Horas depois... 20:30 da noite.
- Ah! Alguém quer o ovo do meu lanche?! - Maya disse enquanto separava ele no prato, Gaspar nem esperou e praticamente roubou o ovo frito comendo logo em seguida.
Sheila e Mário estavam se agarrando, ela gargalhando do sofrimento dele, e ele chorando pela namorada. Ambos bêbados. Edgeworth era o único quieto que tinha se alimentado pouco e bebendo ainda menos.
- Aaaaaaah niiiiiick oque Paris tem que eu não tenho? - Mário disse chorando e enchendo mais uma vez o copo, eu neguei com a cabeça puxando aquilo para mim para que ele não bebesse. Eu era sempre o sóbrio que ficava de olho nos amigos. - Niiick! Cruel! Só porque você não tem namorada não tem que ser assim, frio!
- Paris tem baguetes, pontos turísticos o ratatouie. - Sheila disse enquanto eu tirava a garrafa do alcance do Mario.
- Não vejo a hora de ser maior de idade para poder ficar bêbada. Gaspar você vai comer as batatas? - A médium falou naturalmente e perguntou para o detetive que negou já que tinha sua boca cheia de comida.
- Como vocês conseguem comer tanto...
Observei Edgeworth levantar e se despedir deles deixando uma quantia para ajudar Gaspar, eu observei ele sair. Me levantei logo em seguida puxando meu terno da cadeira e passando ele, pelo meu braço para seguir pela noite fria.
- Nick onde você vai? - Maya perguntou curiosa antes que eu pudesse escapar sem ser visto.
- Tomar um ar. - Sorri envergonhado coçando minha nuca, era um blefe e ela não precisou me encarar muito para descobrir onde eu estava indo.
Eu segui para fora do restaurante e olhei ao redor buscando por ele, merda, porque deixei você sair da minha vista? Foi quando eu vi ele se afastando, eu engoli em seco correndo atrás dele naquela calçada vazia, quando finalmente o alcancei respirei fundo para que ele não notasse a minha recente corrida, abaixo daquela árvore.
- Edgeworth!
- Hm? Oh, Wright... porque está aqui? Devia aproveitar mais seu tempo com eles.
Seu olhar aflito e pose elegante se combinavam em um misto triste, porém belo. Eu senti minha ansiedade surgir me deixando sem energia para poder falar, eu respirei fundo e soltei o ar observando a fumaça branca se formar no frio.
- Miles eu... - Como diabos posso me abrir se ainda tenho medo?
Edgeworth veio em minha direção e eu estremeci, queria dizer ser pelo frio, porém a proximidade com ele começara a me dar aquelas malditas reações, algo novo que nunca presenciara ou testado antes. Seu silêncio, era uma melodia melancólica e seu olhar era...
- Estou aqui! E você pode deixar essa situação com o seu pai e te destruir ou virar um combustível para seu futuro! Antes... você não tinha ninguém, mas estou aqui Miles... então, conte comigo, independente da sua decisão.
Ele passara por tanto, uma vida completa de desespero, eu sentia as lágrimas surgindo nos meus olhos, eu engoli em seco sentindo um calor contra minha mão... observei sua mão contra a minha, era quente, suave... um toque macio como algodão... o frio já não me incomodava, era como se aquele simples gesto fosse um isqueiro para a gasolina dos meus pensamentos.
- Seu coração é maior que o seu corpo Wright... você está chorando.
Eu estava? Eu senti sua mão livre se guiar e tocar sobre minha bochecha, seu polegar deslizou pela minha pele me fazendo soltar um suspiro baixo. Uma onda de calor repentina começava a me atingir, eu inclinei inconscientemente minha cabeça para longe da mão dele, assim como levemente recuar com minha mão era a melhor das reações.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Turnabout Destinies
Mystery / Thriller𝑻𝑼𝑹𝑵𝑨𝑩𝑶𝑼𝑻 𝑫𝑬𝑺𝑻𝑰𝑵𝑰𝑬𝑺- 𝑨 𝑺𝒂𝒈𝒂 𝑷𝒉𝒐𝒆𝒏𝒊𝒙 𝑾𝒓𝒊𝒈𝒕𝒉 | ❞ Ele era um reflexo do garoto que um dia eu conheci, seus olhos cinzentos e o pequeno sorriso sarcástico eram apenas uma sombra. . .A distância era como um abismo. Que...