... de Vencer Barreiras

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Notas iniciais do capítulo

94. Sobre "tudo o que alguém queria ter dito e não disse";

 Sobre "tudo o que alguém queria ter dito e não disse";

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Kiba saiu da loja sentindo-se muito satisfeito. Sairia em uma missão complicada na segunda-feira, por isso aproveitou para comprar algumas armas novas. Suas kunai já estavam perdendo o fio, nem amolando voltavam a ter o corte afiado. A missão não era complicada pelo nível de perigo, mas porque teria que viajar para longe de Konoha e ficar fora por vários dias.

De posse das novas armas pensava se devia voltar para casa ou ir até o Ichiraku e comprar o almoço e ganhar tempo. Antes que se decidisse, notou uma pessoa conhecida caminhando cheia de sacolas.

— Mamãe! — exclamou e foi de encontro a Tsume — Eu te ajudo.

Pegou as sacolas das mãos da mãe. Era raro se encontrarem assim, Kiba já tinha saído de casa há algum tempo, a sensação de ter seu próprio lar e não mais habitar na casa da mãe era engraçada.

— Obrigada — Tsume aceitou a ajuda, ainda que não precisasse. Era uma mulher forte e independente, ainda que ficasse tocada com o gesto de gentileza do filho — Como vocês estão?

— Muito bem! — Kiba foi falando enquanto tomavam o rumo de casa — Vou sair em missão segunda-feira, mas não é nada perigoso. Quando voltar quero fazer um jantar lá em casa, venha por favor. Agora o Akamaru sossegou um pouco. Eita cachorro ciumento, não sabia que ele era assim!

Tsume foi ouvindo o falatório desregrado. Nessas horas Kiba era muito parecido com o pai, o homem que ela botou para correr porque era um folgado, inútil, sangue-suga total! Felizmente a semelhança estava só no lado sociável (um dos encantos que a fez se atrair pelo homem), porque seu filho era esforçado, dedicado, comprometido com a relação com Shino.

Fisicamente parecia muito com o pai. Ainda que não fosse ficar tão alto quanto o progenitor.

Tsume quase praguejou. Seu menino estava tão alto quanto ela. Aquele pestinha que fugia da escola pra brincar perto do lago e tentava desviar de suas chineladas agora a encarava de igual, olhos nos olhos. E a ajudava com sacolas.

Em momentos de insight assim a idade pesava.

E as perdas também.

Chegou a entreabrir os lábios para dizer que estava orgulhosa. Muito orgulhosa de ver seu filho se tornar um homem em todos os sentidos. Declaração que nunca disse para Hana, sua primogênita. Não apenas sobre o orgulho que sentia por ela, mas como se impressionava em ve-la se tornar uma mulher tão linda e delicada, embora indiscutivelmente forte. A menina que a ajudou a criar Kiba, a quem devia muito por trazer suavidade e balancear a agressividade de uma mãe como Tsume.

Quando pensou que a trava a impediria de dizer coisas importantes, as palavras fluíram:

— Sinto muito orgulho de você, Kiba.

O rapaz a olhou com espanto, deconcertado. Sua mãe nunca elogiava ninguém!

— Obrigado! — agradeceu endireitando os ombros.

Tsume sorriu largo.

— Mesmo que nunca vire Hokage... — provocou.

— Mamãe!!

Tsume riu. Não tinha dito para Hana sobre seu orgulho de mãe. Mas conseguiu dizer ao caçula. E isso a deixou feliz.

Momentos (ShinoKiba)Onde histórias criam vida. Descubra agora