Capítulo 4

3.7K 205 17
                                    

Isadora

Estou sentada na cama em "meu" quarto refletindo sobre a noite passada, não quero aceitar, mas também não quero morrer e eu acho que ele realmente não tocara em mim se eu não permitir, ele pode ser um agressor mas não deve ser um estuprador, se fosse, ele já teria feiro isso. Meu estomago doí só em pensar nele fazendo isso comigo.

- Como as coisas ficaram assim? – Falo colocando minhas cabeça entre os joelhos, ainda não acredito que a Olívia me deu para essa merda, para pagar uma dívida... não acredito que minha vida tem um valor tão baixo que pode ser trocada por dinheiro.

Deito na cama de fico mexendo nos meus cabelos... Sinto falta da minha família, eles devem está me procurando, mas eu tenho certeza que nenhum policial vai querer se meter com o Fernando.

Fernando... caralho ele é realmente lindo, tem um cheiro bom, ele é o tipo de homem que chamam de macho alfa, sempre repudiei esse tipinho, sempre fiquei com caras mais de boas, que respeitavam as mulheres e que faziam o que eu queria, nenhum foi bom, talvez se Fernando não fosse tão machista eu até gostasse dele.

Fernando

Estou sentado em meu escritório observando a minha gatinha pela câmera de segurança, ela e realmente linda, tudo que eu já sonhei em uma mulher, corajosa, feroz, diferente dessas patricinhas filhas dos outros chefes, ela é perfeita para gerar um filho meu, um verdadeiro herdeiro para fazer meu império crescer mais ainda. Mas já vi que vou ter muita dor de cabeça em por ela no lugar, ela é acostumada a mandar e agora tem que aprender a obedecer, e isso vai ser um pé no saco.

Sou interrompido dos meus pensamentos quando Afonso entra.

- Don Ferreti, capturamos um dos comparsas do Mirko - diz Afonso parado na frente da porta aberta.

Levanto bruscamente da cadeira pegando meu terno saindo apressado do escritório, ando junto com o Afonso a passos largos em direção ao porão, vulgo "sala de jogos", entrando vejo um homem sentado amarrado em uma cadeira com um saco na cabeça.

- Tire – falo para um dos mais capangas.

Me deparo com um menino, de aproximadamente 16 anos, chorando feito um bebê. ele soluçava e cuspia tentando segurar o choro, caramba não tiveram nem a decência de me trazer um homem de verdade, vou ter que dar um jeito nesse menino.

- Diga seu nome – pergunto debruçando para frente para ficar frente a frente com o garoto.

- Fabio Escampanni senhor – diz ele soluçando.

- Fabio, se você cooperar nos te liberamos com vida ok garoto – menti, mas ele não precisa saber.

- Sim senhor- diz ele engolindo o choro.

- Então, onde está o Mirko ? - Perguntei.

- Eu não sei senhor, eu sou apenas um soldado – ele é da menor patente da máfia, talvez ele realmente não saiba, mas eu duvido.

- Vamos ver se você responde ao nosso amigo aqui- chamo o Afonso e ele aparece das sombras com um alicate tesoura para cortar vergalhão.

Afonso pega o pé do garoto e tira o seu dedão, o grito de dor dele pode ser ouvido até na China. que escândalo, é só um dedo, deveria ter tirado logo as mãos.

- Eu vou perguntar de novo garoto, onde está o Mirko ? - falo novamente com mais raiva.

- Por favor senhor... eu não sei – disse ele gritando.

- Tire outro- ordeno com raiva.

- Não! Não! Não! - ele grita - Eu repondo! Eu repondo!

- Que bom que resolveu cooperar garoto- falo com som de deboche parando na frente dele.

SpeechlessOnde histórias criam vida. Descubra agora