Uma promessa Ao Lorde Fada

Capítulo Quarenta

Milo Almeida:

Fui o primeiro a acordar no dia seguinte e tive que ir fazer minhas necessidades.

Retornando do banho, encolhi os ombros ao ver a visão à minha frente do acampamento vandalizado. Não havia sinal das pessoas que deveriam estar lá. O que restava eram rastros e chamas incendiárias pelas quais as pessoas teriam lutado.

Ouvi um miado, e tanto Jasmins quanto Jacob apareceram entre as árvores, vindo na minha direção.

Me ajoelhei quando eles chegaram.

— Podem me mostrar o que aconteceu? — perguntei, e ambos assentiram, fechando os olhos, enquanto imagens surgiram na minha mente.

Ouvia as vozes deles em minha cabeça, o que era um pouco estranho, mas deixei isso de lado.

— Quando o Mestre Milo foi para o banho, poucos minutos depois, os bandidos os atacaram. Os Cavaleiros responderam, mas foram superados pelo retorno dos inimigos. O Senhor Maeru foi capturado quando jogaram um pó dourado em sua cabeça, e os quatro foram pegos por alguns Demônios que estavam juntos em suas formas humanoides. — Jasmins disse, sua voz era delicada e aguda.

— Então, para resumir, todos foram sequestrados. — Falei, soltando um suspiro. — Felizmente, eles pegaram todas as bolsas, exceto a do Maeru, que é um pouco pesado.

— Se você seguir a trilha que o Maeru deixou enquanto era arrastado, chegará ao castelo dos bandidos, ou no caso, à corte Unseeli. — Jacob disse, sua voz era grossa e alta, o que fez minha cabeça doer. — Sinto muito, mestre Milo.

— Vamos entrar sozinhos. — Falei, levantando.

Eu sabia que era imprudente atacar sem saber o número de oponentes, então ri, erguendo o dedo indicador para os dois.

— Se alguém tivesse nos seguido, nós teríamos notado. Mesmo que o Maeru ou eu não notamos, nada disso faria diferença. — Falei, e ambos assentiram, levantando o dedo médio.

— Se for um crime planejado, sabemos o número de pessoas que atacaram. Mas estou aqui agora, ileso. Também posso presumir que eles almejaram intencionalmente você quando não estava por perto. Mas se você está tomando cuidado para afastar seis pessoas sem matá-las, é provável que você esteja sequestrando pessoas. É engraçado como essas pessoas consideram outras pessoas como mercadorias. — Levantei um terceiro dedo.

— Normalmente, apenas alimentos e itens de valor são roubados de viajantes. Eles podem descobrir onde estão pelas pegadas de uma pessoa e deixar o resto para trás. Você está no caminho certo. Mas desta vez, os bandidos me deixaram com um rastro brilhante, os pés e asas do Maeru. Bem, talvez seja uma armadilha, mas não consigo pensar na necessidade de armar uma armadilha para pegar uma pessoa em todas as situações. Eu posso trazer os cavaleiros da corte Unseeli ou alguém da cidade mais próxima, de onde estamos, se eu estiver errado. — Olhei para frente, para onde a trilha de alguém sendo arrastado continuaria. — O outro cara é um amador que nunca fez isso antes e não tem nenhum plano nem nada. Não importa quantos peixes diversos apareçam, você saberá. Então somos bons o suficiente para lutar. — falei. — Claro. Devido a isso, o número de pessoas que atacaram é cerca de quinze. Foi tudo improvisado e equipado rudemente. Eles não esperavam que as pessoas soubessem lutar ou que teríamos o Maeru ao nosso lado. — Apontei para o local onde o pó era roxo e vermelho e brincava em pequenas partículas. — Pó do sono, misturado com pó de veneno de dragão — Falei, pegando uma folha e enviando uma mensagem para Maxuel usando as penas das asas do Maeru que ficaram para trás. Pedi para Jasmins colocar fogo nela e joguei o conteúdo para o alto.

Essas mensagens eram uma forma de comunicação para as pessoas do mundo Sobrenatural, que costumavam evitar o uso de dispositivos eletrônicos e telefones. Eram usadas principalmente pela guarda do submundo quando estavam profundamente imersos no mundo oculto dos submundanos, já que a maioria dos dispositivos modernos não funcionava dentro das barreiras.