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Alexia
Já faz um tempo que acordei e continuo deitada no peito dele escutando sua respiração e o som dos aparelhos, sinto ele se mexer e o olho.
James- Desculpe, não queria te acordar - diz abrindo um largo sorriso que me fez sorrir também.
Alexia - Pensei que você estivesse dormindo, está bem ? - o olhei preocupada e tentando me levantar.
James- Não levanta, fica aqui comigo.
Alexia- Claro que fico, eu queria agradecer por você ter entrado na minha frente... sabe na hora do tiro.
James- Estou bem não se preocupe, eu faria de novo, quantas e quantas vezes precisasse - segurou em meu queixo depositando um beijo na minha testa.

Poxa que homem hein

James- Te ver amarrada daquele jeito me causou uma dor que eu nem sabia que eu era capaz de sentir, e nem sei explicar o porquê.

Alexia- Eu fiquei muito aflita sem ter notícias suas...

É acho que ele merece saber...

Alexia- Sabe, por um momento pensei que você não resistiria a cirurgia e foi só aí que decidi que quero viver intensamente cada segundo, sem desperdiçar tempo ou sentimentos e você precisa saber que eu estou grávida, pelo que sei as datas coincidem.
James- Espera aí - se sentou na cama me puxando para perto dele - então quer dizer que eu vou ser pai ?!
Alexia- Podemos fazer o teste se você quiser ...

Que burra eu, nem nos conhecemos como eu poderia achar que ele assumiria um filho que ele nem sabe se é dele.

James- Não preciso de teste nenhum para saber que o filho é meu, irei assumir essa criança e se você deixar, posso te fazer a mulher mais feliz do mundo ao meu lado.

Estou surpresa, ele realmente é um homem e tanto.

Alexia- Eu quero ser feliz, e se for ao seu lado me sinto mais eu - nos beijamos.

Allyssa
Já que James está bem e está acompanhado de Alexia nós não precisamos ficar mais no hospital, vou deixar alguém na porta do hospital para levar eles para casa, chamei o pessoal e fomos em bora, antes de descer do carro Pedro segura em minha mão.

Pedro- E como vai ser agora ?

Ally- Eu ... sinceramente não sei, preciso dar rumo a minha vida, olhar tudo de um novo parâmetro.

Pedro- Fica com a gente - entrelaçou nossos dedos.

Ally- Não posso deixá-los em perigo, e Estevan ainda está por aí.

Pedro- A por favor Allyssa, você viu hoje que nós podemos lidar com todo o perigo que essa sua vida trás.

Ally- Continua sendo muito perigoso, ainda quero levar as crianças pra morar comigo - ele soltou a minha mão.

Pedro- Sabe que eu não vou deixar.

Ally- Mas você não vai me impedir - disse saindo do carro, ouvi a porta do carro bater e Pedro me rodar me segurando forte.

Pedro- Não precisa ser assim, não quero entrar numa guerra com você.

Ally- Parece que está querendo iniciar uma me segurando desse jeito - dei uma joelhada no saco dele e ele rolou na grama - você sabe que eu não posso ser controlada, nunca conseguiram.

Idiota

Nadha estava na porta da mansão assistindo tudo e me olhou repreenssiva mas não ousou dizer se quer uma palavra, só me acompanhou entrando na casa. Fui até o quarto da Luna e arrumei sua mochila, fiz o mesmo com o Daniel e fui em bora com eles e Nandha. Não fui para mansão do Massimo porque era o primeiro lugar onde Pedro iria, porque ele tinha que ser tão teimoso? Eu não queria tirar as crianças dele eu só precisava as proteger e nunca, NUNCA mais tirar elas do meu campo de visão, não aceito que tirem minhas crianças de mim novamente. Eu precisava respirar e pensar noque iria fazer daqui pra frente, é tão difícil Pedro Henrique entender isso?!
-
Uma semana depois
Estou com Daniel, Luna e Alexia no shopping, ela estava comprando roupas para ela e eu decidi acompanhar.

Alexia- Crianças vocês querem sorvete ?

Daniel- Eu quero titia - disse segurando na mão dela.

Ally- Filha você não quer sorvete ?

Luna- Não mamãe - disse bocejando.

Ally- Alexia espero vocês dois no carro estou cansada - abaixei e dei um beijo no Daniel - Alexia você tenha cuidado com o meu filho, não o perca de vista nem por um segundo - disse a olhando seria.

Alexia- Calma irmã, não vou tirar os olhos dele, nos vemos no estacionamento.

Peguei Luna no colo porque ela estava cansadinha, ia pedir o elevador mas Luna me pediu para ensinar, ela tem três anos mas é muito esperta pra idade dela.

Ally- Qual botão você acha que é filha ? - ela apontou para o botão certo e eu sorri feliz - pode apertar.

Entramos no elevador e tinha um senhor de idade, com umas sacolas na mão e uma pochete em sua cintura.

Luna- Boa tarde senhor - deu um sorriso cheio de dentes para o senhor.

Xxx- Boa tarde bela mocinha.

Ally- Boa tarde - ele sorriu para mim.

Luna- Por que o senhor carrega tantas sacolas assim?

Além de esperta é curiosa, o garotinha. Ri sozinha.

Xxx- Porque eu vendo balas, então todo dia quando termino de vender eu venho ao shopping e compro mais doces para vender no outro dia.

Luna- Que legal, mas deve ser ruim ver todos esses docinhos e não poder comer.

Xxx- Aceita um pacote de balas?

Não disse nada, estava observando o que ela iria fazer.

Luna- Deixa eu ver com minha mamãe se ela tem dinheiro e pode comprar.

Xxx- Não precisa, estou te dando por ser uma criança muito educada - sorriu para minha filha e lhe entregou um pacote de balas.

Ally- Tem certeza senhor ? Me diga quanto foi.

Xxx- Deixa eu ver... Custa um sorriso - olhou para Luna que começou a gargalhar não sei o motivo, o agradeci e fomos para o carro.

Ela não me disse absolutamente nada, só ficou segurando o pacote de balas na sua mão e quando eu ia falar com ela Alexia bate no vidro do carro e eu abro as portas, ela entra com Daniel no carro.

Luna- Titia... Você aceita um doce ?

Alexia - Não gosto de chiclete, se for bala eu aceito - olhou para o pacote de balas na mão de Luna e estendeu a mão.

Ally- Alexia, acho melhor não comer essas balas - ela não me disse nada só confiou em mim, peguei o pacote de balas na mão de Luna e sorri piscando para a mesma.

Ri muito depois disso, ninguem no carro entendeu somente eu e Luna, que garota esperta em.

Uns dias atrás eu fiquei muito paranóica e com medo de que Estevan pudesse tentar fazer algo contra os meus filhos de novo, então eu sentei com Daniel e Luna expliquei para eles que eles não podiam comer nada que estranhos oferecessem a eles, pois não sabíamos se poderia ter veneno ou não. Fico feliz que ela tenha aprendido a lição, agora só tenho que ensinar a ela não sacrificar a família, continuei rindo sozinha por um longo caminho até chegarmos na casa de Pedro, decidi deixar as crianças com ele durante uma semana.

A Rainha do Alemão Onde histórias criam vida. Descubra agora