26 de dezembro.
Centro de detenção.
Sala de visitação.Adentrei aquela sala observando uma Maya cabisbaixa, no momento que ela me percebeu seu sorriso surgiu iluminando aquele lugar cinzento, eu me apressei para puxar a cadeira e me sentar.
— Maya! Você não acredita, tinham tipo uns três repórteres seguindo a viatura até o Gaspar dar um cavalo de pau e despistar eles. Foi tipo a coisa mais doida que eu vi o Gaspar fazer até Agora. — terminei a fala me sentando e suspirando alto. — Não sei porque era tão importante uma entrevista sobre o primeiro dia do caso.
— Pelo menos não capotou o carro! Demorou tanto que fiquei preocupada com você e o senhor Edgeworth, olha fico feliz que ele passou pelo dia bem, é um alívio. — Ela disse apoiando uma das mãos em sua bochecha, ela deu um sorriso mostrando seu alívio, mesmo que aquele vidro nos separasse. — Você deve ter se divertido pegando carona com o Gaspar.
— Nem me lembra, eu gritei o caminho inteiro, porque você fez aquilo?
— Ele estava me deixando puta... ugh! Eu sabia que precisava fazer algo! — Argumentando Maya tentou manter a compostura, respirou fundo e abaixou a cabeça olhando para as mãos unidas em cima da mesa. — Sei que não sou uma advogada como minha irmã era... sinto muito.
— Bom você salvou o julgamento... só se comporte de agora em diante Okay? Palavras do Miles. Bom não as mesmas palavras...
— Okay... nossa estou sentindo que levei bronca dos meus pais. — Ela disse enquanto eu resolvia ignorar.
— Você já foi questionada?
— Ainda não, a detetive Maggey estava aqui até agora, ela disse: "vendo que essa foi sua primeira passagem por desacato. Depois do questionamento você vai poder ir em bora querida." — Maya disse imitando a policial meiga, eu segurei a risada e ela fez uma careta.
— Ainda bem. — Suspirei aliviado, afinal era menos um problema para estressado esse coitado advogado.
— Oh, e ela queria que eu já preparasse o dinheiro da fiança. Vai pagar para mim, Okay.
— isso não foi uma pergunta. Quanto? — Eu disse colocando um sorriso travado em meu rosto, claro que a notícia ia ser um chute no meu estômago. No entanto, era melhor preparar meu psicológico.
— Sei lá. Vão te mandar a conta ou algo assim. — Ela disse com um sorriso bobo.
Porquepensoo em pilhas de dinheiro sempre que alguém fala sobre fiança?
— Algum progresso com a Mia? — Eu precisava tocar naquele assunto, a presença da Mia me daria uma confiança e uma perspectiva nova para me guiar.
— Nenhuma, não consigo a alcançar... tentei, tentei mesmo. Eu não sei mais oque fazer... — aquele rosto, uma melancolia, ela transparecia a perda em seu olhar aflito, suas mãos tremiam um pouco. Ela engoliu em seco, eu não queria ter feito a pergunta... — Eu não devia ter parado meu treinamento... será que um dia vou conseguir ver ela de novo?
Ela fez o seu melhor, o meu dever é cuidar dela de agora em diante... então, eu deveria procurar cachoeiras na área. Respirei fundo, era uma pergunta complicada, eu poderia negar. No entanto, após presenciar o poder espiritual eu já não tenho tanta certeza. Eu me despedi dela, seguindo até o parque já que era parada...
Haviam cada vez menos policiais, será que o Gaspar está por aqui? Enquanto eu caminhava, passei a frente da barraquinha dos dogões samurai, mas não a vi aberta ou qualquer sinal de Mário. Quando será que ele vai aprender? Foi quando ao longe vi as costas de um sobretudo esverdeado, claramente surrado e sujo.
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Turnabout Destinies
Misterio / Suspenso𝑻𝑼𝑹𝑵𝑨𝑩𝑶𝑼𝑻 𝑫𝑬𝑺𝑻𝑰𝑵𝑰𝑬𝑺- 𝑨 𝑺𝒂𝒈𝒂 𝑷𝒉𝒐𝒆𝒏𝒊𝒙 𝑾𝒓𝒊𝒈𝒕𝒉 | ❞ Ele era um reflexo do garoto que um dia eu conheci, seus olhos cinzentos e o pequeno sorriso sarcástico eram apenas uma sombra. . .A distância era como um abismo. Que...