A reviravolta do samurai. 13

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- Eu estava com Saulo e Ranzina quando encontramos o corpo. A assistente estava lá também, apenas Ferraz estava ausente. Eu imediatamente chamei a polícia, e logo depois Ferraz apareceu. E a senhora Ranzina estava bem agitada, apontando para ele e o acusando. - Vásquez começou com irritação após ser obrigada a depor novamente, ela revirou os olhos em impaciência, continuando seu monólogo:

- Eu pedi para que me deixassem fora dos procedimentos. Eu voltei para o "trailer" para buscar meu Script e as notas do diretor. Então fui para casa. Felizes? - Ela voltou a tragar enquanto seu pé levemente batia contra o piso, o silêncio do tribunal me obrigava a revisar qualquer outro passo que eu poderia dar, com cautela eu perguntei:

- Que horas eram?

- Devíamos nos encontrar às cinco para o ensaio. Então diria que era esse o horário. - Vásquez disse retirando o cigarro e me encarando com desprezo.

- Mas quando você e Manella chegaram? - Miles perguntou com um tom grave, baixo e preocupado, ele respirou fundo logo depois negando com sua cabeça como se não soubesse oque estava fazendo.

- cerca de uns dez minutos antes. Eu não estava guardando nenhum corpo em nenhuma roupa, Okay? - Ela disse com um pequeno sorriso, o encarando com uma curiosidade.

- O Script e as notas do diretor? - Me aproximei da tribuna a rodeando, e Vásquez me encarou, os olhos castanhos carregados com a presunção da dona da verdade.

- Sim, são bem valiosas, eu não gostaria de ninguém os roubando. - Vásquez gesticulou com seu cigarro seu desinteresse.

- Um momento! Pensei que você foi até o estúdio um para um ensaio, porque não levou o Script? - Disparei na direção dela e Apontei em sua direção.

- Bom, eu tinha a impressão de que não teríamos um ensaio, afinal tínhamos um assassinato. Quem poderia pensar em ensaiar depois daquilo? - Ela disse e eu fiquei em silêncio revisando meus pensamentos.

Pois é... hm... acho que sim, cruzei meus braços pensando quão sentido fazia, Yep faz muito sentido...

- Protesto! Meritíssimo! Eu tenho um problema com o último pedaço do testemunho de Vásquez! - Edgeworth disse batendo na mesa e erguendo o dedo para apontar para a produtora.

Huh?!

- Pense Wright. - Ele disse irritado no mesmo tom como se estivesse me dando bronca. - Vásquez não levou o Script porque pensou que não teriam ensaio. Você não vê o que isso significa?! Ela teria que saber do assassinato antes de ir até o estúdio um! - sendo honesto, a postura elegante de Edgeworth é algo tão... impressionante às vezes, claro que ele tem uma péssima atitude... mas... chega a ser... algo bonito de se ver.

- Ordem! Senhor Edgeworth... oque você acabou de dizer... acho um ponto a ser considerado, porém, não entendo porque a acusação se moveria desse jeito. Ou está pensando em mudar de carreira para se tornar a defesa?! - O juiz perguntou incrédulo e por alguns momentos a imagem de Miles sendo um advogado de defesa pairou sobre minha cabeça.

Edgeworth sorriu presunçoso enquanto erguia sua mão para se curvar perante o juiz.

- Eu aprecio a consideração meritíssimo. Mas continuarei apoiando meu argumento independente do meu papel no julgamento. -E por mais que ele mostrasse essa postura, eu sinto que seu olhar transmitia algo diferente do habitual, um conflito interno enquanto ele reorganizada seus pensamentos, ele se voltou a Vásquez assumindo a mesma arrogância de momentos atrás. - Agora... senhorita Vásquez, você tem uma explicação?!

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