Queria me preparar mentalmente para encarar a todos essa manhã, já que provavelmente eles me ouviram, a mim e a Soszac, na noite anterior.
Assim que entrei na cozinha, gritei, assustada quando encontrei dois pares de olhos me encarando. Corei instantâneamente, desviando o olhar de mamãe e Pati, que pareciam ansiosas com alguma coisa.
— Bom dia. — murmurei, indo até a máquina de café no canto da cozinha, colocando uma cápsula na mesma.
Elas não me responderam, em vez disso, continuaram a me olhar, como se esperando que eu contasse algo.
Depois da alguns minutos em silêncio, peguei a minha xícara de café pronto e fui me sentar perto delas na mesa.
— Noite longa? — perguntou Patrizia, um sorriso sacana desenhado em seus lábios.
— Hum? — fiz-me de desentendida.
— A sua noite foi longa? — ela perguntou, mais pausadamente.
— Uh, não. — respondi rapidamente, me apressando em tomar o café para não ter que encarar elas. — E a sua? — perguntei, tentando mudar de assunto.
Pati riu desavergonhada, me olhando atentamente.
Mamãe permanecia em silêncio ao seu lado.
— Oh, a minha noite foi longa. — ela disse maldosa. — Muito longa.
Engoli em seco e abaixei a cabeça envergonhada. Me certificaria de nunca fazer sexo na casa dos meus pais.
— Pare com isso Patrizia, não vê que está deixando a sua irmã constrangida? — mamãe repreendeu, séria.
— Mas todos nós ouvimos...
— E o que tem? Todos fazemos sexo, você não acha? E quando você se casar e vier com o seu marido para cá passar alguns dias, acha mesmo que vai ficar sem fazer sexo só porquê está na casa dos seus pais? — Pati olhou para mim arrependida, mas dei-lhe um sorriso gentil, afinal, estávamos ótimas.
— Ótimo. — mamãe falou antes de voltar a tomar o seu café.
Ouvimos passos vindo do corredor, e antes que Soszac aparecesse na entrada da cozinha, eu sabia que era ele.
Todas nós nos viramos para olhá-lo. Ele vestia seu terno habitual, seus cabelos molhados pelo banho que deve ter tomado e o rosto ainda sonolento.
Suspirei, mas franzi o cenho quando ouvi mais suspiros vindos de trás de mim. Olhei sobre o ombro e encontrei Patrizia e mamãe olhando para o meu marido com os olhos moles, aqueles olhos.
— Ei, tem café. — falei, apontando-lhe com a xícara na minha mão.
Soszac percorreu o meu corpo com um olhar lascivo e veio para perto de mim, me fazendo prender o fôlego com o quão alto e forte ele era.
Ele pegou a xícara da minha mão e tomou o resto do meu café, chegando mais perto para colocar a xícara no balcão atrás de mim.
— Bom dia, Patrizia, dona Marta. — ele cumprimentou, não tirando os olhos dos meus. — Vamos comigo até a porta. — disse mais baixo para mim.
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Abismo Mortal | Série" Camorristas" | Livro 1
Roman d'amourATENÇÃO!- Esse livro contém cenas de sexo explícito, palavras de baixo calão, agressão e temas sensíveis que podem ativar possíveis gatilhos. +18-(Maiores de dezoito). Quanto tempo será que alguém leva caindo no abismo? Ele pode nunca acabar ou e...