Capítulo 1 - Totalmente platônico

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Oii lindes e perfeites, cheguei com mais uma fic pra vocês. Vale lembrar que eu me inspirei na série Glee, acho que tô meio obcecada por essa série. Além disso, nada que eu escrevi aqui condiz com a realidade. Tudo invenção da minha cabeça, gente. Acho que é isso, espero que gostem do primeiro capítulo.

POV S/N

Era uma típica segunda feira, meu celular despertava e eu acordava com um enorme sorriso na cara. Na verdade, não importava o dia, eu sempre tinha um sorriso na cara. O motivo? Pode-se dizer que a minha vida é perfeita. Eu tenho dezessete anos, venho de família rica, tenho um namorado que me ama e acima de tudo, era a capitã das líderes de torcida, o que automaticamente me dava o cargo de garota mais popular da Riverwood High School, enfim a vida perfeita e nada poderia estraga-la. Pelo menos era o que eu pensava.

POV CAMILA

Meu despertador soava e infelizmente eu não acordei em Nova York ou Los Angeles. Ainda estava na maldita cidade de Berkeley, Califórnia. Vivendo o maior inferno possível, principalmente quando era relacionado a escola, mas eu não tinha muita escolha. Se quisesse ser cantora um dia, teria que passar por isso, enquanto não tinha o talento descoberto. Nesse pensamento, me levantei e fui separar as minha roupas do dia: um moletom cinza com as golas brancas, uma meia calça preta, uma saia xadrez, um salto preto e por fim, meu laço de bolinhas na cabeça. Visual perfeito. Depois de me arrumar, tomei um café rápido com minha família e fui em direção a escola. Por algum motivo curioso, o meu caminho até o local foi tranquilo e eu até consegui chegar no meu armário sem interrupções. Talvez seja meu dia de sorte. Pensei fechando o meu armário, mas acabei comemorando muito cedo, já que vi de relance s/n, carinhosamente apelidada por mim como demônio, e suas amigas inseparáveis chamadas Lauren e Dinah, mas pra mim eram as ajudantes do demo. Enfim, assim que as vi, tentei fugir pro lado oposto delas e possivelmente conseguir ter um dia tranquilo. Quando eu menos esperava, Lauren atrapalhou a minha passagem, sorri pra garota e virei para o outro lado e lá estava Dinah. Rezei pra que nada estivesse na minha frente, mas lá estava s/n com o sorriso de quem iria me matar ali mesmo.

- Cabello, é verdade que os espelhos se quebram quando vêem você e essa falta de estilo?

- Disse a que só sabe usar esse mesmo uniforme empoeirado de líder de torcida - Eu disse isso em voz alta? Por que eu fiz isso?

- Olha meninas, acho que vamos ter que trocar nossos uniformes, porque uma garota que não enxerga direito e não tem noção nem do que vestir, disse pra gente - A garota dizia em tom zombeteiro e eu só queria sair dali.

- Será que não dá pra você fazer logo o que vai fazer comigo? - Disse irritada.

- Não se apressa a arte de massacrar alguém, Cabello. A pressão psicológica é a melhor parte - O sorriso malvado fazia parte da face da garota e as outras garotas se aproximavam aos poucos de mim. Não sei como falar isso, mas por mais que fosse pra eu estar preocupada, quando eu vi Shawn Mendes, vulgo namorado de s/n, de relance não conseguia pensar em mais nada. Talvez eu tenha uma queda por ele, mas é totalmente platônico - Nós vamos dar uma voltinha, Cabello - A garota segurou meus ombros e nós começamos a andar pelo corredor. Era horrível estar andando com toda aquela popularidade a minha volta, aquilo chamava o público pra ver a minha futura humilhação e reafirmar a hierarquia que existe naquela escola - Esses dias Shawnie e eu estávamos nos pegando e eu acabei reparando nessa grande bandeira dos estados unidos - Nós já estávamos na frente da escola - E eu pensei, isso é uma verdadeira injustiça. A nossa amiguinha cubana, não tem representatividade aqui. Então nós resolvemos mudar isso, hoje - Quando menos esperava estava nos braços de Liam e Charlie que me amarravam numa corda contra a minha vontade. Depois de me contorcer, eles acabaram me soltando e antes que eu pudesse correr senti um líquido ser jogado em mim. Raspadinhas, meus olhos ardiam e eu nem podia limpá-los. Eu tentei correr novamente, mas meus pés não estavam no chão e eu me encontrava desesperada - Infelizmente, nós não tínhamos uma bandeira de cuba - Todos riam de mim, enquanto eu debatia de desespero. Lágrimas já caiam nos meus olhos - Tchau loser - A garota gritou me deixando lá e pouco tempo todos já tinham ido pra aula me deixando sozinha e totalmente humilhada ali.

- Alguém me ajuda? - Gritava pela milésima vez, já sabendo que provavelmente ninguém me ajudaria.

- Ai meu deus - Ouvi a voz de alguém, mas não sabia quem era. Felizmente senti meu corpo descendo do mastro - Você está bem? -  A mulher perguntava e eu não conseguia enxerga-la - Vem, vou te levar pro vestiário - Rapidamente ela me levou ao local e me estendeu papéis pra eu limpar o rosto.

- Obrigada - Eu pegava os papéis de sua mão. Acho que nunca tinha a visto, provavelmente minha cara entregava isso.

- Eu sou Demétria, mas pode me chamar de Demi. Provavelmente nós não nos conhecermos - Eu não conhecia ela de aparência, mas sabia que todo mundo falava horrores da professora de espanhol. Aquela que só ferrava as pessoas que fazia a matéria dela e ao mesmo tempo tentava ressuscitar o clube do coral, mas ninguém nunca deu a cara, já que era considerado suicídio social.

- Camila Cabello, acho que nós não nos conhecíamos, porque eu faço francês. Já sei espanhol.

- Cubana? - Perguntou e eu assenti - Quem fez aquilo com você?

- Obrigada por me ajudar, professora, mas eu consigo me virar daqui.

- Se você não vai querer falar, vou descobrir - A mulher saiu do local e eu fui até o armário pegar minha roupa reserva, rapidamente voltei ao vestiário pra trocar de roupa. Espero que ninguém me veja ali.

POV DEMI

Aproveitando a minha ida no vestiário resolvi checar a lista de incrições para o clube do coral, como esperado, só tinha nomes maldosos escritos. Estava sendo mais difícil do que eu pensava que seria. Na época de escola, todos queriam participar do clube do coral, por que isso mudou? No que eu errei? Eu devia desistir dessa ideia. Parece que isso não era o que o universo queria, já que no mesmo instante eu ouvi alguém cantando uma música no vestiário. Rapidamente, eu segui o som e me deparei com a garota que eu tinha "salvo" a minutos atrás. Ela cantava uma música triste em meio as lágrimas.

(n/a: a música tá na mídia e vou colocar só uma parte da letra aqui)

Why did you leave me here to burn?
I'm way too young to be this hurt

A garota estava sentada no banco passando um pano úmido nos lugares que a tinham sujado.

I feel doomed in hotel rooms
Staring straight up at the wall
Counting wounds and I am trying to numb them all

A garota tentava limpar as lágrimas que corriam cada vez mais pelo seu rosto

Do you care, do you care?
Why don't you care?
I gave you all of me
My blood, my sweat, my heart, and my tears
Why don't you care, why don't you care?
I was there, I was there, when no one was
Now you're gone and I'm here

Com toda certeza, ela tinha talento. Era pessoas assim que eu queria no coral, alguém que cantasse com a alma.

I have questions for you
Number one, tell me who you think you are
You got some nerve trying to tear my faith apart

Naquele instante, vendo a garota chorando, percebi o motivo de eu insistir com o coral. Não era por premiações ou status, era para fazer aquelas crianças descobrirem um mundo. Um lugar onde elas são bem vindas, seja a forma que estejam.

Number two, why would you try and play me for a fool?
I should have never ever ever trusted you
Number three, why weren't you
Who you swore that you would be?
I have questions, I got questions haunting me
I have questions for you
I have questions for you
I have questions for you

Ao ver a garota terminar a música, eu queria aplaudi-la, mas eu tinha outra intenção. Fazê-la se juntar ao clube do coral.

Até o próximo capítulo

Chained to the Rhythm (Camila/You)Onde histórias criam vida. Descubra agora