Capítulo Dezesseis

95 92 0
                                    

Milo Almeida:

Descansei após treinar a magia correta, evitando que ela explodisse em meu rosto. Tentei novamente com o máximo de esforço, ciente de que Brand não revelaria esse lado para os bruxos ou para o resto das cortes. Ele sabia que isso me colocaria em ainda mais risco de morte do que já estava no momento.

Bem, já que estou noivo dele, posso dizer que isso seria fatal para mim. Mesmo que seja gratificante pensar nessas coisas por um longo tempo, parece que estou esperando o próximo passo, que poderia me incomodar de uma maneira que me faz sentir cada vez mais idiota com esse tipo de pensamento.

Mandei esse sentimento para longe da minha mente, querendo me concentrar na magia e aprender pelo menos a me controlar a cada segundo. Isso foi um erro bobo da minha parte, pois me distraí quando a porta foi aberta e alguém me ajudou a ir até onde eu poderia comer com Brand. Desta vez, todos os irmãos estavam jantando juntos, de um jeito que poderia cortar o clima com uma faca.

Peguei o prato de truta e olhei para o rosto do marido, que estava sentado à minha frente. Manoela sentou-se perto de mim, com Caelia logo em seguida e depois Eloisa, que mastigava com elegância enquanto lia um livro e depois começava a escrever em um pequeno caderno marrom.

Dain e BalCok estavam do outro lado, ambos à minha frente. Eles pareciam como Manoela havia me contado, usando armadura e segurando espadas ainda bem afiadas e com um pouco de sangue pingando no tapete. Taryn estava do outro lado, comendo em silêncio, tão tensa que seus olhos olhavam para as espadas dos meus cunhados, que quase derrubaram os talheres algumas vezes. Imagino que, mesmo estando ao lado de uma família de generais feéricos mortais, ela ainda mantém a compostura ao comer à mesa sem nenhuma arma perante sua comida ou qualquer coisa do gênero.

Peguei o prato de truta e olhei para o rosto de Brand, que estava sentado ao meu lado em silêncio, mas sua expressão entregava o desgosto de ter os irmãos em sua casa nesse momento.

Minha adaptabilidade foi tão grande que, em 8 dias, ela se acostumou a morar em tal lugar. Mas o fato de pensar que esse rapaz em breve seria meu marido ainda era algo que eu não havia me acostumado muito bem. Saber que ele me ama a ponto de jurar por seu nome verdadeiro que traria minha felicidade a qualquer custo acabava sendo bem assustador.

Em primeiro lugar, todas as vezes que namorei alguém, senti como se devesse ser o primeiro a me declarar e no final dava completamente errado em níveis extremos. E morar sozinho por vários anos não me preparou para me casar durante uma noite e ter uma pessoa desconhecida como cônjuge. Quando ainda namorava qualquer mortal, ou no caso algo que eu deva chamar de minha relação com aquele idiota do meu ex, pensei que queria focar mais em mim e viver como bem entendesse. Mas um dia, de repente, me tornei alguém noivo e que iria casar em um certo momento. Senti como se tivesse perdido muito dinheiro por algum motivo. Além disso, havia outro motivo ainda mais intrigante. Posso dizer que Brand era incrivelmente atraente: seu cabelo liso e escuro era deslumbrante. Abaixo disso, características e queixo que formam uma linha perfeita, e um corpo cheio de músculos duros que foram aprimorados ao longo de alguns anos.

Parece que estou olhando para um pedaço de carne.

— Milo, consegui o material que você havia pedido — disse Brand, quebrando o silêncio e finalmente me olhando, com expressão de orgulho que durou alguns segundos antes de se voltar para os irmãos, que fingiram tossir. — Quero dizer, Eloisa e Caelia conseguiram para mim.

Fiquei emburrado e, se pudesse me conter, teria pego sua mão e dado um tapinha delicado, fazendo-o sorrir discretamente.

— São tintas encantadas — disse Caelia animada. — Eloisa disse que elas podem tornar tudo o que o artista deseja em realidade.

Uma promessa Ao Lorde FadaOnde histórias criam vida. Descubra agora