... de homenagear heróis

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Notas iniciais do capítulo

42. Que se inspire na Idade Média e cavalaria;

O rei de branco braniu a espada e instigou os três cavaleiros que lutavam ao seu lado

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O rei de branco braniu a espada e instigou os três cavaleiros que lutavam ao seu lado. O rei de vermelho imitou o gesto. Tinha dois arqueiros ao seu lado. Alguns cavalos relincharam assustados e correram atrás das árvores! Foi uma debandada geral.

Houve gritos.

Risadas.

Corpos perfurados por espadas.

Flechas amassadas.

E mais risadas.

- Não me lembro da guerra ser tão divertida - Kiba inclinou-se para o lado e cochichou para Shino. Ajeitou a posição depressa, para escapar de um sapato voador.

Àquela altura a peça de teatro já tinha virado uma bagunça e as funcionárias do orfanato tentavam em vão controlar a algazarra.

Os pequeninos ensaiaram a peça em homenagem aos heróis de Konoha, mas em algum momento o trabalho perdeu o rumo. Se bem que Kiba queria entender onde na história da guerra se encaixavam as princesas e o dragão...

- Nem eu - Shino concordou.

Sabiam que não deviam levar a interpretação a sério, era apenas uma distração para as crianças. Algumas eram pouco mais do que bebês quando tudo aconteceu. Os pequeninos apenas interpretavam para divertir os visitantes.

Era a sexta vez que iam ao orfanato, cumprir a determinação de Iruka-sensei. Antes as crianças se comportaram meio tímidas. Agora já tinham intimidade o bastante com Kiba para inclui-lo nas brincadeiras! O ego de Kiba inflava feito um balão. Ser o centro das atenções era o auge da visita! E as crianças começaram a chamá-lo de "futuro Hokage", um elogio aos brios do garoto que o fazia reluzir de orgulho em ter as habilidades reconhecidas. Com Shino ainda tinham algumas ressalvas, porque a figura coberta de óculos escuro ainda assustava um pouco.

Em todas essas visitas, Kiba sempre tentava saber um pouco mais sobre Touji-kun, cada vez mais afeiçoado ao pequeno sofredor. Ele era um garoto vítima da guerra, que assistiu os pais morrerem sob tortura e sofreu torturas iguais. Era uma figura tiste, isolada da realidade e incapaz de conviver socialmente com as outras crianças. A cada visita, parecia mais regredido em seus transtornos.

Era a única parte que tirava o brilho da visita. Kiba, mais do que Shino, se sentia tocado pelo garotinho. Talvez por ter sucumbido nos conflitos, diante de coisas que não podia compreender. Ele teve o apoio de Shino e de Hinata. Sem o namorado e a grande amiga ao seu lado, talvez não estivesse ali, com a chance de reconstruir a vida graças à proteção que ambos lhe deram.

Justamente por tal fato queria ser capaz de ajudá-lo a se recuperar. No fundo sabia que estava fora do seu alcance. Só não podia controlar os sentimentos.

Uma das funcionárias chamou para o almoço. As crianças gritaram, um cavalo e uma árvore grudavam nas mãos de Kiba e o puxaram para refeitório, todos gritando e tentando adivinhar qual seria a refeição. Shino, que ia logo atrás, notou a olhadinha que Kiba deu para os lados, esperançoso de ver Touji-kun.

Pelo jeito a visita acabaria e não teriam a chance de encontrá-lo naquele dia.

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