Reviravolta das despedidas. 17.

16 4 10
                                    

28 de dezembro, 10:00 da manhã.
Tribunal local.
Sala de audiência número 3.

— Agora está em seção, o último dia do julgamento de Miles Edgeworth. — O juiz disse batendo o malhete e observando o silêncio se manifestar naquela sala, eu engoli em seco. 

— A defesa está pronta meritíssimo. — Eu esperava que realmente fosse a última vez que essas palavras saíssem da minha boca, colocando o futuro de alguém nas mãos de outra pessoa não é fácil, mas não, é qualquer pessoa...  

É Miles Edgeworth. Um homem perdido em seus pensamentos e afogando-se em sua própria tristeza. Ainda me lembro da chuva, e de como fiz uma promessa que eu realmente estou planejando cumprir, dessa vez... você não vai seguir seu caminho sem mim, não posso deixar você sozinho. 

— A acusação... esta pronta. — O vampiro maligno disse do outro lado, agora ele estava cooperando, um visível nervosismo, já que meu olhar e o de Maya o perfuraram como espadas, aquele homem teve a coragem de tirar a maioria das evidências do caso, e nos atacou, mexer comigo, é uma coisa, mas mexer com meus amigos... esta pedindo para me ver perder a paciência. 

— U-uh!.. Certo, pois bem! Alcançamos o último dia dos procedimentos desse julgamento. Peço para a acusação mostrar sua evidência decisiva. — O juiz disse enquanto suas sobrancelhas mostravam sua surpresa quanto a súbita cooperação do promotor. 

— Entendido. — Um compreensivo Von Karma era uma visão bem peculiar, e o silêncio do juiz mostrava que ele era nem sequer capaz de acreditar no que estava acontecendo. Qual é! Não fique tão surpreso com cada coisa que ele fala! 

— Entao senhor Von Karma, sua declaração inicial. 

— Certo, graças aos esforços do detetive Gaspar, o dono da locadora de barcos foi apreendido. Ontem, a defesa afirmou que ele era o verdadeiro assassino do caso. No entanto, o senhor ainda tem que confirmar tais acusações. Quero requisitar que a defesa o inquirisse tanto quanto necessário. — Von Karma disse cruzando os braços e eu soube ter algo errado, esse tanto de cooperação não é normal para um rei que comanda as assembleias... o tabuleiro está na mesa, ele já fez o primeiro movimento. 

Agora preciso fazer com cuidado o meu. 

Enfim o juiz chamou a testemunha, o senhor foi trazido tranquilamente enquanto alguns guardas o guiavam, ele subiu a tribuna sonolento. Seu corpo tombava para a frente levemente, enquanto ele lidava contra seu sono.

— Senhores do júri, creio que todos se lembram de nossa testemunha. Ele vive na locadora de barcos, onde também presenciou o assassinato. Em adição, ele perdeu a memória de seu nome e sua identidade. — Von Karma disse e algumas pessoas começaram a cochichar em descrença quanto a minha afirmação de ontem. 

— Testemunha! Porque você fugiu ontem? Por favor, comece com seu testemunho. 

O homem acordou e bocejou cobrindo sua boca com a mão, ele concordou com o juiz. — Er, eu realmente sinto muito por deixar o tribunal daquele jeito ontem. Mas, não estava fugindo nem nada. Eu, uh! Fui comprar comida para Nilce, entende? Pensei que não tinha nada a ver com esse caso. Quer dizer, preciso de um daqueles motivos né? E eu não tenho nenhum. Então meu testemunho de ontem permanece. — Ele disse sorridente, eu cerrei os punhos, esse seria o momento perfeito para mostrar a carta com o motivo dele.  Mas eu e minha boca grande! Ah não adianta chorar... só evitar repetir o mesmo erro pela quarta vez. 

A autorização foi dada pelo juiz que ouviu atentamente o testemunho, agora era uma das horas... de pressionar toda e qualquer frase dele. Seja importante ou não... Ele tem que saber o próprio nome! Você é Yanni Yogi e eu vou provar! 

Turnabout DestiniesOnde histórias criam vida. Descubra agora