58. Um fanfic baseada em uma música escolhida aleatoriamente por alguém que não seja eu;
(música escolhida por minha mamai)
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As mãos se entrelaçaram quando o prazer se tornou forte demais, quando o orgasmo veio exaurindo as forças não pela primeira vez naquela noite. Em silêncio, Shino rolou para o lado tendo o cuidado de puxar Kiba com ele, para que se acomodasse melhor sobre seu corpo, ganhando tempo para acalmar as respirações ofegantes que se misturavam, assim como o suor frio em contraste com os corpos quentes.
Igualmente silencioso se tornou o quarto quando os gemidos baixos, lamentos de amor que em nada refletiam o ato afoito. Ao contrário das marcas de garras deixadas na pele de Shino, maculando a perfeição de alabastro. Marcas das quais não se importava nem um pouco, sinais de como conseguia instigar seu namorado até que perdesse a noção das coisas.
Comemoravam o reencontro. Depois de vários dias separados, com Kiba em missão solo. E Shino aguardando ansioso seu reencontro.
Houve saudades demais para se matar. E alegrias para comemorar. Os planos de uma vida a dois iam bem. Já pretendiam avaliar alguns terrenos para construir uma casinha.
O peito podia explodir de tanta felicidade.
O ar que se respira
Agora expira novos tempos
E sonhos meus e os teus
Decoram o nosso apartamento
Lá fora a sorte trama
Enquanto aqui reflete
A lua em nossa cama
E a vida segue assim
Pensaram em tentar comprar uma já pronta, mas Kiba acabou mudando de ideia. Ele debateu com veemência que o lar precisava ser construído por eles, do primeiro tijolinho da vida à última telha do telhado. Pois o amor deles foi construído na relação que começou como amizade, se fortificou, se solidificou, se transformou. Kiba queria impregnar tal sensação no lugar que chamariam de lar, não simplesmente se apossar de algo já feito por outros, para outros.
E ainda não havia no mundo um pedido de Kiba que Shino negaria. Muito menos um tão significativo quanto aquele.
Seguiam firmes na decisão de viverem juntos. Estavam cientes dos desafios. Kiba chegou a conversar com a mãe no dia que retornou a Konoha. Uma atitude adulta, não aquele pedido de criança que quer permissão para fazer algo. Apenas o comunicado de quem já tem a decisão tomada.
Faltava Shino falar com o pai e o novo caminho que seguiriam estaria descortinado diante deles.
Tão docemente vista
Da sacada da varanda
Eterna, plena
Adormecida sobre as ondas
E eu vizinho de uma estrela
Adoro vê-la iluminando
O meu pedaço
Kiba ondulou o quadril, tirando Shino da letargia.
Esteve fora dias demais.
Era enérgico demais.
Tinha amor demais.
Shino entendeu o recado. As mãos grandes pegaram firme na cintura do garoto, tomando impulso em um único movimento de modo a inverter as posições. Logo estava por cima dele, beijando-o no pescoço com lascívia contemplativa. Kiba riu baixinho. Sabia que aquela posição sem graça era a preferida de seu namorado. Daquele modo Shino o cobria e dominava por completo, mantendo os olhos nos olhos, ainda que houvesse a proteção dos óculos escuros.
E Kiba se deixava dominar quem amava e reconhecia como companheiro perfeito.
