A reviravolta do samurai. 9

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19 de outubro, 11:15 da manhã.
Tribunal local.
Sala de audiência n°4.

— Retomaremos a seção. — Disse o juiz batendo com o malhete.

— Meritíssimo, a acusação tem uma preocupação, afinal a testemunha é jovem para estar em um julgamento de assassinato. Temo que a defesa possa causar um trauma com seu questionamento cruel. No entanto, não temos outra escolha. A autorização de seus responsáveis já nos foi entregue.

É tão legal ver o Edgeworth falando sobre moral, insira o sarcasmo aqui.

— A acusação chama Cody Hackins à tribuna.

Um dos guardas escoltou o pequeno até a tribuna que praticamente o desafiava com o olhar, mas ele era tão baixo que só conseguíamos ver parte de seu rosto e boné, ele estava tentando ficar na ponta dos pés para tentar ver o restante do tribunal, mas franzia as sobrancelhas indicando o fracasso.

— Meritíssimo. Talvez pudéssemos arranjar algo para a testemunha subir? — Edgeworth disse.

— O-oh sim, guarda arranje um banquinho.

Um dos guardas entrou de uma sala e voltou com um pequeno banco branco, ele colocou aos pés de Cody e ele subiu, agora olhava ao redor distraído enquanto se impressionava com as pessoas e a sala, ele ainda tinha a câmera que tinha me mostrado no dia anterior, pendurada no pescoço.

— A testemunha pode nos dizer a série escolar? — Edgeworth disse calmo tentando ser simpático, mas falhando miseravelmente.

— ... — Cody o ignorou e continuou olhando ao redor com um pequeno sorriso.

— Testemunha! — Perdendo a postura, Miles bateu a mão na mesa tentando atrair a atenção do garoto distraído.

— QUE FOI?! Só porque você é adulto não significa que pode mandar em mim! — Cody gritou erguendo o indicador e puxando abaixo do olho enquanto mostrava a língua.

A expressão surpresa de Edgeworth foi cômica, ele apoiou na mesa como não acreditasse que uma criança gritara com ele.

— Cody, responde à pergunta dele, por favor? — Eu disse enquanto apoiava em minha bancada, ele se virou na minha direção e sua expressão se iluminou.

— É você! O herói! Meu nome é Cody Hackins, estou no segundo ano!

E é assim que você fala com crianças Edgeworth. Cruzei os braços, orgulhoso pelo progresso e observei um olhar confuso daquele promotor.

— Senhor Edgeworth, lembre-se que está falando com uma criança. Tente ser mais gentil! — O juiz disse irritado. Edgeworth mostrou uma face irritada.

— Testemunha! Quer dizer, Cody. — Ele está tendo problemas com essa coisa de ser gentil... — Você estava presente, quer dizer, estava lá nos estúdios Global quando o assassina-O incidente aconteceu?

Enquanto eu tentava me manter sério com as constantes correções de Edgeworth, Maya estava quase rolando no chão para não rir alto.

— Tem algum problema com isso?! — Cody disse tentando puxar a espada de plástico da mochila, mas falhando.

— Poderia dizer a nos oque viu? — Ele disse suspirando como se agradecesse pela tortura ter passado.

— Que foi pomposo? Quer que eu conte para você e pro vovô de barba ali?

— Senhor Edgeworth. — Ele disse e eu pude jurar que ele até tinha uma veia na testa da raiva que estava tentando conter.

— Eu prefiro "cavalheiro da barba." — O juiz disse sorrindo. — Lamento dizer, mas equipamento fotográfico não é autorizado durante o julgamento. — Disse apontando a câmera que recém fora pega pelo garoto.

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