A Reviravolta das despedidas. 1.

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O ar frio da noite da véspera de Natal era denso, as nuvens preenchidas com os pequenos flocos de neve que gradualmente passavam a preencher a noite com o branco. No lago, a fumaça do frio subia enquanto o barco causava as leves ondulações que se afastavam externamente até dissipar em alguns metros a distância.

No barco, dois homens dividiam o silêncio, preenchido pelo suave som de respiração quente que produzia a fumaça, um dos presentes, encarava o solo do barco o analisando, como se temesse que a qualquer momento um buraco pudesse espontaneamente surgir e deixar o lago os engolir. Já o outro, observava ao longe a margem, as árvores do parque e a calada da noite.

— Faz oque... quinze anos? — um dos homens perguntou, deixando suas palavras saírem com um peso e apesar do frio, o outro apenas abraçou levemente seus ombros para esquentar, claro que ele vestia um sobretudo negro e fechado enquanto os pequenos flocos de neve caiam e se desfazia sobre as águas negras de lago.

— Sim, isso mesmo. — O outro presente respondeu, com cautela em sua voz, temeroso de suas decisões que o trouxeram até aquele momento, curioso, o rapaz notou um brilho dourado de uma insígnia no mais velho, um advogado.

O homem abaixou a cabeça suspirando pesadamente, ponderando em quais palavras usar para continuar no assunto, ele encarou o rapaz, puxando sua touca para cobrir as orelhas e evitar o frio.

— Quinze anos é muito tempo para esperar... — com uma pausa, ele tateou seus joelhos, se erguendo no barco, o outro o acompanhou imitando seus movimentos. As nuvens se moveram como se soubessem oque iria acontecer, iluminando ambos os homens na véspera de Natal. — Você não consegue imaginar o quanto eu sofri.

— Você... sofreu? — O outro perguntou, segurando seu braço apreensivo, curioso sobre como o mais velho continuaria com aquelas frases. Ambas silhuetas negras flutuando sobre um lago frio.

— E agora, a oportunidade perfeita se apresentou. No final, terei minha vingança.

— Feliz natal.

A arma foi puxada, o nervosismo atingiu a água com a bala, já o outro estrondo do tiro atirou o corpo em direção ao lago, que afundou em uma onomatopeia conhecida. O restante no barco ofegou com suas mãos trêmulas, a arma caiu sobre as tábuas pintadas em branco no fundo do barco. Alcançando com sua mão direita o rapaz a recuperou, ofegando em direção em pânico.

 Alcançando com sua mão direita o rapaz a recuperou, ofegando em direção em pânico

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25 de dezembro, 10:04 da manhã.

Wright & Co Escritório de advocacia.

Após um fiasco em ajudar um amigo secreto da sala de Maya, onde ela praticamente deu um ovo cozido envolvido em chocolate para uma garota chamada Peggy. Oque acabou me rendendo um pedido de desculpas para a mãe da garota já que ela era alérgica, acredito que ambas eram inimigas mortais.

Que sono, Maya e eu ficamos até tarde assistindo filmes já que era natal, desde aquelas comédias românticas que eu tanto adoro, aos filmes de ação e especiais de natal do samurai de aço.

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