A reviravolta do samurai. 8

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19 de outubro. 9:42 da manhã.
Tribunal local.
Sala de espera N °1.

Meus olhos estavam pesados, ainda não acreditava que dormira no meu escritório, mas revisar tudinho era muito importante, independente da dor leve no meu pescoço. Bocejei, precisava de energia para enfrentar tudo que iria acontecer hoje, então o café ficou bem nessa tarefa, a cafeína me deixou um pouco mais alerta.

— Umm... senhor Wright? Porque você parece tão abatido? — Ferraz disse se aproximando com cuidado, o tom gentil em sua voz era presente, eu sei que meu rosto não é dos melhores, porém Mia sempre dizia: um advogado precisa sempre sorrir. Bati em ambas as bochechas sentindo o ardor e sorri para Ferraz.

— O-oh! Oque? Como assim?! Tô super feliz. Sério, não é nada. — Sorri balançando a mão para espantar a atenção do meu rosto, era uma mentira e eu torcia para que ambos acreditassem.

— Nick você não parece, ultimamente você tem andado bem estranho... — Maya disse puxando um pouco da manga do meu terno, eu puxei meu braço me livrando com gentileza e dei um sorriso pequeno, suspirando.

— Não importa o quanto as coisas estejam ruins agora, o quão crítico seja a situação do Ferraz, ou quantos truques e evidências Edgeworth me apresente. Eu acredito fielmente que Liam é inocente, e nada vai me fazer mudar de ideia. — Essa ao menos não era uma mentira, e enquanto elas palavras deixavam os meus lábios.

Não importa, minhas inseguranças, minha ansiedade, nesse momento nenhuma dessas coisas importa a não ser a fé que eu tenho nos meus valores. Vai ser difícil, mas... não impossível.

Eu acho...

19 de outubro, 10:00 da manhã.
Tribunal local.
Sala de audiência n°4.

— Hoje retomamos o julgamento de Liam Ferraz. — O juiz disse calmo, assim os presentes na galeria se sentaram após o soar do malhete.

— A acusação está pronta meritíssimo. — Edgeworth disse batendo sua palmas contra sua bancada, ele tinha um olhar sério e a determinação transbordava em sua voz.

— A defesa também está pronta meritíssimo. — Bati ambas as minhas mãos na mesa, encarando meu "inimigo" do outro lado da sala com a mesma intensidade.

— Muito bem! senhor Edgeworth, sua declaração inicial por favor. — O juiz comentou apontando levemente seu malhete na direção do promotor.

— Um fato inesperado surgiu para a surpresa do júri, ontem descobrimos que haviam outras pessoas no estúdio. Hoje, gostaria de apresentar evidências que comprovam que nenhum deles teve envolvimento com o crime. — Ele disse sorrindo levemente enquanto dizia, a atitude arrogante continuava intacta... mesmo que de uma forma diferente.

— Pois bem! pode chamar sua primeira testemunha.

— A acusação chama o diretor da série à tribuna. — Miles disse enquanto arrumava levemente as abotoaduras de seu pulso direito, desviando seu olhar na minha direção levemente.

E depois de alguns momentos, Manella subiu a tribuna, acompanhado com os guardas do tribunal, com a mesma cara nojenta de sempre... olha sinto muito entidade que vai me julgar quando eu morrer, mas depois do que ele sugeriu olhando a Maya eu não consigo gostar dele.

— A testemunha poderia declarar o nome e a ocupação? — Edgeworth disse enquanto erguia um dos papéis relacionados ao caso.

— Quão rude uma pessoa pode ser!? Não sabe quem eu sou?! Eu fiz o samurai de aço! Noob! — Ele disse exaltado e batendo seu pé, mas quando se virou para Edgeworth. Ele só se manteve em silêncio encarando um descontamento e desprezo, engoli em seco... Era um olhar realmente assustador, se olhares matassem... Manella teria caído morto na tribuna. — S-sa-Saulo Manella! Diretor. Televisão!

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