capítulo 5

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Camila, de olhos arregalados, deixou-se cair em cima de uma cadeira. Será que ele voltaria ainda mais furioso, e a obrigaria a fazer o que tinha prometido no dia anterior?

A morena ficou ali na cadeira, se acalmando, por um bom tempo.  Depois trocou de roupa e se deitou, cobrindo-se com o maior número possível de cobertas. Lauren voltaria, ela pensou com o temor voltando.

 Afinal, ela dormia naquele quarto, uma hora ou outra ela teria que voltar. E se deitaria do lado dela, e. Camila ficou a noite toda de olhos abertos, com medo da hora que a porta seria aberta e aquele demônio entraria no quarto. As horas foram se passando, mas Camila não baixava a guarda. Tinha medo de adormecer e quando acordar levar um susto com uma presença aterrorizante ali ao lado dela.

Mas isso não aconteceu. Lauren não voltou mais, e Camila só conseguiu adormecer quando já tinha amanhecido.

- Senhora? Senhora acorde.

Camila abriu lentamente os olhos e deu de cara com uma das criadas. Ela parecia ter uns cinqüenta anos e tinha um ar bondoso.

Camila sentou-se na cama, se espreguiçando como uma pequena gatinha.

- Ainda bem que despertou senhora Jauregui.

Camila franziu o cenho. Era muito estranho ser chamada de "senhora", mas ser chamada de "senhora Jauregui" era mais ainda.

- É muito tarde? - Perguntou, bocejando.

- São duas da tarde, senhora. - A mulher sorriu. - Como já passou da hora do almoço, a senhora mandou-me vir te despertar.

- Lauren? Ela está em casa?

- Está sim senhora. A senhora está no borboletário.

- Bor-Borboletário? - Camila repetiu confusa.

- Sim senhora, a senhora cuida de um borboletário há anos. - A criada respondeu. - Bem, o senhor me deu ordens para levar à senhora para comer e em seguida lhe mostrar a mansão. Será um prazer para mim.

- Tudo bem, mas eu acho que minhas roupas.

- Esqueça-as, senhora. Creio que a senhora Jauregui jogou-as fora.

-0 quê? - Camila disse indignada. - Como assim jogou fora?

- Não se preocupe senhora. - A criada caminhou até o grande e empoeirado armário. Abriu-o, e Camila viu uma quantidade tão grande de roupas e vestidos coloridos e finos, que arregalou os olhos. - A senhora fez questão de encher este armário para você antes do casamento.

- É tudo para mim?

- Claro que sim, senhora. - A mulher sorriu com animação. - Deseja ajuda para vestir-se?

- Não, obrigada. - Camila saiu da cama, meio confusa com aquela nova vida que viria, - Como se chama?

-Ally, senhora. Agora vou me retirar para que possa vestir – se estarei esperando-a do lado de fora.

A mulher saiu com um sorriso. Camila adorou saber que teria aquela companhia agradável na mansão. Se tivesse que viver só com Jauregui ela não saberia o que fazer.

Camila parou na frente do armário e ficou olhando aquela quantidade de vestidos (belíssimos) com ar pensativo. Depois escolheu um vestido verde escuro, com um leve decote. Viu que havia sapatos fazendo par com cada um daqueles vestidos, e pegou o pequeno sapato verde do vestido que tinha escolhido.

Quando saiu do quarto, Ally a esperava, e a olhou com um sorriso de aprovação.

- Está linda, senhora. Vamos descer.

Amor demoníaco ( Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora