Capítulo 23

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Fernando

Hoje é o dia do ataque.

Durante a noite de ontem eu e Isadora fizemos amor, ela chorou como se estivesse se despedindo de mim, implorou a noite toda para eu não ir, disse para eu escutá-la, mas eu preciso, sei que alguma coisa pode acontecer mas não posso deixar Pedro sair bem nessa, se ele conseguir o dinheiro com as drogas ele pode dominar o mercado e eu vou perder clientes, ou seja vou ficar fraco e ele vai ter uma vantagem sobre mim.

- Cuidado, por favor – diz ela com uma cara triste.

- Não se preocupe –digo dando um beijo em sua testa. Nunca ninguém se preocupou assim comigo, isso me deixa confuso demais, eu gosto muito dessa mulher, queria joga-la na cama e não sair nunca mais, mas preciso matar o Pedro, se não ela é quem correra perigo.

Afonso já esta esperando no carro, os homens foram na frente e já estão posicionados. Coloco o blazer e saio de casa. Hoje eu mato aquele filho da puta.

Isadora

Vejo o carro sair pelo portão e isso faz meu coração gelar, eu não posso ficar aqui parada, ele não me escuta, mas eu sei que ele vai ser ferido, eu sinto.

Depois de um tempo, saio correndo pela casa até o quarto e coloco uma roupa toda preta.

- Eu sou louca – digo para o espelho.

Corro para a garagem e pego as chaves do Porsche Panamera de Fernando, nuca dirigir um carro desse, mas assim que eu ligue conseguir sentir a potência motores turbo twin V8 e seus 520 cavalos de potência.

- Eu sou definitivamente louca – digo colocando o sinto de segurança.

Abro a garagem e saio arrancando com tudo, eu sei para onde eles vão, para o porto. Não vou deixar matarem meu marido.

Chego lá e vejo o carro que Fernando estava com Afonso, eles já estão posicionados junto com os outros homens. estou escondida atrás de algumas caixas e consigo vê-los perfeitamente.

Já vi Fernando em ação antes, seu o quanto ele pode ser sangue frio ao matar uma pessoa, mas mesmo assim eu preciso protege-lo.

E aí eu me toco...

Meu deus o que eu estou fazendo aqui? Eu não posso ajudar ele em nada, pelo contrário, eu vou acabar atrapalhando. Isadora sua jumenta.

Volto a realidade quando vejo outros dois carros se aproximar e sai de dentro deles 2 homens, eles partam as mãos e começam a conversar, olho para Fernando e ele esta atento, tentando ouvir a conversa, um daqueles homens deve ser o Don Mirko.

Então do nada começa o tiroteio, e eu sinto uma pancada na minha cabeça.

Fernando

Chego com Afonso e já vamos nos posicionando juntos com os outros, estamos esperando quando vejo os carros de Pedro de Don Cattaneo, outro que também está na minha lista.

Eles saem do carro, se cumprimentam e conversam alguma coisa que eu não consigo escutar bem.

- Temos que pega-los agora – digo para Afonso.

Ele assente com a cabeça e fala para os outros, começamos a atirar, mas os dois correm e se escondem atrás do carro e atiram contra nós, outros homens surgem de trás dos containers e começam a atirar contra nós também, estou em menor número, a desvantagem é clara.

- Merda – diz Afonso após leva um tiro no braço. Vemos o carro de Don Cattaneo dar partida e ele sai do porto, aquele covarde, ele não sabia dos meus planos nem dos de Pedro, agora é briga de cachorro grande.

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