71. Uma fanfic onde o personagem principal tenha uma duplicata (sejam gêmeos ou não);
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Eventualmente Kiba teve que superar o fato de que por algum tempo houve uma cópia sua andando por aí, em lados isolados de Konoha. E não apenas andando... mas fazendo coisas que ele nunca faria.
Agindo como ele nunca agiria.
Se não fosse o apoio de sua família, a quem não contou a história, mas que o ajudou mesmo assim; e o apoio de Shino, teria se mantido em depressão por muito mais tempo.
Mas Kiba era como um raio de luz, que as sombras não podem conter. Logo retirou forças para retomar os planos e os sonhos interrompidos.
Ele continuava treinando no seu caminho jounin, para ficar forte e se tornar Hokage. Assim como Shino se aperfeiçoava na preparação para ser professor. Carreiras diferentes que exigiam sacrifícios diferentes. Shino foi obrigado a pegar cada vez menos missões. Enquanto Kiba tinha que dobrar o número de tarefas e investidas.
Eles construíam uma casa! Precisavam de dinheiro...
Pouco a pouco a casinha que custou certo trabalho para Shikamaru colocar numa planta foi tomando corpo: terreno arado e tratado. Primeiros alicerces surgindo, graças aos pedreiros profissionais que contrataram. Se dependesse de Kiba, eles mesmos ergueriam tijolo a tijolo. Por sorte Shino era um homem de bom senso. Queria construir o lar para abrigar a vida de casal que planejava ter com Kiba, até o final de seus dias.
Não uma residência ostensiva, imensa e dispendiosa; mas a casinha simples conquanto bem feita, com cuidado e esmero.
Numa tarde de fim de outono, depois de ir inspecionar as obras, satisfeito com o andamento: as paredes começavam a tomar forma; Kiba chegou em casa cansado. Precisava aprontar-se para sair em missão no dia seguinte, uma rotina cansativa.
— Tadaima — se anunciou, feliz ao sentir o cheirinho de janta sendo feita.
— Okaeri — Tsume respondeu alto — Você tem visita!
Mas nem precisava ter dito isso. Kiba já notou Ino sentada no sofá, em expectativas. A jovem mulher sorriu para ele.
— Olá, pulguento.
— Olá — ele respondeu incerto sobre o que esperar da visita. Ainda que os olhos curiosos se prendessem no pacote que Ino tinha em seu colo.
Ela mordeu os lábios para não rir da situação, um tantinho feliz em judiar do garoto. E com a consciência pesada. Já que pouco tempo atrás acreditou que aquele mesmo garoto fosse capaz de trair o companheiro com o qual se relacionava.
Devia ter sabido que Kiba era incapaz de algo tão vil. Ele e seu clã eram associados aos ninken, cães com características marcantes como apego, fidelidade e amizade. Então Naruto a procurou para esclarecer as coisas e tirar a mancha da dúvida. Por culpa de um jutsu de transformação...
Agitou a cabeça, tentando recuperar o foco.
— Pra você — estendeu o pacote — Sou sua amiga, cara de cachorro. Se precisar de alguma coisa, qualquer coisa, é só me falar. Sakura também pensa assim.
— Obrigado!
Aceitou com sinceridade. Apenas para sentir o rosto corar quando abriu o pacote.
