63. Uma fanfic na qual um dos personagens se odeiem no final;
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Na segunda tentativa, Shino e Kiba conseguiram se reunir com Shikamaru e discutir os planos para a planta da casa. Foi um longo encontro, um tanto problemático. Primeiro precisaram vencer as ideias mirabolantes de Kiba, que começou descrevendo um castelo. E casas na árvore. E construções absurdas que nem em mil anos se conseguiria construir.
Shikamaru escutava, sem dar grande palpites, um tanto impressionado com a paciência de Shino em rebater os argumentos de Kiba e em faze-lo perceber a dificuldade de cada idéia que ele tinha.
Ao final de um bom par de horas, tinham chegado a um acordo. A imagem da casinha ideal, perfeita para o casal e que Shikamaru podia traçar graças aos estudos de arquitetura.
— Muito obrigado! — Kiba agradeceu quando se despediram.
— Estamos aqui pra isso — Shikamaru acenou.
— Que perfeito! — ele foi dizendo enquanto caminhava ao lado de Shino — Agora temos que continuar juntando dinheiro pros materiais. Missão jounin paga um pouco melhor, mas ainda é pouco! Espero que o salário de Hokage seja maior. Mas não vou esperar até lá pra gente morar junto, né?
— Hn — Shino concordou que aquilo demoraria demais! Talvez umas três ou quatro encarnações. E ele queria aproveitar a vida atual com seu namorado.
— O que acha de almoçar no Ichiraku e tomar um sorvete?
— Ótima ideia.
O restaurante estava vazio, pois já passava da duas da tarde, a maioria das pessoas já almoçou. Foram rapidamente atendidos, logo sentando ao balcão para poder comer o lamen delicioso.
— Pensei em começar a olhar cortinas e almofadas por aí. Minha mãe acha isso cafona e sem graça, mas eu sempre gostei de almofadas. Você acha cafona? Ou acha que é muito cedo pra procurar coisas pra nossa casa? Eu não vou comprar. Bem, já comprei um estojo com hashi decorados, mas é só isso que eu vou comprar. Juro.
— Não, não é muito cedo — Shino nem pensou em dizer o contrário. Sabia que seu namorado era a pessoa mais ansiosa que conhecia. Daqui a algum tempo, não duvidou nada, podia apostar que Kiba começaria até a sonhar com a tal casa.
— Ótimo! Porque eu vi uma panela de arroz ótima. E isso é prioridade. Temos que focar na sobrevivência, e a cozinha vem em primeiro lugar.
Shino ergueu as sobrancelhas, nem devia se surpreender! Mas as vezes o golpe vinha como um jutsu indefensável.
Nessa hora, Uchiha Sasuke entrou no restaurante, fazendo Kiba paralisar-se no ato de sugar alguns macarrões. O recém-chegado os cumprimentou com um aceno de cabeça, foi até o balcão pegar uma encomenda que Teuchi-san lhe estendeu e saiu sem grandes interações.
— Não acredito que esse merda voltou — resmungou olhando feio, de péssimo humor.
Kiba era amigo de todos, dono de um dos corações mais humanos que Shino conhecia, dificilmente guardava rancor. Mas ao traidor Sasuke jamais perdoaria. Ele foi peça chave na guerra que causou a morte de Hana, além de ser uma influencia tóxica para seu melhor amigo.
Uchiha Sasuke era a única pessoa a quem Kiba odiava.
