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— De onde ele tirou aquele chicote? — questiona Jack.
Dean e eu trocamos olhares imediatamente.
— Espero que você não tenha colocado pornô para o Jack, ele é um bebê! — falei.
— Mas eu não coloquei.
Levanto-me da mesa do mapa e vou ver o que Jack estava fazendo, certificando-me de que não estava sendo corrompido.
Na biblioteca, o nephilim está sentado em uma cadeira atrás de uma prateleira, com o laptop no colo. A primeira coisa que penso é que ele está, sim, vendo pornô.
Ele nota minha presença na mesma hora e sorri gentilmente.
Vou até seu lado e encaro a tela do laptop. Suspiro aliviada ao encontrar um clássico: Indiana Jones e o Templo da Perdição.
Inevitavelmente, sorrio ao lembrar dos velhos tempos, quando meu pai e eu costumávamos nos sentar no sofá todo final de semana para assistir a vários filmes. Indiana Jones era um dos nossos favoritos, principalmente porque era o preferido dele.
Nem percebo quando meus olhos começam a se encher de lágrimas.
Alguns anos atrás, meu pai foi mordido por um vampiro e tentou matar minha mãe e a mim. Para minha sorte... ou não... os Winchester me salvaram, mas não chegaram a tempo de ajudar minha mãe.
Como eu não tinha mais ninguém, decidi que começaria a caçar monstros. Ver um vampiro na sua frente realmente muda sua percepção do que é real ou não.
Não foi fácil, principalmente porque eu não tinha experiência, e várias vezes fui salva pelos rapazes. Eles tentaram me convencer a abandonar essa vida, mas, como já devem imaginar, não conseguiram.
— Você está bem? Aconteceu alguma coisa? — Jack pergunta, me trazendo de volta dos meus pensamentos.
Fungo o nariz e esfrego os olhos para limpar as lágrimas.
— Tá tudo bem. Só vim ver se você não estava assistindo nada... impróprio.
Saio de seu lado e caminho de volta para onde estava antes.
— Ei, espera. — Jack sorri de forma meiga. — Se quiser conversar, desabafar, eu estou aqui.
Seus olhos azuis são sinceros e preocupados ao mesmo tempo. Seu sorriso é gentil. Jack é um bebê por completo, simplesmente fofo.
Penso por um tempo e decido que passei muito tempo enfiada em livros. Preciso de uma pausa. Seria a primeira vez que desabafaria com alguém.
Jack e eu fomos para a Caverna do Dean, escondidos, para assistir à televisão. Coloquei Indiana Jones e a Última Cruzada para que ele entendesse a história do famoso chicote.
Rimos, comemos pipoca e outras besteiras, bebemos cerveja. Até tentamos jogar sinuca, mas foi um fracasso, já que nem eu nem Jack sabíamos jogar.
— Dean nos mataria se chegasse aqui e visse que invadimos — comentou, arrancando uma risada minha.
— Consigo até imaginar a cara dele.
Depois que paramos de rir, o silêncio toma conta do lugar.
— Por que chorou lá na biblioteca?
Olho para ele de volta, já sentindo as lágrimas brotando nos olhos. Por que eu tinha que ser tão frágil com esse assunto?!
Mentir não era uma opção, até porque acho que Jack notaria.
— Eu assisti muitas vezes aquele filme com meu pai... E sinto falta disso.
Jack me olha com expressão abatida. Não quero que ele sinta pena de mim.
— Sam e Dean me contaram o que aconteceu. Foi muito triste — ele diz, aproximando-se para me abraçar rapidamente antes de se afastar de novo.
Sua mão passa pela minha bochecha, e seu polegar limpa uma lágrima que escapou.
Percebo sua aproximação lenta e cautelosa. Ele já está bem próximo quando deposita um selinho em meus lábios. Fico surpresa com seu ato, mas não o impeço. Apenas deixo acontecer.
Meu coração bate mais rápido. Sentir o beijo de Jack foi algo inesperado, mas, naquele instante, todos os sentimentos estranhos e indecisos que eu tinha em relação a ele se tornaram mais visíveis e fáceis de compreender.
— Por que fez isso? — pergunto quando nos afastamos.
— Dean me disse que, quando uma mulher está triste, devemos beijá-la. Também vi isso em um filme.
Não pude evitar e rir da sua resposta.
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