... de revelações

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Notas iniciais do capítulo

46. Com final feliz;

O dia do exame jounin chegou rápido

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O dia do exame jounin chegou rápido. Ele seguiu as instruções sigilosas, só contando pra Shino sobre o local e horário.

Ficou combinado que Shino esperaria no Ichiraku para comemorar o bom desempenho com Kiba, porque ambos tinham certeza que ele seria aprovado. Tinha se esforçado tanto!

Shino escolheu um reservado privativo, já deixando encomendado porções de lamen para adiantar.

E não demorou tanto quanto pensou a princípio. O exame começou as seis da manhã, Shino chegou no restaurante por volta das onze e meia. Kiba apareceu pouco depois do meio dia.

— Yo! — cumprimentou eufórico, sentando-se a frente de Shino.

— Yo — devolveu, notando a expressão de felicidade e empolgação — Como foi?

— Difícil pra caralho! Não posso te contar, sigilo é parte da avaliação — soou feliz — Mas to confiante, Shino! Acho que me sai muito bem!

— Parabéns.

— Obrigado! Ainda tem candidatos, cada um é testado em um dia e só depois dão o resultado de todos. Vou morrer de ansiedade.

— Por favor, não morra.

— É só um jeito de falar! — a euforia de Kiba era contagiante. Fez Shino respirar fundo, enchendo-se de coragem.

— Precisamos conversar — falou sério.

— Sim, precisamos! Diálogo é o segredo do que desafia a lógica. Também quero falar algumas coisas, mas fala você primeiro.

Nesse momento o lamen foi entregue e eles deram uma breve pausa para começar a comer. Ou melhor, Kiba pôs-se a devorar a refeição. Shino misturou os ingredientes, pensativo.

— Sobre as pulgas na gola do seu casaco... — finalmente conseguiu dar voz à confissão.

Contou sobre os insetos que escondeu nas roupas de Kiba, querendo protegê-lo e a garantia de que estivesse sempre bem.

Kiba parou de comer e escutou tudo em silêncio. Permaneceu em silêncio mesmo quando a revelação chegou ao fim e o clima tornou-se estranho, prolongando-se o bastante para que Shino se remexesse na cadeira.

— Diga alguma coisa — pediu.

— Calma, to contando. Essa é uma das situações em que você me irrita e eu tenho que contar até cem pra não perder a cabeça — resmungou.

— Me perdoe.

Kiba o analisou por alguns segundos.

— Desde quando?

— Na guerra... eu... — não completou a frase.

Kiba suspirou. A guerra era uma lembrança difícil de superar. Ele perdeu Hana, sabia como era a dor e o medo de perder alguém a quem se ama. Se desconfiasse do que estava reservado pelo destino, se tivesse qualquer forma ao seu alcance de proteger a irmã, o faria sem hesitar. Mesmo que usasse algo que a irritasse no final. Preferia tê-la irritada e viva ao seu lado do que a alternativa.

— Tudo bem — falou baixo — É o seu jeito de cuidar de mim.

— Quer que eu os chame de volta? — apesar dos pesares, os bichinhos ainda viviam nas roupas de Kiba.

— Caralho, Shino — o garoto acabou por rir — Pode deixar, nunca notei. Eles não me incomodam. E eu brigando com quem me chamava de pulguento! Que merda.

Shino sentiu o alivio ao ver o namorado voltar a devorar a comida. Foi como se uma tonelada saísse de seus ombros.

EXTRA:

— Shino...? — Kiba falou após sugar um pouco de macarrão de modo barulhento.

— Hn?

— Esses insetos... quando eu vou no banheiro...?

— Eles ficam do lado de fora — garantiu mais do que depressa.

— Ah — voltou a comer. Shino quase podia ver as engrenagens do cérebro dele funcionando — A noite no meu quarto eles...?

— Ficam.

— Ca-caralho, Shino!!

— Eu sei.

— SABE? — o rubor começou a subir pelo pescoço de Kiba, tingiu-lhe a face e coloriu até as orelhas.

— Sei — respondeu. Então limpou a garganta.

— Tudo bem. Me deixe contar até duzentos — resmungou sem explicar que não precisava contar para aplacar a raiva, apenas acalmar a reação constrangedora em seu baixo ventre. Saber dos insetos o faria se sentir envergonhado para as sessões de "auto-ajuda no sexo" que fazia algumas noites na solidão do seu quarto.

Ou talvez não...

Momentos (ShinoKiba)Onde histórias criam vida. Descubra agora