O outro lado do paraíso. 4

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autora aqui. chegamos em fim ao ultimo episodio, hoje foi um dia muito ruim pra mim mas corrigir e formatar esse episodio me ajudou a melhorar meuu humor, espero que aproveitem o capitulo e comentem muito porque isso me motiva a soltar mais capitulos. e bem, não esqueçam de ligar a musica, ja que ela deixa o clima do capitulo melhor...boa leitura.


Estava escuro, abafado enquanto a respiração ofegante do meu pai e do oficial preenchiam aquela caixa, eu abracei meus joelhos, sentindo os tremores enquanto o pavor preenchia minhas veias, apertando minha pele com o intuito de ter certeza que eu ainda estava ali. Não importava se eu abrisse meus olhos, erguer minha mão era apenas uma sensação...

Um baque surdo, oque?

"Para de respirar o meu ar!" — outro som abafado e um alto, um gemido dolorido e o empurrão de alguém, oque estava acontecendo?

— Pai... — Outro som abafado, dessa vez algo metálico caiu e deslizou até bater em meu pé, oque era aquilo?

"Se acalme! É só uma questão de tempo até o resgate. GAH!" — Ouvi meu pai tentar dizer, mas sua voz se transformou enquanto ele tossia, eles estão brigando, eu alcancei o objeto gelado, sem tempo de perceber o que era.

— Fica longe do meu pai! — Joguei, sentindo as lágrimas caindo em minhas roupas quando um som alto ecoou machucando meus ouvidos, eu os tampei ouvindo um ruído baixo enquanto um grito pavoroso de dor ecoava pelo elevador, a minha consciência se esvaindo enquanto eu tentava me manter de pé, deslizando pela parede até o chão... incapaz de segurar o peso nos meus olhos...

Residência dos Edgeworths.

— Já arrumou tudo? Só leve o necessário para residência dos Von Karma. O restante será levado para a Alemanha em breve. — Observei o senhor Manfred caminhando e deixando as últimas caixas para trás... estávamos ali no sofá. Fechei meus olhos me levantando enquanto colocava a mochila nas costas...

Eu me lembro de quando nos encontramos pela primeira vez, da maneira que na delegacia eu abraçava minhas pernas agarrando o sobretudo creme que fora entregue a mim, os policiais correndo de um lado a outro, ele era meu pilar, meu único conforto, enquanto minha cabeça doía as lágrimas ainda caiam e meus soluços se misturavam entre os sons daquele precinto. Os policiais buscavam informações, preenchiam documentos e discutiam em voz alta as inúmeras evidências na cena, mas era algo abafado...

Passos pesados ​​e graves se aproximavam lentamente dele pela frente. Quando eles pararam perto de minha figura trêmula, ousei erguer meu olhar para descobrir quem era. Embaçados pelas lágrimas, encontrei o rosto frio de um homem de aparência severa, sério e imponente em uma jaqueta azul e vestindo uma gravata de babados. O cabelo do homem estava penteado para trás com cuidado e ele olhou para a criança com olhos penetrantes e indiferentes. Funguei voltando a olhar para minhas pernas.

— Levante-se. — Ele ordenou e eu ignorei, não querendo me levantar do meu canto seguro. — Você é surdo? Eu disse para levantar. — O homem repetiu, sua voz soando quase como se ele estivesse me ameaçando, não tentando ser útil ou apoiar nem um pouco. Era apenas uma criança, e temendo o que o mais velho queria, finalmente obedeci, levantando-me apesar de minhas pernas estarem tremendo, fungando novamente e me abraçando enquanto chorava. — Doravante, você tem que se defender sozinho. Você tem que crescer e lutar, ou então este mundo vai te comer vivo no café da manhã e cuspir seus ossos insignificantes de volta. — O homem misterioso afirmou, e eu choraminguei novamente, sem saber o que dizer.

— M-Mas... Hic... Meu pai... — consegui murmurar antes de me desmanchar em lágrimas e gemidos assim que a memória de meu pai voltou, fazendo com que eu enxugasse os olhos furiosamente, não conseguindo pegar o momento o mais velho a minha frente amaldiçoou algo rudemente em alemão. Então, o homem falou:

Turnabout DestiniesOnde histórias criam vida. Descubra agora