Capítulo 21

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Fernando não me tocou durante dois dias que estamos na lua de mel, ele só fica me encarando pela casa, parou de dormir comigo e está dormindo na sala para evitar que eu encoste nele, não saiu mais para resolver os seus problemas, pelo contrário ele fica trancado dentro de casa como um velho chato, porém é o homem mais infantil que já me relacionei.

Eu tentei provocar ele de todas as maneiras, fico andando só de lingerie pela casa e me jogo em cima dele, mas ele prefere ficar se fazendo de difícil e quer saber, foda-se, não vou ficar correndo atrás de macho, se ele quiser ele que venha.

Levanto da cama, coloco meu biquíni novo e vou para a praia, quero aproveitar os últimos dias aqui seja com ele ou não.

Passo pela sala e ele está dormindo ainda, ou tentando, se ele não fizesse tão gostoso eu nem estaria tão incomodada dele estar me ignorando, sinto falta do toque dele.

Será que eu aviso que vou para a praia? Não, se ele se importasse comigo não ficaria de birra.

Pego uma toalha e saio, vou direto para o mar, o dia está quente, perfeito para um mergulho, entro na água e ela é gelada, limpa e transparente, dá pra ver os peixinhos nadando ao redor de mim como se eu nem estivesse ali.

Estava me divertindo sozinha quando dois homens aparecem em um barco e começa a me importunar, eles falavam em espanhol, mas eu compreendia perfeitamente o que diziam.

- Ei gostosa, podemos te fazer companhia? – Disse um deles descendo do barco.

Ignoro e saio do mar, vou para onde deixei minhas coisas e recolho tudo, porem eles me cercam e agora eu realmente me assunto, Fernando ainda esta dormindo, ele não vai me escutar se eu gritar.

Para onde você vai com tanta pressa princesa, nos só queremos nos divertir – diz o outro homem chegando perto de mim.

Sinto meu corpo gelar, mas continuo ignorando e ando em direção a casa, porem um deles me segura pelos braços enquanto o outro fica a minha frente bem perto de mim. Meu deus se eu não falar nada vou ser estuprada aqui mesmo.

- ME SOLTA! – Digo me debatendo, estou com tanto medo que não tenho nem forças para lutar contra eles.

- Calma, só queremos um pouco de diversão - diz o homem chegado mais perto e tocando em meus seios.

- FERNANDO SOCORRO! – Grito chorando.

Fernando

Estou acordando ainda quando escuto gritos de mulher vindo da praia, são os gritos da minha mulher, não penso duas vezes e pego uma arma que tem escondida no bar da sala e saio correndo da casa e a cena que eu vejo faz meu sangue ferver.

Ela esta sendo agarrada por dois homens, um deles esta tocando seus peitos e tentando beija-la a força enquanto o outro esta segurando ela por trás enconchando-a, ela tenta lutar porem eles são mais fortes.

O ódio que eu estou sentindo de ter alguém encostando nela me faz dar dois tiros em direção a o que estava atrás dela, geralmente eu não erro meus tiros, mas dessa vez errei, acertei apenas na perna, ele cai na hora e solta Isadora.

O outro sai correndo para um barco quando me vê, dou um tiro para tentar derruba-lo e pega bem na coluna, fazendo o miserável cair na hora.

- Vá par casa! – Digo quando vejo Isadora em choque chorando, não sei se é por causa dos homens ou dos tiros.

Ela sai correndo e chorando de volta pra casa. Vou em direção ao primeiro homem com o tiro na perna, ele está tentado rastejar para longe de mim, seguro ele pela bermuda e piso em cima de sua perna ferida, aponto a arma para sua cara.

- Não senhor, por fa... – Atiro no meio da sua cara fazendo esse merda calar a boca.

Ando em direção ao segundo homem, ele só consegue mexer o pescoço, acertei bem na sua medula, deveria deixa-lo vivo, mas Isadora jamais me perdoaria por ter feito isso.

- Nos só estávamos brincando – diz o homem tentando não engolir areia.

- Não se brincar com a mulher dos outros – digo e dou um tiro para mata-lo de vez.

Suspiro, vendo aqueles dois corpos jogados na areia, terei que limpar isso sozinho, e nessas horas que eu sinto falta de Afonso e dos caras. O pior estar por vim, lidar com aquela mulher é pior do que lidar com o pior dos criminosos.

Volto para casa e ela esta chorando jogada na cama.

Sento na cama e tento acalma- lá.

- Não me toque, você é um mostro, nunca mais chegue perto de mim – diz ela se afastando olhando para minha mão, merda, a arma ainda esta comigo.

- Eu estava protegendo você - digo me levantando e colocado a arma na mesa de cabeceira.

- Fernando, você os MATOU – diz ela levantando da cama se aproximando de mim.

- Se você não ficasse desfilando pela praia quase nua isso não teria acontecido – digo ficando próximo a ela encarando-a, os olhos dela estão vermelhos e marejados.

- Vai se fuder Fernando – diz entre os dentes me encarando. Agora ela vai ver.

Isadora

Ele me olha com ódio e me empurra na parede segurando o meu pescoço.

- Estou achando que você esqueceu do nosso contrato, talvez isso faça você lembrar – diz ele pegando o cabo da TV e arrancando com força, ele dá uma chibatada nas minhas coxas, ardeu bastante mas eu não vou mais chorar, ele gosta de me ver sofrer e eu não vou dar esse gostinho a ele.

- Eu não esqueci – digo e do um chute bem no meio das pernas dele fazendo-o cair no chão

Aproveito esse momento de fragilidade e corro para o banheiro, sinto ele tentar derrubar a porta mais não consegue. Então do nada um silencio toma conta. Acho que ele foi embora, mas o medo me paralisa e eu sento no chão do banheiro.

- Amor, por favor vamos conversar – diz ele do outro lado da porta. Ele acha mesmo que me tratando com carinho eu vou simplesmente esquecer o que ele fez?

- VAI EMBORA! – Digo com raiva.

- Como quiser.

Escuto a porta do quarto bater, ele foi embora.

Fico trancada no banheiro por mais alguns minutos até que decido sair, abro a porta devagar, e Fernando não esta, vou ao armário pegar minha roupa e volto para o banheiro, preciso de um banho, tiro meu biquíni e entro no chuveiro, deixo a água gelada cair sob meu corpo para levar tudo de ruim que aconteceu, então vejo Fernando abrir a porta e ficar me olhando tomar banho.

Viro de costas para ele e seguro o choro, mas ele entra no box junto comigo e me abraça por trás, consigo sentir todo o seu corpo junto ao meu.

- Desculpa gatinha – diz ele me abraçando com força.

Eu não consigo e caio no choro, ele me vira de frente para ele e me dá um beijo me abraçando com força, a água caindo sobre nós dois nus me faz relaxar e eu me entrego a ele.

- Eu não suporto ver outro homem olhando para você - diz ele parando nosso beijo e me olhando. Ele sente ciúmes, ele gosta de mim, eu não sou apenas um objeto, eu sabia.

- Eu sei, eu também tenho ciúmes de você - digo abraçando-o.

- Me perdoa.

- Perdoou.

Ele segura minha nuca e me beija, nossas línguas dançam em um ritmo perfeito. O beijo esta lento e delicado, eu paço a mão pelo seu corpo molhado e sinto-o crescer entre nós dois. Eu o quero, quero muito, ele também me quer.

Ele pega uma de minhas pernas e levanta para que ele possa me possuir, com calma e com delicadeza ele me penetra, me fazendo gemer baixinho. Foi um sexo cheio de sentimento, uma mistura de amor, dor, tesão e medo. Foi incrível, eu o amo.


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