Reviravolta das despedidas. 13

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27 de dezembro. 13:22 da tarde.
tribunal local.
sala de espera número 2.

— Yay Nick! Você conseguiu! — Maya disse enquanto entrávamos naquela sala, ela estava saltitante e animada. — Como você pensou naquilo? 

— Yeah, ao menos conseguimos sair daquele veredito de culpado… — Ao contrário de maya, eu ainda estava um pouco aflito com tudo oque recentemente aconteceu, aliviado por encaminhar o julgamento para um veredito de inocente. — Sendo honesto, só deixei minha mente voar. 

— E aquilo com o Mário, foi incrível! Até o Von Karma não sabia como lidar com aquele testemunho. Ele realmente nos ajudou. 

— Claro… uma vez que passei por aquele depoimento… da mesma forma, ele nos salvou. Só queria que nossos casos não ficassem sempre na corda bamba. 

— Entendo oque você quer dizer Nick. Algumas vezes sentem que somos nós os que estão sendo julgados. — Ela concluiu concordando com a cabeça. 

Perdido em seus pensamentos mais uma vez, Miles encarava a janela como se analisasse cada aspecto do vidro. Mas, não acredito que ele estivesse dando muita atenção para oque estava lá fora… Sua expressão era melancólica, e ele suspirava gradualmente… 

Eu engoli em seco, era uma visão bonita de se ver. Mas a tristeza o cercava como um rio, eu apertei levemente minhas mãos tentando pensar em qualquer outra coisa, a investigação, por exemplo.

— Um… senhor Edgeworth? — Maya tinha se aproximado dele, ela tocou levemente seu braço o fazendo assustar levemente, ele arregalou os olhos e se virou para ela. 

— V-você disse algo? — Ele perguntou, limpou a garganta logo depois e sua expressão voltou para a neutralidade. 

— Não precisa ficar tão triste. Quer dizer, você vai provavelmente ser inocentado! — Ela disse batendo levemente contra seu ombro, logo depois se afastou voltando para meu lado. — Porque você não sorri só um pouco? Relaxa cara. 

— Sinto muito…, mas, temo que ainda não acabou para mim. — Dizendo isso ele suspirou novamente, eu não gostei nenhum pouco desse tom. 

— O-oque você quer dizer? — Minha voz saiu trêmula ao contrário do que eu queria, me senti envergonhado. Me levantei o observando. 

— Wright… — Ele disse enquanto se aproximava de mim, parou a minha frente com o olhar irritado… - Tem algo que vem me incomodando por muito tempo agora. E eu não sei se devo ou não te contar… 

— Edgeworth…? — Meu coração acelerou, mas que espécie de segredo ele estava escondendo? 

— Não. Falta tão pouco tempo… quero te contar, tirar isso do meu peito, mas… — Ele respirou fundo, sua expressão se suavizou. — Mas não consigo me decidir. 

— Sobre oque é? 

— Um pesadelo… que ando tendo… a memória de um crime que eu cometi. Uma memória de um… assassinato. 

No momento que ele terminou sua fala, eu neguei com a cabeça, não… isso não… você não consegue fazer isso. Eu… não consigo ver maldade em você, encarando seus olhos, eu reconheço seus defeitos. A maioria das vezes você é irritante com sua pose de superioridade, ainda sinto raiva pela autópsia atualizada. Mas… oque dizer para alguém tão perdido quanto você? 

Foi quando eu senti um empurrão em minhas costas, praticamente fui jogado para frente pela força e bati com meu rosto contra o peito do promotor. Claro que para evitar uma queda eu me agarrei ali enquanto virava para trás, observei uma maya escondendo um sorriso atrás de sua mão. 

Turnabout DestiniesOnde histórias criam vida. Descubra agora