Potter mal.

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Antes que Harry pudesse falar algo, Draco havia puxado Scorpius para perto de si e empunhando sua varinha - O que faz aqui e como me encontrou? - o loiro o olhava firme para o moreno a sua frente.

Depois de anos como Auror Harry tinha plena consciência de que era necessário manter a calma naquela situação, Draco parecia realmente nervoso.

- Eu vou perguntar só mais uma vez, o que faz aqui e como me encontrou? 

Harry tentava avaliar a situação e olhou para o menino grudado em Draco, sabia que devia prestar atenção, mas continuou a olhar a criança intrigado, aqueles olhos... eles lhe eram tão familiar, verde esmeralda, onde ele já havia os visto...

- Esses olhos verdes eu já os vi antes. - Potter se aproximou da criança apoiado em suas muletas, o garoto dos olhos verdes  olhava o moreno assustado, mas antes que Potter pudesse se aproximar mais uma forte dor atingiu seu corpo lançando-o para longe, Potter sentiu seu corpo atingir uma superfície dura e sua visão escurecer enquanto algo gelado escorria em sua cabeça.

- Mas o que... o que houve aqui? - Snape que acabara de entrar na sala após ter escutado uma comoção e tentava entender o que havia acontecido, Draco estava assustado com a varinha em mãos, sua mão tremia e o loiro olhava fixamente para um canto da sala, Snape seguiu o olhar afilhado para ver Harry Potter jogado no canto da sala com sangue escorrendo em sua testa.

- Draco, o que você fez? - o mais velho foi até Harry e pegou sua varinha à apontando para o ferimento – enelise braquium remendo.

Uma luz verde surgiu da varinha de Snape contornando a cabeça do Potter seguido de uma luz mais forte.

- E... ele apareceu do nada eu não podia arriscar que ele chegasse perto do Scorpius. Você disse que esse lugar era seguro e que nenhum Auror ou comensal entraria. - Draco guardou sua varinha indignado e agora segurava firme Scorpius no colo.  

- Potter conseguiu entrar por que ele é padrinho do Teddy, ele tem permissão dos donos da casa para entrar e sair quando quiser. - Snape conjurou um feitiço de levitação em Harry e subiu as escadas até um dos quartos onde depositou o corpo desacordado do moreno com cuidado e levantou a cabeça do moreno colocando um travesseiro embaixo apoiando o mesmo.

Ao descer para a sala se deparou com Draco andando de um lado para o outro, Snape se sentou em uma poltrona à frente do mais novo - Ele está bem, apenas desacordado. - Draco agora havia parado e olhava Snape.

- O que faremos? Para onde iremos agora?

- Não vamos a lugar nenhum. - O mais velho falou como se fosse óbvio vendo o mais novo o olhar confuso. - Não há para onde irmos, o único jeito dele sair daqui é pela lareira, mas ele não irá longe no estado que está ele mal conseguia levantar da cama, se lhe explicamos o quanto é arriscado contar a verdade aos Aurores ele irá nos ajudar.

Draco se aproximou do padrinho a ponto de ter um ataque de nervos diante da tranquilidade do mais velho - O que deu em você para confiar em um Potter? - Snape lhe olhou com reprovação.

- Eu não confio nele, mas sei que não faria mal a uma criança... seu medo é que ele descubra a verdade sobre o Scorpius, mas não se preocupe ele é burro como uma porta não descobriria a verdade nem se estivesse embaixo do seu nariz. E você também não têm opção. - Draco se jogou no sofá em frente ao do padrinho com os braços cruzados. Infelizmente ele tinha razão, ele não tinha outra saída.

- Porque a vida é tão injusta comigo?

******

Draco havia subido contra sua vontade  para o quarto onde Harry se encontrava ainda desacordado, o moreno estava deitado sobre a cama de lençóis beges com as ataduras manchadas de sangue, o loiro se aproximou com cuidado sentando ao lado do moreno e colocando as ataduras limpas, que estavam em suas mãos ao seu lado, e começou a retirar as ataduras com cuidado, após retirá-las as colocou no criado mudo do lado e pegou as limpas enrolando em volta da cabeça do moreno. Draco voltou a apoiar a cabeça do  mesmo no travesseiro retirando sua camisa com cuidado.

- Porque você tinha que aparecer na minha vida de novo? Eu já havia começado a te esquecer. - Draco observou o moreno tão calmo e sereno, seus cabelos bagunçados, sua pele morena, a barba por fazer e seu corpo... mesmo com as roupas ainda dava para ver que seu corpo estava bem mais musculoso e definido que da última vez que haviam se visto. Draco balançou a cabeça afastando aqueles pensamentos e pegou sua varinha usando um feitiço para limpar o corpo do moreno, Draco voltou a guardar a varinha em seu bolso e olhou as marcas que o moreno ganhara durante seus anos como Auror, levou seu braço até um corte acima do peito descendo as mãos por cada ferimento ,e se lembrou do seu próprio corpo cheio de cicatrizes feitas pelo sectumsempra.

Draco saiu de seu devaneio ao sentir seu pulso ser agarrado pela mão do moreno que fazia um contraste com sua pele branca, Draco olhou para o homem à sua frente se deparando com os olhos verdes que lhe fizeram perder o fôlego.

- Papai … - Scorpius entrou no quarto todo animado e subiu na cama. - Olha, olha a tia Andrômeda fez meu cabelo ficar azul igual o Teddy - Draco forçou um sorriso para o menor tentando disfarçar o nervosismo quando o menor olhou para Potter. - O moço da puliça?! Oi moço, o sr. tá melhor? - Scorpius se aproximou olhando a faixa na cabeça do moreno.

Harry olhou para o garoto e em seguida para Draco ainda confuso.

- Pai?...

Draco abaixou a cabeça olhando seus pés evitando o olhar do moreno. - Sim...ele é meu filho.

- Meu nome é Scorpius, e o seu moço? - o menino sorria animado olhando Harry que agora sentara na cama com dificuldade.

- É um prazer conhecê-lo meu nome é Harry. - O moreno sorriu apertando a mão do garoto.

- Nossa que marcas legais - o menino olhava as cicatrizes do moreno todo animado - Como fez elas?

- São cicatrizes de batalhas em missões-- Harry sorriu ao ver o garotinho emocionado.

- O meu papai também tem cicatrizes sabia. - O garoto agora mexia as mãos enquanto contava sobre como era as cicatrizes do Draco. - Foi culpa de um cara mal chamado Potter, Potter mal. - o menor cruzou os braços fazendo uma cara de zangado enquanto Harry coçava a nuca sem saber o que falar.

Fruto de uma noite de inverno.(finalizada) Onde histórias criam vida. Descubra agora