Capítulo 13

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Dois meses depois

Fernando

Hoje é sexta-feira, dia 26 de junho, daqui a uma semana será meu casamento, já está tudo planejado para atacar o carregamento de drogas que Mirko está esperando. É agora que eu acabo com a vida desse filho da puta desgraçado.

Nesses dois meses passei a maior parte do tempo sentando no meu escritório olhando o plano para não deixar nenhuma brecha.

Hoje também é o dia do vale nigth da minha gatinha, não estou gostando nada disso, esses últimos meses ficamos mais próximos porem ela insiste em me desobedecer, precisei bater nela algumas vezes, ela é difícil, eu me incomodo em fazer ela chorar, mas ela merece e precisa aprender a me obedecer. Ela até que é uma garota legal, se não fosse tão cabeça dura e fosse mais obediente ela não precisaria sofrer tanto nas minhas mãos.

Estou ajustando alguns passos do plano quando escuto batidas na porta.

- Entre – falo alto

Isadora

- Sou eu, como estou?– Falo mostrando meu look para Fernando, ele está sentando na mesa dele com uma camiseta preta olhando alguns papeis.

Estou usando um top preto de renda uma blusa transparente e uma saia de couro falso, sapatos de salto e uma bolsinha, bem góticasinha.

- Linda – diz ele tirando os olhos dos papeis

- Você se arruma mais para outo homem do que para seu futuro marido – diz ele sendo grosseiro como sempre olhando de volta os malditos papeis.

- Eu me arrumei para mim mesma - digo sentando em uma das cadeiras da sala dele

- Se alguém me achar bonita será apenas um bônus - falo mexendo nos cabelos.

- Você vai me falar? - pergunta ele com a cara fechada.

- O que, se eu ficar com outro cara? – Digo, que estranho, por que ele vai querer saber de uma coisa dessa? - Você vai querer saber?

- Sim, vou querer saber, em detalhes – diz ele olhando fundo nos meus olhos. Que coisa bizarra, ele está super sério, se não queria que eu fosse porque me deixou ir, tenho certeza que ele vai usar isso contra mim no futuro.

- Ok, já que você está pedindo – digo olhando para ele com indiferença

- Enfim, estou indo, não me espere acordado – falo levantando da cadeira e indo em direção a porta

- Eu vou te lavar – diz ele levantando da cadeira

- Não precisa, eu vou de Uber - digo abrindo a porta.

- Que discutir isso agora? - diz ele fechando a porta com força.

Caramba, ele deve sofrer com bipolaridade, até um dia desse ela estava tranquilo em relação a minha saída agora esta aqui surtando, parece meu pai, que merda.

- Ok, tudo bem, você me leva – falo erguendo as mãos em forma de redenção, a última coisa que eu quero agora é uma confusão.

Ele abre a porta do escritório e nos dois saímos, vamos em direção a garagem e ele pega uma chave, entramos em um Camaro preto fosco, ele abre o portão da garagem e sai arrancando fazendo cantar pneus.

Fomos em silencio total por todo o percurso, a propriedade fica alguns quilômetros afastada da cidade. Quando chegamos na frente da boate todos param para olhar o carro, também, que não olharia um bebê desse. Tiro meu sinto, porem sou impedida de descer pois Fernando puxa o meu braço.

- Isadora – diz ele olhando para mim.

Ele fica olhando para mim fazendo uma longa pausa, ele está tentando me dizer alguma coisa, mas porque ele está hesitando?

- O que foi Fernando? - falo de maneira calma olhando fundo nos olhos dele, meu coração está acelerado, o que ele quer falar?

- Nada, divirta-se – diz ele me soltando e se virando para frente novamente.

Saio do carro sem dizer adeus e ele arranca com tudo. Já dentro da boate sento no bar e peço um shot de vodka.

- Hoje eu quero esquecer o meu nome – digo para o Barman

- Saúde! - Viro tudo.

Danço, canto, rejeito alguns caras escrotos que não entendem que não é não, e bebo para um caralho. Fazia tempo que não bebia assim, misturei tudo que podia, já estou para lá de bagda e não tenho a menor intenção de parar.

Saio da multidão e volto para o bar.

- Um Negrone - Digo levantando o dedo - Obrigada - digo pegando a minha bebida. Deve ser bem a minha vigésima dose.

- Vou querer o mesmo que o da senhorita – escuto uma voz vinda do meu lado.

Olho de onde a voz esta vindo e vejo um homem alto, o rosto dele esta meio borrado, mas ele tem uma voz bonita e um cheiro muito bom também.

- Te achei muito bonita, qual é o seu nome? - diz ele no meu ouvido, a voz é grave, porem distorcida por causa do barulho da boate.

- Isadora, mas pode me chamar de Isa - ofereço minha mão de uma maneira desengonçada.

- Isa, nunca te vi nessa boate, você é daqui? - pergunta ele bem próximo a mim, meu deus acho que ele vai me beijar.

- Não, sou brasileira, mas moro a 2 anos na Itália - digo me aproximando dele também.

- Você é linda sabia – diz ele já encostando sua boca na minha.

Ele me puxa pela nuca para o beijo mais gostoso que eu já recebi em toda a minha vida, a minha lingua entrelaçada na dele me fez ficar excitada de uma maneira que nunca fiquei antes. Passo a mão pelo seu rosto e sinto uma barba ralinha, subo até seus cabelos e faço com que ele venha mais pra perto de mim, ele morde meu lábio inferior, aprovando a minha iniciativa. de repente, coloca os dedos dentro do meu cabelo e puxa fazendo minha cabaça ir para trás, me beija descendo pelo meu rosto ate meu pescoço me fazendo ficar toda arrepiada, coloca os braço em volta da minha cintura e aperta meu corpo contra o dele. Ele beija meu pescoço e da leve mordidinhas me fazendo ficar cada vez mais excitada e acabo saltando um gemidinho, volta a me beijar na boca e sinto que está sorrindo, me puxa mais pra junto dele colocando sua perna entre as minhas.

- Esta afim de sair daqui? – Diz ele ofegante no meu olvido.

- Sim – falei quase que em forma de gemido.   

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