POV Ken
Dias atuais
Movimento meu corpo de leve na cama e sinto os braços do Louis ainda sobre mim. As sensações de horas atrás atravessam-me com carinho e se demoram em todos os pontos essenciais para minha completude. Seu toque delicado sobre minha pele ainda me congela a alma e também revigora minha mente instantaneamente, na mesma velocidade que fogos de artifícios cruzam o céu em uma dança pirotécnica maravilhosa.
Cuidadosamente viro meu corpo para fitá-lo e encontro-o ainda com os olhos fechados. Sua expressão é serena e não consigo recordar de outra situação em que ele emanasse tanta paz quanto agora. Silenciosamente faço as pontas dos meus dedos tocaram seu rosto com cuidado para comprovar tudo que aconteceu entre nós. Enquanto deslizo por sua pele, acompanho seus lábios formarem um pequeno sorriso e seus olhos não tardam a me fitar. Essa é a primeira vez que estamos muito pertos sem que um de nós queira entrar em conflito.
Sou imerso nos seus lindos olhos azuis e mal consigo conter meus batimentos quando inclina a cabeça e beija meus lábios. Nesse momento, minha mente se agarra à ideia de que passar os anos de vida que me restam a seu lado, deitados na cama, seria o futuro mais que perfeito para mim. Estaríamos longe dos problemas sobrenaturais e medos das consequências dos nossos atos. Louis parece ter a estranha habilidade de captar meus sentidos antes mesmo que eu possa externá-los em palavras.
Observo seu peitoral subir e descer em uma respiração lenta e totalmente controlada. Quero mergulhar na sua calmaria e nunca mais sair. Necessito vivenciar cada pequena experiência que essa relação pode nos proporcionar. Estivemos em uma batalha desonesta contra nossos sentimentos e nada de bom veio disso. Agora, só precisamos um do outro para recomeçar da melhor forma que conseguirmos.
— Talvez não seja a melhor hora para isso. — Ele começa e sou voz rouca chega a meus ouvidos. — Mas preciso saber como está depois de ter matado Os Caçadores? — A pergunta me pega desprevenido e não consigo disfarçar minha surpresa. — Se você não quiser falar sobre isso agora, tudo bem.
— Tudo bem. — Me vejo obrigado a sair do abrigo dos seus braços e forçar meu corpo a sentar na cama.
Ainda estamos pelados e uso o lençol enquanto vasculho o quarto à procura das minhas roupas. Não preciso olhá-lo para saber que acompanha cada movimento que executo. Enquanto isso, procuro as palavras certas na minha cabeça para começar essa conversa. Não achei que fosse tê-la em um curto prazo e, definitivamente, não esperava que fosse acontecer com ele.
— Honestamente, não esperava que as coisas fossem chegar àquele ponto. — Começo no segundo que visto a cueca, ainda enrolado no tecido que impede minha nudez total. — Depois de tudo que nos causaram, não acredito que eles deveriam ter a chance de ficarem presos novamente. — Coloco a calça com um pouco de dificuldade e só retorno à fala depois de concluir o ato. — Não sei muito o que espera ouvir de mim, então... — Minha voz sai abafada por causa da camisa que passa pela minha cabeça.
— O que aconteceu com eles foi o correto. — Louis começa de forma gradual e sai da cama. Diferente de mim, ele não se importa de mostrar toda a beleza do seu corpo nu. Desvio o olhar quando ele para na minha frente. — O que preciso saber é como está sua cabeça depois de tirar a vida de alguém. Fazer isso nunca será algo fácil, mesmo que tenha todos os motivos e justificativas. Então... — Ele toca meu rosto de leve. — Como você está em relação ao assassinato deles?
Mordo os lábios infinitas vezes e abro a boca na esperança de dizer algo que faça sentido. Estou com a garganta seca e as mãos despontam uma leve suadeira. Louis continua a hipnotizar-me com seu olhar sedutor e intrigante.
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Me Apaixonei por um Vampiro (Caçadores Imortais)
VampireLivro 1: Me Apaixonei por um Vampiro (História Gay) Livro 2: Me Apaixonei por um Vampiro(Caçadores Imortais - História Gay) "Louis Dewes é o meu declínio e não posso mais continuar a percorrer esse declive, que é uma estrada completamente escura. Nã...