A reviravolta do samurai. 5

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— O júri irá retornar com o julgamento do senhor Ferraz. Senhor Edgeworth, gostaríamos de saber os pensamentos da acusação nesse assunto. — O juiz disse logo quando estávamos de volta aos nossos lugares.

Edgeworth sorriu orgulhoso, nem sequer podia esconder como tudo estava a seu favor, incrível como ele conseguia se recuperar mesmo com as informações jogadas ao ar por Wendy, só precisou de cinco minutos.

— São simples meritíssimo. — Ele abriu os braços negando com a cabeça enquanto olhava diretamente para mim, ele faz isso de propósito pra me irritar. — Nada mudou. A outra pessoa que frequentou o estúdio naquele dia, não era nada menos que uma criança de dez anos, a foto que temos talvez não seja uma evidência sólida... — Ele bateu contra a bancada, deixando o sorriso de lado para voltar com a postura seria. — Não existia ninguém além de Liam Ferraz que seria capaz de cometer tal crime! Eu clamo por um veredito de culpado.

— Muito bem... senhor Wright? — O juiz virou seu rosto na minha direção enquanto eu negava com a cabeça.

— A defesa discorda completamente das alegações da acusação! Tem sim outra pessoa que poderia ter cometido tal crime!

— Vamos ouvir quem é essa tal pessoa, porém... saiba que esse júri não vê com bons olhos aqueles que acusam inocentes. — Miles Edgeworth disse com um sorriso elegante. Já experimentou se olhar no espelho? Certo. Ótimo. Como se as expectativas já não estivessem altas o suficiente. Respirei fundo, era esse o momento...

— Então quem seria essa tal pessoa? — O senhor disse seriamente enquanto aguardava minha resposta...

— Não poderia ser ninguém menos que a senhora da segurança! Wendy Ranzina! Na foto, o samurai de aço está arrastando a perna, oque quer dizer que quem, quer que tenha visto o ensaio saberia que a perna de meu cliente estava machucada. Talvez porquê... estavam assistindo ao ensaio. E só existe mais uma pessoa fora o réu e a vítima que sabia sobre o machucado! A testemunha!

Eu terminei de dizer confiante, precisava acreditar nesse blefe para conduzir o julgamento a meu favor e observei Wendy me encarar com o inferno nos olhos, ela estava puta... engoli em seco, era um blefe, impossível ela ter conseguido entrar na fantasia, e logo veriam isso e ela deixaria de ser suspeita..., mas eu preciso de mais tempo.

— Q-Quê?! PIRRALHO!

Logo as pessoas que assistiam o julgamento passaram a conversar sobre o novo assassino, fazendo com que o juiz interrompesse-os.

— Ordem! Ordem! Isso é verdade Ranzina?!

— É SENHORA RANZINA PRA VOCÊ!

— A senhora, estava sozinha tomando conta do portão principal, significa que ela não tem álibi! Poderia ter saído rapidamente e vestido tal fantasia! E então ter seguido até o estúdio um, para a cena do crime! — Não era hora para recuar, tarde demais para falar a verdade... sinto muito senhora Ranzina.

— Mas, porque ela passaria por tantos problemas para colocar a fantasia do samurai?! — O juiz perguntou com seus olhos arregalados.

— Simples meritíssimo, ela sabia sobre a câmera automática, se estivesse na fantasia poderia acusar o senhor Ferraz.

— Entendo... excelente pensamento dedutivo senhor Wright. — O juiz disse sorrindo enquanto concordava comigo.

Ohhhhh Yeah!!! Sherlock Holmes II baby! Pela primeira vez sinto que estou com o juiz do meu lado!

...

Que silêncio!

Isso é estranho... essa não é a parte que o Edgeworth me contrária... não é agora que ele de repente grita Protesto e apresenta algo novo ou atualizado pra me deixar sem chão?

Turnabout DestiniesOnde histórias criam vida. Descubra agora