LEAL💫 • Chris Mc •

capítulo seis💫

- Que ótimo, agora se foi os meus trinta minutos na biblioteca.- olhei o relógio e em poucos minutos eu deveria estar no auditório.

Eu não sou nerd, nem um pouco pra falar a verdade, só que quando tenho apresentações eu fico muito insegura e tenho medo de esquecer as falas ou o que fazer, então eu gosto de ir pra um lugar quieto e silencioso, e o único que tem aqui é a biblioteca.

- Amiga você vai se sair bem.

- Eu ainda tô bolada com você.- resmunguei- E eu não gostei daquele cara!

- Deu pra perceber quando você falou que ele era insuportável e tinha um péssimo gosto pra música.

- Fui sincera, somente isso.

- Sua sinceridade ainda vai te matar.- rimos- Te encontro na saída?

- O Chris vai vir me buscar hoje.- mordi o lábio inferior.

- Tu é mais safada do que eu imaginava.- dei um soquinho fraco no braço dela.

- É por causa da música, não tenho muito o que fazer aí pedi a ajuda dele.

- Tá.- levantou os braços em rendição- Usem camisinha.

Quando eu iria contradizer, ela saiu quase que correndo e eu fui pegar algumas coisas no meu armário antes.

Peguei e fui direto pro auditório, assim que cheguei todos estavam em cima do palco sentados na cadeira em forma de círculo e fui rapidamente pro meu lugar.

- Desculpa pela demora Professor.

- Sem problemas Luna.- sorriu.

Eu tenho um certo medo dele, o jeito que ele me olha, sorri ou até mesmo o jeito que fala comigo, é diferente e amedrontador.

Ainda bem que ele é substituto da professora Thiana que é um amor com todos, a queridinha.

Começamos a discutir sobre o texto e debater cada um sobre sua opinião e logo em seguida começaram as apresentações de fala.

Na apresentação de todos o Professor Gustavo não falou nada além do óbvio, mas assim que chegou a minha vez a cada palavra que eu falava ele soltava um elogio diferente, e sinceramente, aquilo já estava me incomodando.

As horas passaram e logo o sinal que libera todas as turmas de teatro tocou, e eu nunca me senti tão aliviada, arrumei as minhas coisas e quando já estava presentes a sair.

- Luna, você pode ficar?- olhou prós lados e já não tinha ninguém, mesmo assim eu assenti, morrendo de medo.

- Algum problema?

- Não, muito diferente disso.- sentou no banco na minha frente- Você está ótima, suas falas estão perfeitas e sincronizadas, eu sinto emoção no que você faz.

- Ah, Obrigada.- sorri.

- Mas então, eu vi que você anda tendo certas dificuldades com a música.- me olhou de lado e levantou do banco- Essa semana eu te vi na quadra se batendo pra escrever alguma coisa.

- É, mas eu já tô conseguindo fazer, aos poucos.- dei alguns passos pra trás já que ele se aproximava.

- Eu tenho uma proposta pra você.- senti minhas costas entrarem em contato com a parede e me segurei pra não chorar- Eu esqueço essa história da música e te deixo passar direto com pontuações altas, e você faz um agradinho pra mim.

Me lembrei do que minha mãe já tinha me dito antes e coloquei em prática, me inclinei pra frente e dei alguns passos já não sentindo a parede.

- Você me conhece muito bem, não é mesmo?- ele assentiu sorrindo- Então deveria saber que eu tenho uma ótima mão.

- Ah é?- sorriu malicioso.

- É sim, pra bater em homem assediador.- dei um tapa forte na cara dele e senti minha mão queimar- Encosta em mim que tu não sai vivo.

Chris•

- Amor, tô com saudades sabe?- passou a perna em volta do meu corpo e sentou em cima de mim.

- Ué, tô aqui contigo.- dei um tapa na coxa dela.

- Eu sei besta.- riu- Só que eu tô sentindo falta de outra coisa.

Fez uma cara maliciosa e eu balancei a cabeça.

Peguei meu celular vendo o horário e faltava pouco para meio dia, tentei tirar Rafaela do meu colo mais foi em vão.

- Eu tenho que sair.- empurrei ela de leve só pra sair.

- Hoje é segunda, você não vai pro studio.

- Não vou pro studio.- calcei o tênis e peguei meu celular pra mandar mensagem pra Luna.

- E eu posso saber pra onde você vai?- mesmo eu não olhando pra ela, sabia que estava com os braços cruzados.

- Não.

- Chris!- pegou o celular da minha mão e tentou olhar a mensagem mas eu desliguei e peguei novamente- Deixa eu ver seu celular agora!

- Não.- guardei no bolso e fui me arrumar.

- Eu sou sua namorada!

- Você ser a minha namorada não te dar direito de se intrometer na minha vida.- abri a porta.

- Victor pra onde você vai?

- Pra casa do caralho.- sair do quarto e desci rapidamente.