Capítulo 24

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Fernando

Que dor...

Abro os meus olhos, estou vivo, só me lembro de Isadora arrancando a boca de Pedro e levanto um tapa dele. depois sente algo quente no meu peito, eu sei que foi um tiro, mas como estou vivo?

Estou em um hospital, olho para o lado e vejo minha gatinha dormir encostada na cama segurando minha mão, ela esta viva, e parece que não se machucou em nada, ela conseguiu se salvar e me salvou também, ela realmente é surpreendente, muito corajosa, sinto muito orgulho de ser casado com ela.

Me mecho para toca-la, mas a dor não me permite.

- Que bom que está vivo – diz Afonso me fazendo voltar minha atenção para ele.

- Você me conhece, não sou de morrer fácil - digo brincando, eu quase morri mesmo, não sei o que aconteceu para eu estar vivo , mas sei que foi graças a Isadora.

- A quanto tempo estou aqui?

- 2 dias, ela não saiu daqui nem pra comer – diz ele apontando para Isadora, ninguém nunca fez isso por mim, quando eu me machucava o máximo que meu pai fazia era me mandar virar homem. Minha mãe até tentava cuidar de mim, mas ele impedia.

- E você, cuidou de tudo enquanto eu estava fora? – Digo, ficar 2 dias fora da ação já e suficiente para eu perder muito dinheiro.

- Sim senhor - Disse ele como um soldado

- Sabe Fernando, ela disse que o amava – ele diz sentando em um sofá que estava dentro do quarto

Essa é uma palavra que faz muito tempo que eu não escuto, se for verdade eu não serei capaz de dar o mesmo.

- Quando ela falou isso?

- No dia do ataque, você estava na cirurgia e ela confessou para mim

Não acredito, depois de tudo ela se apaixonou por mim, ou essa mulher é muito burra e masoquista ou ela realmente acha que esse relacionamento tem futuro.

- Você acordou – diz ela acordando e se espreguiçando.

- Vou deixar vocês sozinhos – diz Afonso saindo e fechando a porta do quarto.

- Me desculpe Fernando, eu não queria te prejudicar – diz ela me abraçando.

Caralho, assim não tem nem como ficar com raiva, ela não deveria ter ido atrás de mim, mas se no fosse ela eu estaria morto estirando naquele porto, e Pedro teria ido atrás dela para mata-la.

- Está tudo bem gatinha, você não me prejudicou em nada. Como ficamos vivos?

- Eu atirei duas vezes em Pedro – diz ele fazendo formas de arma com a mão.

Como ela é linda, meu coração acelera sempre que estamos juntos, ela me ama, eu não sei o que é amor, mas quero amar, quero ama-la, ela merece amor depois de tudo que a fiz passar até hoje.

- Você atirou nele? - digo incrédulo, não acredito que essas mãos tão pequenas e delicadas tenham pego em uma arma.

- Atirei, no braço e nas costas.

Ela se arriscou para tentar me salvar, ela atirou em uma pessoa por mim, enquanto eu estava impotente no chão. Ela realmente salvou a minha vida, será que ela o matou?

- Hahaha minha gatinha corajosa – digo fazendo carinho no seu rosto - Me desculpe a partir de hoje eu vou dar mais valor ao que você fala

- Tudo bem, então lá vai – diz ela sentando comigo na cama do hospital. não posso dar uma brecha a essa mulher que ela já quer abrir uma porta.

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