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Paraíso.
Kiba descobriu o verdadeiro paraíso! Na verdade ele descobriu já fazia um tempo, só aproveitava para usufruir melhor naquela tarde...
Ele estava na casa de Shino desde o dia anterior. Aburame-san foi até Suna atendendo um chamado referente a exóticos insetos da areia e deixou a casa todinha para ele e para Shino! Sempre se agarravam a oportunidades assim para terem mais privacidade no namoro.
Isso logo acabaria. Já tinham encontrado um bom lotezinho no bairro vizinho, nada muito grande, que caia perfeitamente no orçamento apertado! E poderiam usar a próxima recompensa da missão cara comprar os primeiros materiais de construção!
A noite foi bem produtiva, sim senhor. Sentia-se cansado até agora. E um tanto grato às insanidades de Ino e Sakura com aquela mania de fantasia-lo de menina. De alguma forma inexplicável, Shino parecia aprovar bastante e em noites assim nem parecia aquele Shino pacato e controlado de sempre!
O resultado?
Kiba exausto até agora e tendo que ter muito cuidado ao se sentar e deitar no sofá! Durante a... saliência ele não reclamou nem um pouco! Mas as consequências eram doloridas.
Desfilava por aí só de cueca samba canção confortável e meias brancas! Que ousadia, andar sem surippa na casa de outra pessoa (ainda que seu namorado de anos). Tinha uma infinidade de guloseimas espalhadas na mesinha de campo. Encheu bem a barriga com o almoço que Shino fez. Depois o rapaz saiu para fazer um trabalho na casa dos Yamanaka, que provavelmente ia demorar um pouco, então convidou Akamaru para ficar na sala com ele, deitado no sofá maior e servindo de travesseiro.
Trouxe pudim, um pedaço de bolo e sobras de torta de morango que achou na geladeira. Também baldeou um pires com grandes morangos e creme de leite. Shino dizia que Kiba era o grande culpado por mudar toda a culinária Aburame. Antes do namoro, Shibi raramente comprava carne e nunca trazia doces, coisas que ele e o filho pouco apreciavam. Depois que o caçula Inuzuka entrou pra vida deles, doce era requisito obrigatório na despensa. E carnes suculentas!
No momento, ele assistia um filme infantil, balançando de leve conforme a respiração fazia seu "travesseiro" subir e descer. No peito, descansava um saquinho aberto de marshmallow. Usava as garrinhas da mão para espetar uma, duas, três, quatro e cinco bolinhas. Então levava aos lábios e mordia uma. Mastigava, engolia e passava para o do dedo seguinte. Um ritual do qual não se cansava!
Paz, comida boa, sensação de estar tudo como deveria estar...
Se isso não era o paraíso, nada mais seria!
Balançou a cabeça de leve. Se Shino estivesse ali seria outro nível de paraíso. Um paraíso especial só deles dois! Pensou que seria divertido ver o namorado se arrepiar com seus (literalmente) doces beijos!
O pedido foi atendido. Não do jeito que esperava, pois o olfato aguçado sentiu o cheiro de sangue antes de mais nada.
Quando a porta abriu-se, primeiro viu a expressão séria. Depois, a mão ferida.
