Capítulo 15 - Vou chamar a polícia

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Eai gente, voltei dnv, pq o tédio da madrugada me fez escrever outro capítulo, então resolvi att hoje dnv.

POV CAMILA

Eu estava no meu extremo de irritação com s/n me perseguindo. Por um momento quando ela parou de me seguir, eu pensei que aquilo ia acabar, mas ela só pegou o carro e andava do meu lado com o veículo. Pior de tudo é que ela ouvia umas músicas estranhas.

- Sentado numa cadeira de aço enferrujada e bebendo - s/n começou a cantar junto - Cada copo americano enganava o meu sofrimento - A mulher cantava com os olhos fechados e por um instante ela correu um risco danado de causar um acidente - Achei que eu tivesse esquecido a danada naquela hora - Essa música não fazia sentido algum -
Até ver seu nome escrito na lata de Coca-Cola - s/n começou a fazer um falsete inexistente da música e eu comecei a andar mais rápido. Talvez ela nem percebesse.

- Cabello, nem pense em tentar me despistar - A mulher acelerou um pouco o carro e eu me irritava. Por que eu não morava num lugar movimentado onde s/n ficaria presa num engarrafamento?

- Ah essa é boa - A garota aumentou o rádio - Não sei se eu dou na cara dela ou bato em você - s/n fingia se bater, com certeza eu estava pagando todos os meus pecados - mas eu não vim atrapalhar essa noite de prazer - Nem acredito que eu tinha chegado na minha rua - E pra ajudar pagar a dama que lhe satisfaz - A voz de s/n era quase inaudível e eu tive a esperança da música ter acabado - Toma aqui um cinquenta reais - A garota estava tão envolvida com a música que eu vi que aquele era o momento de eu correr até minha casa, mas antes que eu pudesse pensar em algo, s/n já tinha desligado o carro e estava do meu lado.

- Ainda não quer conversar? - Eu virei a cara pra ela - Tudo bem - Felizmente eu estava em frente a minha casa e s/n me deixaria em paz. Peguei as minhas chaves e abri a porta, em seguida entrei respirando fundo e fechei a porta na cara da garota a minha frente. Agora eu teria paz com s/n.

- Eai Cabello - Me assustei com a garota atrás de mim.

- Como? - Resmunguei baixo e olhei que a porta dos fundos estava aberta. Bufei, subi as escadas, abri a porta do meu quarto e s/n entrou antes de mim. Eu a ignorei e me deitei na minha cama. Uma hora ela iria cansar disso.

- Eu posso fazer isso por dias - Ela disse e eu peguei meu livro de álgebra para fazer a tarefa. No mesmo instante, s/n se sentou ao meu lado e começou a fazer o mesmo, só que ela terminou no tempo de eu terminar a primeira questão - Se quiser copiar, fique a vontade - Ela me viu a analisando - Agora a tarefa de espanhol - A garota tinha uma cara de dor e eu poderia ficar com dó dela, se não fosse s/n.

- A qué. Acho que isso é a que. Te. Isso deve ser igual tu, então você que no caso é eu. Dedicas. Dedico? O que isso tem a ver com o texto. Vou falar que me dedico  com espanhol -  Meu deus, s/n era péssima em espanhol.

- Cheguei mi hija - Ouvimos a voz de Sinu e eu rapidamente saí do quarto sendo seguida de s/n - Hola mi hija... s/n? - A garota atrás de mim tinha uma cara pedida, já que a minha mãe tava falando em espanhol - Filha qual a parte de que você está de castigo você não entendeu? Sem amigas ou visitas.

- A culpa não é minha mama, a s/n me seguiu até aqui e se recusou ir embora - Disse com esperança de que a minha mãe mandasse a garota embora.

- Por que você seguiu a minha filha? - A mais velha perguntava para s/n em tom divertido. Não acredito que ela estava achando graça.

- É simples, a sua filha está me ignorando e eu nem sei o porquê, então eu falei pra ela que não sairia de perto, enquanto ela não falasse comigo.

- Karla, fale com a garota - Eu não acredito que a minha mãe estava do lado dela.

- Eu não vou falar com ela. Eu a cancelei da minha vida, pra mim ela não existe - Disse irritada e s/n parecia triste, eu não iria me deixar afetar pela garota.

- Vocês que resolvam com o Alejandro depois, vou ver a minha novela - Minha mãe disse indo até a sala e eu voltei pro meu quarto, lógico que s/n veio junto.

- Não vai falar comigo ainda? - A garota perguntou e eu a ignorei novamente. Naquele momento a tortura de ver s/n fazendo a tarefa toda errada voltou a me assombrar. Resolvi mexer no celular e s/n me mandou uma mensagem. Na mesma hora, a bloqueei de todas as redes sociais possíveis, até no LinkedIn que eu nem sabia da existência, mas s/n fez questão de lembrar quando me mandou outra mensagem por lá.

- Buenas tardes familia - Ouvi a voz de meu pai soar e fui até ele. Rapidamente desci até a sala novamente, meu problema seria resolvido.

- Hola mi hija - Meu pai me abraçou - Quem é você e o que faz na minha casa?

- Pai, essa é.... - Eu iria dizer, mas s/n me interrompeu.

- Olá senhor Cabello, eu sou s/n, uma amiga da Camila - Na mesma hora meu pai fechou a cara.

- Olha papa é a namorada da Kaki - Sofia dizia animada.

- Acho melhor você sair daqui, Sofi - Disse pra garotinha que assentiu e foi até a minha mãe.

- Por que diabos você trouxe a sua namorada aqui pra casa?

- Ela não é a minha namorada e eu não trouxe ela.

- Eu a segui, senhor Cabello - s/n completou - E não, nós não somos namoradas, só amigas.

- Nós não somos amigas - Disse e s/n tinha um olhar triste.

- Isso é pior, por que você tá na nossa casa sem permissão? - Meu pai tinha um olhar mortal pra s/n que não se abalava nem um pouco.

- Simplesmente, porque a sua filha está sendo uma mimada e me ignorando o dia todo - s/n disse se virando pra mim e eu virei a cara do outro lado.

- Garota, você tá fazendo essa bagunça inteira por causa de um gelo? Pelo amor, cresça e saí da minha casa - O tom do meu pai era irritado.

- Não sei se eu já disse, mas não saio daqui até que Camila fale comigo - s/n cruzou os braços e encarou o meu pai.

- Quer saber? Vou chamar a polícia - O homem saiu até o telefone.

- Pode chamar se quiser, mas amanhã estarei aqui novamente - s/n gritou para que todos escutassem.

- Deus, por que essas coisas só acontecem comigo? - Alejandro dizia, enquanto ligava pra polícia.

- Oi - Sofia dizia pra s/n que se abaixou pra ficar na mesma altura da garota.

- Oi garotinha bonita - Sofia sorria pra s/n.

- Sofia saí de perto dela - Disse e a minha irmã me obedeceu. Na mesma hora, ouvimos batidas na porta.

- Graças a deus - Meu pai disse atendendo a porta - Dando de cara com um policial - É por aqui - Alejandro o guiou até s/n - É essa garota aqui que eu falei.

- Hey Cooper - s/n passou na frente do meu pai - Como vai a família?

- Eu vou ter outro filho daqui dois dias.

- Ah isso é incrível, espero que cresça com saúde - s/n se levantou e segurou nos ombros do policial.

- Eu te conheço? - O homem se questionava saindo pela porta. Felizmente eu tinha me livrado de s/n.

- Precisava disso tudo? - Sinu disse próxima a mim e eu não entendi e nem consegui responder, já que a campainha soou novamente.

- Deve ser o policial - Alejandro disse abrindo a porta.

- Sentiram a minha falta? - s/n disse entrando na porta deixando meu pai chocado pra trás - Não vai falar ainda comigo, Cabello? - Eu a ignorei novamente - Vocês viram que eu tentei - Sinu sorria com a garota, eu não acredito que a minha mãe estava do lado dela.

- Não é possível - Meu pai parece que acordou e foi novamente até o telefone.

- Se você for ligar para a polícia, vai gastar  seu tempo senhor Cabello. O policial Cooper está de folga e possivelmente não vão atender as suas ligações mais, mas não se preocupem com segurança. O Burnie, segurança da minha família, está a caminho caso aconteça algum crime na vizinhança.

- Vocês que se resolvam - Disse Alejandro desistindo de usar o telefone e saiu andando pro quarto.

- Só tem uma maneira de você se livrar de mim, Cabello - s/n disse e eu a ignorei novamente.

Até o próximo capítulo

Chained to the Rhythm (Camila/You)Onde histórias criam vida. Descubra agora