Notas iniciais do capítulo
2. Uma fanfic com sereias/tritões ou que tenha a ver com o fundo do mar;
O tritão assistiu o barco humano levar a princesa para longe. Não podia fazer nada, era pequeno e fraco. Queria apenas dizer adeus para a garotinha que era sua amiga.
Então ele cresceu, forte e corajoso. Navegava por todos os cantinhos do oceano. Ajudava os peixes mais fracos a enfrentar tubarões e monstros marinhos. Era um herói do fundo do mar.
Secretamente, guardava o sonho de reencontrar a princesa, ver se ela tinha crescido e se ainda se lembrava dele.
Encontrou piratas malvados e vilões sanguinários. Conheceu sereias e teve que partir o coração de várias delas, apaixonadas pelo bravo tritão corajoso, de alma selvagem. Mas ele não podia corresponder ao amor de ninguém. Nutria pela princesa humana grande paixão.
Amor na sua forma mais pura.
Em suas ousadas explorações, um dia voltou ao lugar em que tinha crescido. Não foi por querer... e não foi um reconhecimento imediato.
O reino estava mudado.
Antigamente espiava escondido até que a princesa surgisse por as árvores da floresta e viesse brincar com ele.
Agora, não existiam mais árvore ou floresta. Ao longo da praia, para lá da orla em minguante, fileiras e fileiras de construções se erguiam. Algumas tão altas, que pareciam arranhar o céu.
Sabia que muitas diferenças separavam o seu povo do povo humano: cultura... comunicação... forma de pensar... tanta coisa!!
Mas havia algo ainda mais primordial.
O tempo.
O tempo passava adverso para sereias e pessoas. Enquanto o corajoso tritão era um jovem guerreiro explorador, a pequena princesa já havia crescido e vivido uma vida plena, assim como seus filhos e seus netos. E então seus pequenos bisnetos.
A princesa já não mais existia nesse mundo, a não ser nas lembranças do tritão e no sentimento que ele nutria, preso a um sonho que jamais se realizaria.
—--
— Kiba...
A voz de Shino soou suave, mas preocupada. O garoto estava perdido em pensamentos a tempo demais, sentados lado a lado na cama.
— Hana contava essa história pra mim — Kiba fechou o livro de gravuras coloridas e vibrantes — Eu achava o tritão um idiota. Mas agora sei como ele se sentia. Esperar dói muito, mas... será que ele choraria se soubesse a verdade?
Shino passou o braço pelos ombros do namorado e o puxou para se aninhar contra seu peito. Estavam no quarto de Hana, um mensageiro viera trazer a notícia.
A guerra acabara há algum tempo, mas vários ninjas permaneciam desaparecidos. Talvez ainda prisioneiros, procurados com afinco pelos sobreviventes de Konoha.
Inuzuka Hana era uma dessas pessoas.
E agora havia sido encontrada. Não mais uma desaparecida. Uma vítima. Pelo relatório recebido, ela enfrentou uma batalha terrível e não foi capaz de vencer.
Tsume foi requisitada para recolher os pertences encontrados e dar prosseguimento nos ritos funerários. O conselho faria uma homenagem.
— Ele choraria sim, Kiba. Até o tritão herói lamentaria a perda.
Assim como o garoto agora chorava e lamentava nos seus braços. A única diferença era que, ao contrário do personagem ficcional, Kiba não precisava enfrentar a dor sozinho.
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Momentos (ShinoKiba)
Hayran KurguShino e Kiba em diversas situações. História participante do "Desafio dos 100 Temas", onde tudo pode acontecer. Leia com a mente aberta. ©Essa história foi escrita por Kaline Bogard sem fins lucrativos, feito de fã para fãs. Cópia parcial ou total...