Capítulo 33

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5 MESES DEPOIS

Estou com 9 meses e a qualquer momento posso parir, durante esses 5 meses que passou eu e Fernando nos mudamos para um apartamento, menor que a mansão, disse para ele do meu sonho de sermos só nós dois, e ele concordou.

O apartamento não é pequeno, é um duplex, no andar de baixo tem a cozinha, a sala, a sala de jantar, o escritório de Fernando e a piscina particular que tem no nosso AP, no andar de cima tem nosso quarto, o de Nícolas e mais dois quartos de hospede, todos são suítes.

Estou sentada na poltrona do quarto do Nícolas, é um quarto lindo, Fernando mandou fazer e quando eu cheguei já estava tudo pronto, achei que seria azul ou coisa do tipo, mas não, ele era em tons de bege e branco, um verdadeiro quanto de um príncipe, o berço é feito de madeira de lei, tem bichinhos de pelúcias e livros em uma prateleira e o guarda roupa já esta arrumadinho para sua chegada.

Minha barriga esta imensa, parece até que são gêmeos, já vi que ele vai dar trabalho para sair. Sim, vou ter parto normal, e vai ser aqui em casa, já está tudo pronto.

- Amor, estou saindo, até mais tarde - Fernando abre a porta e se despede de mim.

Cuidado - digo e ele pisca pra mim.

Fernando ainda trabalha muito, sai de manhã cedo e só chega umas 19 horas, mas de acordo com ele é para deixar tudo adiantado para quando Nícolas nascer ele ter tempo para gente.

Nós não teremos baba, os empregados diminuíram muito também, nós temos apenas a Milena e a Grace, uma lava e a outra cozinha. A mansão virou sede de Fernando, é lá onde os homens dele dormem e treinam, onde tem as negociações e essas coisas da máfia.

Mais tarde naquele dia

- O jantar está servido senhora - diz Grace entrando no meu quarto.

- Obrigada Grace, já estou indo - digo andando em direção a porta.

- Não vai esperar o senhor Ferreti? - ela me ajuda a andar ate as escadas.

- Não, ele mandou mensagem dizendo que vai demorar.

Termino meu jantar e vou deitar, mas assim que me deito sinto minha barriga dura e bem dolorida, Nícolas da vários chutes, ele é muito ativo, espero eu quando nasça seja mais calmo.

- Você vai me matar filho – digo fazendo carinho na minha barriga, mas não se acalma comigo.

Me deito para ler um pouco, não consigo dormir com ele desse jeito. Olho o relógio e as horas vão passando devagar, começo a andar pelo quarto até que vejo a porta abrir, Fernando chegou graças a deus, só ele consegue acalmar esse menino.

Ele entra e já está com a camisa desabotoada, o rosto dele de cansado não esconde que ele teve um dia bem pesado.

- Ainda está acordada gatinha? - Diz ele entrando no quarto.

- Seu filho não me deixa dormir – digo brincando, mesmo sendo pura verdade

- Sossega aí Nic - diz ele se abaixando e falando com minha barriga. Ele se levanta e me dá um beijo, mas, que cheiro é esse? Não acredito que...

- Você bebeu? - digo me afastando dele, claro que ele bebeu, está cheirando a whisky

- Um pouco – diz ele indo para o banheiro. Um pouco nada, ele não sabe o que é beber pouco.

- E fumou também Fernando?

- Isadora, eu sou de maior ok, eu posso fazer tudo isso – diz ele de costa para mim me olhando pelo espelho.

- Você sente falta da sua antiga vida né? - Pergunto me encostando o arco da porta do banheiro

- Do que você está falando? – Diz ele suspirando e se virando para mim, ele se encosta no balcão da pia e cruza os braços.

- Sente falta das suas mulheres, de mandar nelas, de ser o fodão, de beber, usar drogas e fumar aqueles cigarros horríveis que você fumava – digo com deboche, eu me enquadrava nessa vida, e tenho nojo dela.

- Fodão? - Diz ele com um sorrisinho - Faz tempo que não escuto você falar assim - ele tira o sinto dobrado ao meio. Merda, os palavrões.

- O que você vai fazer? – digo com medo.

- Tomar um banho, o que achou que eu fosse fazer? - diz ele descendo a calça.

- Achei que fosse me bater – digo seria me lembrando do passado.

- Não, assim como minha antiga vida, isso ficou no passado, já disse que amo você, agora somos uma família e que nunca vou fazer você sofrer o que minha mãe sofreu – diz ele chegando perto de mim, seu cheiro de perfume com bebida e cigarro me faz voltar no tempo e aciona meus homônimos, ele me beija me empurrando para fora do banheiro.

- Mas quando ele nascer vou te ensinar uma lição - diz ele parando nosso beijo e fecha a porta na minha cara.

Suspiro decepcionada, achei que fossemos transar, tudo bem, não posso correr o risco, Nícolas pode nascer a qualquer hora dessa semana.

Me deito na cama, e acabo dormindo.

acordo com uma dor terrível, olho para o colchão e está todo molhado, Fernando esta dormindo.

- Amor! Amor! - digo balançando Fernando, ele acorda todo desorientado.

- Que foi? - diz ele com voz de sono.

- A bolsa estourou! - Digo sorrindo e assustada ao mesmo tempo.

É agora... 

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