Reviravolta das despedidas. 3

13 6 3
                                    

25 de dezembro.
Delegacia local.
Departamento criminal.

— Você pensa que ele vai gostar? Acredito que combina com ele. — Maya perguntava enquanto carregava a sacola com o presente embalado, ela sorria levemente se balançando e me empurrando para tentar me fazer sorrir.

Assim que entramos podíamos ver as mesas arrumadas com os computadores, fotos de família, cadeiras giratórias, em algumas mesas era possível ver pastas empilhadas e papéis expostos. Alguns policiais conversavam próximo a um bebedouro, como poderiam parecer tão felizes numa situação dessas? O delegado estava lá, no fundo, concentrado.

— Hey! Vocês vieram mesmo! Hã? Que isso aí parceira? — Gaspar disse se virando na cadeira, nos aproximando de sua mesa era capaz de ver a papelada espalhada, um plano de fundo padrão no computador. Uma foto em um quadro de um senhor de idade e um adolescente, e ele surpreendentemente tinha um curativo na bochecha como o Gaspar, em um barco.

— Feliz natal detetive Gaspar! Nós do escritório Wright e companhia, compramos para você um presente! — Maya disse enquanto erguia a sacola na direção dele, um sorriso orgulhoso surgia em seus lábios.

Gaspar encarou a sacola, ele parecia que iria desabar no choro, mas se fez de forte, pegou o pacote e abriu. Ele viu o enorme moletom, ele era meio esverdeado e pelo oque ela me contou a frase era perfeita para ele. Ele abraçou o presente e puxou Maya para um abraço.

— ninguém foi tão legal para mim antes! Vou esfregar na cara do pessoal que sou o detetive favorito. — Ele disse colocando em cima de sua cadeira.

— "Às vezes eu tô com fome, nas outras eu tô resolvendo crimes." Nossa a onde eles inventam essas frases? — perguntei e a médium sorriu, ela deu de ombros.

— Foi customizada.

— A reunião acabou... pro melhor ou pro pior... — O detetive voltou a dobrar a nova peça de roupa e a guardar, ele nos observou com cautela. Porque sinto que estamos numa vibe de notícias ruins?

— Gaspar, você sabe algo sobre a vítima? — Perguntei enquanto cruzava os braços.

— Ainda não parceiro, não conseguimos identificar ainda, o laboratório está trabalhando o mais rápido possível.

— O senhor Edgeworth... disse algo? — Maya perguntou enquanto mostrava sua clara feição preocupada.

— Nenhuma palavra. Ele meio que se recusou a falar comigo quanto tentei visitar ele mais cedo... — O detetive disse encolhendo os ombros e mostrando seu lado vulnerável.

Miles... fechei os olhos por alguns segundos esperando minha mente clarear.

— Então, como foi a reunião? — Perguntei após me sentir mais confortável.

— Não posso te contar chapa! Você é um advogado.

— V-verdade... — Cocei minha nuca, levemente abaixo dos meus cabelos me sentindo envergonhado por esperar algo diferente.

O silêncio entre nós, foi constrangedor, claro que ele não iria me contar nada.

— Sabe? Eu não sei mais no que devo acreditar... tá! Certo, o senhor Edgeworth é humano, como eu e você. Ainda... tenho a certeza de que se ele tivesse feito algo errado, não esconderia. Esse é o tipo de cara que ele é. Porque ninguém consegue ver isso? — O detetive disse irritado praticamente batendo na mesa.

— Então... julgam que ele que fez. — Maya concluiu.

— Bom, o julgamento vai começar amanhã, como foi agendado.

Turnabout DestiniesOnde histórias criam vida. Descubra agora