Uma promessa Ao Lorde Fada

Capítulo Trinta e Cinco

Milo Almeida:

Adrenalina inunda meu corpo, apesar da minha rigidez, dor e machucados. Me joguei em cima da minha irmã e amigas; estava com muita saudade delas, ainda mais de conversar assuntos banais.

Akira latiu e se aproximou cheirando Manoela, que fez carinho na cabeça dele, completamente animado.

— Quanta saudade de vocês. — Falei, tentando apertar todos, mesmo que meu corpo esteja resmungando de dor.

— Também sentimos saudades, desculpa por não ter entrado em contato com você. — Manoela falou.

— Sem problemas. — Falei, tentando engolir todos os sentimentos que queria transbordar para o exterior.

Taryn olhou para mim em choque quando viu que ainda restavam alguns machucados que não cicatrizaram.

— O que aconteceu com você? — Ela perguntou. — Parece que você entrou em uma luta bem feia.

Eu não falei nada, sabendo que ela iria me xingar se soubesse do meu pequeno trabalho no reino mortal.

— Ele estava em uma missão. — Maxuel disse, e o encarei incrédulo. — Esse é o trabalho dele, lutando contra os demônios que machucam os inocentes. Devo admitir que o Maeru demonstrou interesse no Milo.

Um silêncio mortal caiu na sala, todos olhando para mim.

— Não — Taryn disse. — Não. Absolutamente é uma burrice você ter feito isso. Se é por isso que está com esses poucos machucados, devo dizer que voltar para cá foi completamente louco. Gurei, você e as meninas deviam ter protegido ele, o deixando trancado dentro da casa.

— Nos primeiros dias até que tentamos, mas ele acabaria conosco em segundos. — Lucy falou. — Tínhamos duas escolhas, deixá-lo fazer o que quer ou morreríamos pelas mãos dele.

— Estou vivo, não é? — Falei, cortando as palavras da Lucy. — E por qual razão vocês estão aqui?

Manoela e Taryn trocaram olhares rapidamente, enquanto Carmen se encolheu no lugar dela.

— Léo, pode levar as crianças para a cozinha; tenho certeza de que eles estão com fome. — Maxuel disse calmamente. — Tenho vários doces no armário.

Léo levantou do sofá, e as três crianças o seguiram para minha cozinha. Novamente, olhei para minha irmã e cunhada, que estavam rígidas no lugar.

— Elas mataram um guarda feérico. — Maeeu disse de uma vez. — E Brand surtou com isso e pediu a cabeça de ambas.

Manoela e Taryn morderam os lábios.

— Acima de tudo, não foi nossa culpa. — Manoela falou. — Ele iria matar meu irmão; era para ser ele ou o meu irmão.

— Eu meio que soube que vários feéricos estão traindo o reino das fadas. — Falei suspirando e cruzando os braços. — Mas por que Brand pediu a cabeça de vocês? Ele sempre é racional, e gostaria de saber o motivo de vocês terem feito isso.

— Ele, como os outros irmãos da Manoela, está agindo irracionalmente. — Taryn disse. — Só querem saber de guerra e ficaram com os olhos totalmente vermelhos; só conseguimos escapar graças ao grande rei que os distraiu e ao Maeru.

— O Grande rei foi preso, e, enquanto conseguirmos fugir para o mundo mortal e pelos meus cálculos, vão mandar vários guardas para essa casa. — Maeru falou. — Precisamos ir embora, se quiser mantermos essas duas vivas.

Ambas pareceram mais envergonhadas do que qualquer outra coisa, como se tivessem sido pegas fazendo algum tipo de acidente idiota em vez de terem fugido para não serem mortas.