A Reviravolta das irmãs: Episódio 2

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Setembro 6, 9:07 da manhã.
Cento de detenção.
Sala de visitação.

A observar do outro lado do vidro de segurança como se fosse uma criminosa era de cortar o coração. . . Ela olhava suas próprias mãos, foi quando ela me viu puxar a cadeira e me sentar ali.

— É você... O advogado. B-bom dia.

— Bom dia.

Ela parece. . .Tão cansada, deve ter tido uma noite bem desconfortável.

— Hey. . .Você vai...Ser o meu advogado?

— Bem era isso que eu vim conversar com você...Por mim eu te defendo, eu sei que você é inocente! Ah menos que você queira outra pessoa pra esse caso...

E ela pareceu mais triste do que antes...

— O que aconteceu, você não acha que eu consiga?

— Não...Ninguém consegue. Quem acreditaria em mim? Até mesmo você, quando me viu lá, deve ter pensado que eu era culpada...Me olhou como se fosse...

Eu olhei? Bem...Eu estava arrasado...

— Não, eu nunca pensei que fosse você...

— Tudo bem, eu ouvi sobre você... Bastante coisa...Tipo, outro dia eu estava no telefone com a minha irmã, e ela disse: "Hoje foi o primeiro dia do meu aprendiz na corte, foi uma cena maravilhosa de se ver. Honestamente, eu estava na beira da minha cadeira a todo o tempo enquanto ele falava." E eu perguntei se você ferrou com tudo...E ela disse: "Ele é um gênio. Um daqueles que coloca medo no coração dos tipos malignos. A única coisa que faltava nele, é experiência." Então eu pensei tipo, nossa já sei pra quem correr quando tiver problema. E aí ela disse: "Não sei não, é melhor esperar mais uns três anos. É isso ou você vai querer ser culpada?" Foi o que ela disse. Ah! Desculpa! Não queria te deixar triste.

É claro que ela diria isso, eu suspirei, Mia sabia das coisas e certamente ela entendia que eu arrisquei tudo numa hipótese sem fundamento que acabou por estar correta... Era sorte, talvez nada além disso.

— Não, tá tudo bem, ela tava certa. Mas mesmo assim, não posso simplesmente ficar sentado e assistir. Quando eu penso na pessoa que fez isso com a Mia...

— Eu sei... - Ela fungou tentando sorrir, eu tentei retribuir o mesmo sorriso.

Conversamos por algum tempo, eu descobri que a garota é uma médium em treinamento. Ela me contou que a família Fey, principalmente as mulheres tinham uma sensibilidade absurda para o mundo dos espíritos, não que eu tenha entendido muito bem. Mas aparentemente Mia tinha a mesma coisa, mas deixou sua casa para seguir com sua carreira.

Ela me contou também que tinha recebido uma ligação cedo de sua irmã, para receber evidência. E assim a informação que Maya gravava conversas chegou a meu ouvido, mas claro o detetive Gaspar levou o celular consigo...Logo...Eu teria que ir atrás dele para tentar recuperar.

- Aqui, pra você não esquecer. — Maya conseguiu autorização para passar um pequeno pedaço de papel pela abertura do vidro. — É... Posso te pedir um favor? Esse é um endereço de um advogado famoso. . .Minha mana me deu isso a muito tempo atrás, ela disse que seu estivesse com problemas eu deveria ligar pra ele. E. . .Bem, eu estou com problemas. Você pode ir lá pedir pra ele me representar?

Eu suspirei, ainda que me doesse eu sabia que não poderia fazer nada por ela, concordei com a cabeça, afinal se era a escolha dela...Não tinha nada que eu pudesse fazer, mesmo que minha teimosia dissesse para insistir ao máximo para a representar.

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